Capítulo 48

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Boa tarde Amores!!!

Segue mais um capítulo punk, mas importante para entendermos o passado desta família que amamos  <3 espero que gostem!! 

Castro

– Vou lhes resumir -  disse Helena triste-  nossa vida virou um inferno, quanto mais tempo passava, mais obcecado por nós ele se tornava, ele não era um pai, era um monstro. Nossa casa sempre tinha vários homens armados, fomos criados no meio de drogas, armas, mortes, torturas. Muitas noites íamos dormir aos sons de berros de pessoas sendo torturadas e mortas no cômodo ao lado. Nós não íamos à escola, não tínhamos amigos, aprendíamos de casa, eu vi minha professora de alfabetização ser violentada e morta e depois substituída como se nada tivesse acontecido.

– Inferno, baby, você não deveria ter passado por nada disto – rosnei, abraçando-a. Eu só podia imaginar Helena, garotinha doce e inocente, à mercê deste monstro. Eu via Lúcio andando pela sala, indignado como um animal enjaulado. Eu mesmo queria fazer isto, mas precisava ser forte por ela agora.

– Ninguém pensou em denunciá-lo ou fazer algo? – Questionou sombrio Caio, rangendo os dentes.

– Meu pai é um homem muito poderoso, Caio, a maioria tinha medo, muito medo dele e de seus homens.

Eu vi ela respirando fundo novamente e sabia que mais estava por vir:

– Aos 10 anos ele estava mais que obcecado por mim, e me transformou em sua puta.

– O que?! Maldito! - gritou Henry ao mesmo tempo que eu.

– Eu vou matar este desgraçado! – Gritei, me levantando, eu não podia crer no que este animal era capaz de fazer ,eu precisava socar alguém, meu Deus, ela era uma criança e ele seu pai, ele deveria ser a pessoa que a protegeria do mundo, que a encheria de carinho.

– Gus – disse ela, parecendo assustada com a minha reação – Gus, por isto te poupei dos detalhes de minha infância, a vida é como é e muitas vezes não é bela, eu falei que esta não seria uma história bonita.

– Oh, baby – falei, puxando-a para um abraço - eu lamento tanto você ter passado por isto.

– Vamos matá-lo – rosnou Henry, falando o que todos estavam pensando.

– Querido, infelizmente ainda tem muito mais, eu preciso que vocês controlem e ajudem Gustavo a processar as coisas que estão por vir.

– O que? Me controlar? Do que diabos você está falando? – Perguntei, a fitando, eu via tanta tristeza nos olhos dela que chegou a doer a minha alma, minha menina...

– Ele matou meu irmão quando ele tentou me defender de suas agressões. Ele matou seu próprio filho, vocês já devem ter noção do que ele é capaz. Lector não tem limites de crueldade, me espancava, me violentava e a cada dia ficava mais que obcecado por mim.

Eu vi Helena se levantar e ir para o lado de Lúcio no outro sofá, tomando distância de mim, quando me levantei para ir atrás ela pediu que ficasse onde estava.

– Que diabos Helena, eu só quero ficar ao seu lado.

– Não é o melhor momento, Gustavo, por favor o controlem caso fique descontrolado – ela pediu triste, eu conseguia ver o medo em seus olhos. Diabos, eu nunca a machucaria.

– Helena, o que você está dizendo? Eu nunca te faria mal, Lena.

– Eu sei Gus, de todas as certezas da vida, esta sem dúvidas é uma, eu também nunca te machucaria de propósito, no entanto estou prestes a fazer isto, como eu gostaria de não precisar fazer isto. Mas a próxima parte não será fácil e eu não estou preocupada comigo, mas sim com você, eu não quero que se machuque.

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora