Capítulo 36

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Eu ainda estava irritado com Luna, ela sabia o ponto exato para me deixar irritado! Logo quem, minha história mais parecia uma releitura da dela, com a grande diferença de não ter uma criança envolvida. Apesar de que a ideia de Clara carregando um filho meu estranhamente me fazia feliz, um sentimento de proteção e posse me dominou, com a ideia da nossa família.

Se eu fosse sincero admitiria que estava com mais saudades dela do que imaginei que ficaria, aquela menina me entrelaçou entre os teus dedos de uma forma que ninguém mais tinha conseguido. Fazia alguns meses desde o dia que tive que tomar a decisão de abandona-la para protege-la. Só de lembrar deste dia o azedume atingia minha boca, aquela tinha sido uma das decisões mais difíceis que tinha tomado, apesar de ainda achar que foi a mais correta.

Ah Clara, se você soubesse a falta que eu sinto de você, dos seus olhos expressivos e curiosos, da sua risada fofa e da forma como enrubescia as bochechas, além é lógico da imensa saudade do seu corpo perfeito, daqueles mamilos rosados que tinham se transformado em meu vício, da bucetinha aveludada que engolia o meu pau de uma forma alucinante, era incrível a nossa sinergia na cama. Era engraçado, irritante e agradável fora dela. Aquela menina tinha despertado em mim um Lucas que eu nem conhecia, eu queria foder ela por horas seguidas enquanto ela gritava o meu nome, mas também queria protege-la, ela era minha e eu sabia exatamente onde ela estava.

Este fato só piorava a minha vontade de ir atrás dela, eu tenho que protege-la, mas estar ao meu redor agora não era a melhor das ideias. Eu já tinha duas pessoas para proteger mais uma poderia aumentar a minha chance de falhar, e Deus sabia que eu não suportaria falhar com mais ninguém que amo.

Mas só de saber que ela está bem protegida no Complexo onde Luna trabalhava com a família Rodriguez já me acalma, e me enfurece em saber que Clara linda e doce como é deve ter chamando atenção geral dos soldados das equipes. Eu deveria ser o único a proteger, ela é minha! Mesmo neste exato momento sabendo que ela deveria estar muito furiosa comigo. Eu a tinha a deixado sozinha em um hotel, com uma carta breve de despedida, dinheiro mais que o suficiente para ela chegar ao destino e se estabelecer por alguns meses, um celular e um colar. Um kit estranho de despedida para muitos, para mim totalmente simbólico, eu fantasiava com a visão dela usando o meu colar mesmo longe de mim, ele sempre iria significar mais para mim do que ela imaginaria. A decisão de abandonar ela foi acertada, eu descobri que Lector tinha conseguido localizar meu antigo apartamento e era questão de tempo para ele me localizar, se eu estivesse com Clara ela também correria perigo. Além disto, eu tinha tido uma pista vaga de minha mãe depois de muito tempo, e precisava checar a veracidade das informações. Era bom demais para ser totalmente verdade e lógico, as coisas estavam calmas demais para mim não desconfiar que ela estava aprontando.

Um dia depois que deixei Clara eu recebi o telefone de Luna pedindo ajuda já que estava sendo perseguida o que resultou no grande acidente dela, eu cheguei muito perto de perder minha irmã e agradeço fervorosamente que Clara não estava comigo naquele momento tenso e perigoso.

- Luna, to saindo quer alguma coisa do mercado ou da farmácia?

- Compra leite e ameixa e se cuida. - ela disse com a voz despreocupada, mas era fácil identificar que aquilo vinha carregado de medo.

- Tá, pode deixar, tchau.

Nós estávamos morando em um pequeno e protegido apartamento residencial há mais ou menos 15 dias, já estava na hora de procurar outro. Por segurança não ficávamos mais que 1 mês em um local fixo. Esta vida em fuga estava ficando cada vez mais complicada conforme a gravidez de Luna avançava. E era sempre a mesma coisa, quando chegávamos ficávamos no mínimo uma semana mapeando e cuidado de qualquer movimento, tensos e preparados para sermos surpreendidos, aos poucos íamos relaxando e logo estava na hora de começar tudo de novo. Eu ficava me perguntando se toda esta tensão que estávamos passando chegava também ao bebê. Luna estava me surpreendendo com a gravidez, ela estava inteiramente dedicada a minha sobrinha, ela tinha voltado a ser doce, as paredes que tão precisamente ela tinha construindo nos últimos anos ao seu redor, estavam sendo derrubadas aos poucos e eu já conseguia ver um pouco minha irmã sendo apenas ela novamente, com muito mais forca do que antes mas também com a sensibilidade e delicadeza, sempre ouvi que a gravidez muda a mulher a deixa mais serena ao mesmo tempo que forte, eu estava presenciando isto de primeira mão.

Focar em Luna e na minha sobrinha era a única coisa que fazia o meu pensamento desviar da minha menina, doía pensar que neste momento ela deveria estar me odiando. Logo eu que nunca me preocupei com a opinião alheia além de Luna e mamãe, estava agora perdendo o sono imaginando como a minha doce Clara deve ter interpretado o meu sucinto recado. Eu sabia que ela já tinha chegado ao Complexo, ainda estava abismado com a incrível coincidência de se envolver com uma menina que estava indo para a família Rodriguez, se a minha vida não fosse cheia de pegadinhas e coincidências deste tipo eu realmente não teria acreditado.

O importante e que ela estava bem e até Luna se entender com Henry eu não poderia procurar Clara. Uma coisa eu tinha bem claro, eu não deixaria esta menina, era só uma questão de tempo para ela estar ao meu lado, só que para isto eu preciso primeiro garantir a segurança de Luna e rastejar muito para que Clara me aceite de volta... diabos para ter ela do meu lado eu rastejaria o quanto fosse necessário!

Após fazer as compras e ver alguns itens de segurança necessários eu estava voltando para o apartamento enquanto pensava em Clara, alguém na minha situação deveria estar sempre atento, nunca se sabe quando alguém vai te seguir ou tentar te matar. Quando estava virando a rua em direção ao apartamento um movimento estranho me chamou atenção na rua, a tranquila rua em um bairro residência estava com paralisada pelo transito. Eram muitos carros indo e vindo, algumas pessoas estavam fora de casa conversando, um frio passou pela minha coluna, eu sabia o que isto podia significar, alguma coisa tinha acontecido e pode ser pessimismo, mas naquele momento eu sabia que podia ser algo relacionado a nós.

Infelizmente quando cheguei perto do prédio vi que estava certo, o nosso prédio estava tomado por carros de bombeiros, ambulâncias e policiais. O desespero começou a tomar conta de mim, Alice! Saindo o mais rápido possível do carro eu me dirigi para o prédio que ainda estava em chamas em alguns pontos, passei pelas ambulâncias olhando rapidamente se avistava minha irmã em alguma delas, nada. Notei que tinha alguns corpos pelo chão que já estavam sendo cuidados pela Polícia, ouvi algumas pessoas comentando sobre uma explosão, que foi seguida pelo incêndio, eu conseguia sentir o coração na minha boca, um suor frio escorria pelo meu corpo e eu estava tentando fortemente colocar em pratica todos as minhas táticas de agente para manter a cabeça no lugar, mas estava falhando miseravelmente.

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Oi Amores

Fiquei muito feliz com os comentários, pena não conseguir me dedicar a escrita por tempo integral, tenho mil historias acontecendo na cabeça, diversos personagens e tramas... Mas por enquanto minha vida esta tão tumultuada quanto a da Luna, ta ok... nem tanto, mas está difícil conseguir parar para escrever... hihihi.


Beijos

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora