Reencontros - Trilogia Em Fuga II

Capítulo 61

Clara

– Então, vocês vão continuar por quanto tempo com este plano?

Nós estávamos jantando, eu, Lucas e Luna na casa de Castro, que eu estava torcendo que não chegasse hoje. Eu falei olhando para Lucas, já que ele era todo macho alfa, deveria estar no controle.

– Não me olhe, anjo, isto está na mão dela – falou, apontando para Luna.

– Luna? – Indaguei.

– Aff, desde quando você não responde suas perguntas, mano? – Ela o provocou.

– Desde que apenas você tem a resposta.

– Eu digo porque daqui a pouco vai ser difícil esconder sua gravidez, Luna, está chegando o verão, você não vai conseguir ficar escondendo a barriga, além do que agora ela vai começar a crescer mais.

– Sim, eu sei. Eu preciso falar com Henry, mas não sei...

Eu peguei sua mão vendo a fragilidade que ela aparentava sobre ter esta conversa difícil com Henry.

– Nós estaremos aqui, seja lá o que ele for falar, Luna.

Ela me olhou e sorriu abertamente.

– Eu já disse que adorei a sua mulher, mano? – disse rindo para mim.

– Ah, mas isto não precisa nem falar, eu sabia que vocês iriam se dar super bem. Meu anjo é irresistível – falou Lucas, todo bobo.

– Ah, para vocês dois – disse, enrubescendo.

– Na verdade nós três, hoje falei para ela e acho que ela gostou de ter uma tia – disse Luna.

– Oh, que coisa mais amada, eu vou mimar tanto este bebê – declarei, empolgada de ter um sobrinho.

– Eu estou ferrado com vocês três né – falou Lucas rindo, ele ficava tão lindo assim despreocupado, brincando.

– Só quero ver, titio Lucas – falei, provocando ele.

– Eu vou ser o melhor tio do mundo, vocês vão ver – Lucas afirmou.

– Só imagino, mas Luna, eu conheci Henry, ele parece tão sensato, eu não tenho dúvidas de que ele vai ficar do teu lado quando souber – falei, ainda não entendendo como ela poderia achar que Henry não ficaria ao lado dela.

Eu a vi suspirando fundo, eu quase podia dizer que ela estava segurando as lágrimas.

– A nossa história é complicada, Clara, sem falar no perigo que eu vou estar envolvendo ele.

Na hora ela notou como Lucas ficou tenso.

– Oh, meu Deus, desculpa Lucas, eu não quis dizer isto – ela se apressou para justificar ao irmão.

– Fica tranquila, mana, eu sei exatamente como se sente, eu não vou mentir, isto também me consome.

– Lucas, você sabe...

– Luna, ok, Clara já sabe que a partir de agora ela também vira um alvo e vai entender se eu virar um louco protetor. Mas concordo com Clara, acredito que Henry, apesar de tudo, vai ficar do teu lado e Luna, nós precisamos de gente ao nosso lado para ajudar.

– Lucas, você não vai começar, né? – disse ela, chateada.

– Vou, mana, porque se eu fosse o pai desta criança e estivesse no escuro a cada dia que passa, você ficaria mais encrencada. Ele é o pai, ele tem direito de saber.

– Ele estava com outra, Lucas, ele me rechaçou daquele restaurante.

– Luna, ele estava vivendo a mágoa ainda, é o mais normal de acontecer, você esquecer alguém usando outra.

– O que? Você por acaso tentou me esquecer? – Indaguei nervosa.

– Baby, disse respirando fundo - eu sabia onde você estava, sabia cada passo que você estava dando nestes últimos meses, eu nunca quis te esquecer.

– Acho bom mesmo – constatei, um pouco mais brava e alto do que queria.

– Pelo jeito teu anjo tem garras, mano.

– Tem, pior que tem – disse ele, postando um beijo nas minhas bochechas.

– Eu vou falar com Henry quando ele voltar, felizes? – Ela declarou.

– Você vai ficar? Porque eu acho que Henry ainda está muito na sua, Luna – falei, lembrando como ele parecia triste quando nós nos encontramos, Moura tinha atribuído isto a um coração partido, logo só podia ser Luna.

– Na minha, na de Vitória e sabe mais quem...

– Luna, ele acha que você é casada, lembra? – Falei, relembrando como eu me senti em poucos segundos por achar que Lucas era casado, foi aterrorizante.

– Obrigado, amor, eu estava prestes a lembrá-la disto.

– Pelo jeito agora além de lidar com um cupido, vou ter que lidar com dois.

– Desculpe, acho que fui meia invasiva – falei, tímida, esta minha mania de falar o que vem à cabeça.

– Não, eu estou brincando, Clara, você é da família, pode.

Eu não pude deixar de enrubescer, fazia horas apenas, mas eu já era da família e parecia tudo tão certo.

– Eu devo admitir para vocês que estou feliz de estar tendo uma refeição assim, com risos e brincadeiras. Não que não tenha na dos Rodriguez, mas aqui parece que eu faço mais parte, sei lá, estou sendo boba.

– Ei, não está não, eu estou adorando ter você aqui também, anjo – Lucas falou, carinhosamente.

– Eu nem preciso falar, né? Acho que Lucas vai deixar de ser tão mal-humorado com você aqui.

– Olha quem está falando, só porque bota a culpa nos hormônios da gravidez não quer dizer que seja uma flor.

– Vocês dois são o máximo, sabia? – disse, feliz. 

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Oi Amores.

Estou voltando aos pouquinhos, mas já estamos com capítulos toda semana =)

Voltei com o insta também @anerose.books lá compartilho sobre os livros novos que estou escrevendo, os livros que estou lendo e a minha paixão pela literatura!! 

Beijão