Capítulo 39

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Quando chegamos no portão do Complexo, fui tomada por um nervosismo fora do comum. Eu já tinha levado o meu irmão ao stress por achar que pedir abrigo na SSN deveria ser nossa última opção, no caminho para cá percebi que a situação envolvia exatamente isto, se eu não conseguisse estar segura do Lector aqui, em nenhum outro lugar estaria. Mesmo sabendo que estava fazendo o melhor para a minha menina, a ideia de encontrar Henry ou até querer responder perguntas para Castro e meu colegas me apavorava. Que culpe os hormônios da gravidez, mas eu ainda estava magoada com Henry, a imagem dele com aquela mulher não me saia da cabeça, e se eles se casaram nestes quase 4 meses que se passaram? Ou se ela tivesse morando ali no Complexo como companheira dele?

A minha gravidez, diferente de quando nos encontramos nas Montanhas, já está evidente, minha barriga já está redonda e com roupas mais coladas é bem perceptível, não que eu fosse admitir para alguém, mas eu amo a minha barriga, ela é o próprio símbolo da minha esperança, minha Isis estava nela. Sim, eu já tinha escolhido o nome da minha filha, agora que sabia que dificilmente Henry participaria de algo até o seu nascimento, resolvi nomeá-la de Isis por um achar um nome lindo e por saber que Henry gostaria que a filha dele se chamasse assim. Isis era o nome da avó paterna dele, ele tinha me contado feliz como eles eram próximos, como ela ajudou em sua criação e como foi ela que compartilhou seu amor por livros com ele. Isis nossa filha se chamaria Isis.

Eu tinha combinado com Lucas que eventualmente iria revelar a minha gravidez para Castro pelo menos, e talvez para quem estivesse no Complexo. Eu sabia que seria questão de tempo para os irmãos de Henry contarem a ele, ele deveria saber mesmo e quando e se viesse me questionar eu não mentiria, iria dizer que era sua filha. A única coisa que eu sabia que não faria era ir atrás dele novamente para falar, ele tinha perdido esta oportunidade.

E se ele nunca assumisse ela como filha? Ok eu vou cria-la com todo o amor possível, vou protege-la, sei que terei apoio de Lucas, algo me diz que Castro e minha equipe também, talvez até os irmãos de Henry quando souberem que é filha dele.

Olho para o banco do motorista ao lado e vejo como o meu irmão está tenso, mesmo estando fantasiado de meu marido, eu sei que ele está incomodado. Sei também que Castro e minha equipe não engoliram ele totalmente e por isto estamos indo contar tudo para Castro assim que as coisas acalmarem. Mas antes precisamos chegar e nos acomodar, depois chamamos Castro e abrimos o jogo com ele.

Menos de 5 minutos se passam quando o portão se abre, entramos no Complexo que já foi meu lar, vejo o turrão do meu chefe nos esperando com os braços cruzados, basta eu olhar para ele para ver que por baixo de toda aquela fachada de macho alfa ele está preocupado, eu sinto que ele está escondendo algo de mim, mas tenho medo de ser injusta, meu irmão tem sido tudo para mim e para Isis, eu nunca vou poder esquecer tudo o que ele fez por nos nestes últimos meses.

- É, chegou a hora... – disse Lucas um tanto desconfortável.

Eu desci do carro, irritada com o excesso de roupa que estava. Na tentativa de esconder minha gravidez eu usava um moletom 4 vezes maiores que eu, com calças coladas e minhas botas até o joelho, eu parecia redonda desta forma. Felizmente tirando a minha barriga e seios eu não tinha engordado mais nada, isto facilitava para esconder.

- Castro, olá! – eu disse realmente animada, feliz por ver ele. Estranho, eu não tinha notado até este momento como senti falta disto tudo.

- Luna - disse ele vindo em minha direção e para minha grande surpresa ele me envolveu em um abraço protetor.

- Tudo bem? - Eu pergunto a ele sinceramente, eu gosto de Castro, simples assim.

- Tudo, e você que história toda é esta?

Neste exato momento meu ex-chefe me largou e vejo a velha carranca implacável aparecer.

- Castro.

- Smith.

É, pelo jeito estes dois continuam se amando. Desde o hospital Castro não engoliu bem a história do meu casamento e muito menos o meu "marido", os dois turrões tinham até ido as vias de fato no hospital, engraçado como eu nunca notei que eles têm gênios parecidos. Eu não preciso nem olhar o meu irmão para saber que ele deve estar na maior posse de macho alfa da galáxia, mesmo disfarçado de civil. Melhor eu amenizar as coisas.

- Obrigada por nos deixar ficar aqui por um período, não vamos demorar e...

- Ei você pode ficar aqui o tempo que for necessário, você é da equipe Luna.

- Obrigada Castro.

- Vamos, vocês vão ter que ficar por enquanto na minha casa. A casa que você ocupava está sendo ocupada temporariamente por uma hospede dos Rodriguez.

- Eu imaginei que já teria alguém na equipe no meu lugar. - disse sem nem pensar.

- Não, Pedro participa de algumas missões quando necessário, quando não somos a mesma formação, é tudo muito recente.

- Obrigada Castro.

- Você sabe que pode voltar.

- Oi, desculpa atrapalhar vocês dois... mas acho melhor nos entrarmos – disse Lucas me salvando de uma saia justa e conseguindo um olhar de reprovação de Castro.

- Ok, mas assim que vocês se estabelecerem eu gostaria de mais detalhes do que vamos enfrentar.

Eu notei meu irmão ficar levemente tenso ao meu lado, ele sabia assim como eu que esta conversa não seria algo fácil. 

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Oi Amores

Estou com várias mudanças acontecendo e por isso não estou conseguindo postar com frequência. Tudo isso deve melhorar em breve e então volto a regularidade. 


Beijos

Ah, espero seus votos e comentários.

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora