Capítulo 21

1.2K 140 31
                                    

Bom dia Amores!

Desculpe a ausência pessoal, mas as coisas estão corridas por aqui ;) 

Próxima semana no mínimo 3 capítulos \o/ 

Beijos.

Ah não se esqueçam de votar e comentar por favor, este é o grande motivador para eu postar com mais agilidade os capítulos. 

********************************************************

Eu refleti breve segundos sobre sua pergunta: por que eu estava desviando o meu caminho para ajudar esta menina que, claramente, não queria ser ajudada? No fundo me veio a resposta, mas não poderia ser verdade.

— Eu, eu... — gaguejei. — Eu não sei. Boa ação do ano eu acho, sei lá Clara... Está se armando uma tempestade, você ouviu? Está ficando perigoso ficarmos aqui. Os tornados são cada vez mais normais nesta época do ano e os ventos já estão fortes —argumentei com ela. Clara era tão pequena que iria acabar se machucando, e por algum motivo, só este pensamento já me tirava do sério.

— E se...

— Oh meu Deus, como você é teimosa! Estou tentando te ajudar, pare de agir como uma idiota! — extravasou ele, pegando ela forte em seus braços.

Na mesma hora, ela sentiu as lágrimas se formando. Não conseguia disfarçar o quanto aquela palavra a machucava.

Me arrependi na hora que perdi a paciência, e quando vi como ela reagiu ao meu insulto, só piorou. Ela me olhou com aqueles olhos lindos e grandes, e vi que estava prestes a chorar; quando abaixou a cabeça, triste, me senti o pior dos homens. Não queria brigar com ela, só que ela estava me irritando com aquela resistência, sendo que não estava se preocupando com o seu bem-estar.

Nem ele sabia explicar o porquê daquela necessidade de proteção.

— Ei, desculpe. Eu não queria... — mal terminei a minha frase e ela me encarou, perdi o ar quando vi que estava chorando, e sem pensar em mais nada, fiz o que queria ter feito desde que coloquei os olhos nela.

*************************************

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

*************************************

Dei um passo à frente, afundei os meus dedos em seu cabelo molhado e puxei sua boca para um beijo cheio de desejo e perguntas. Na hora consegui sentir o seu choque, que rapidamente se transformou em aceitação e logo em desejo. O beijo que começou tímido, com apenas o encontro dos lábios, se transformou em lascivo, com nossas línguas entrelaçada. Nossas bocas dançavam uma melodia própria e nossos corpos se colavam na expectativa de algo mais. Durante aqueles momentos, a chuva foi esquecida junto com a preocupação, só existia aquela linda, pequena e assustada mulher nos meus braços. Tive um leve vislumbre de como era preciosa aquela vida atrelada a mim. Quanto mais sôfrego o beijo se tornava, meu corpo clamava por mais; como gostaria de empurrá-la contra o carro, tirar sua blusa molhada e morder seus seios enquanto esquivava meus dedos entre suas pernas e penetrava seu centro. Imaginei como seria delicioso deixá-la nua e senti-la sobre me corpo.

Quando ouvi seu gemido delicado sobre minha boca, enquanto baixava meus lábios sobre seu pescoço cálido, algum bom senso restante em mim me despertou: aquilo estava errado, mais que errado, aquilo era perigoso, principalmente para Clara.

Ele não fazia amor com lindas garotas doces, ele não envolvia inocentes na enrascada de sua vida. E quando estava prestes a afastá-la, sentiu as mãos pequeninas de Clara explorando seu tórax. Diabos! Isto era demais para o seu bom senso.

Nosso beijo só foi interrompido pelo barulho de uma camionete que passou, cujo motorista fez questão de buzinar para a cena caliente que estava vendo. Eu parei de beijá-la e me afastei, mas ela não parou, testando todo o meu autocontrole.

— Clara, para — disse para protegê-la, eu não sabia o quanto mais eu iria me segurar naquela situação.

Ela parou estática e por breves segundos nos encaramos. Acredito que ela deveria ter percebido, assim como eu, que estávamos na beira de uma calçada, que estava caindo o mundo de chuva, apesar de que nada era mais importante do que o que os nossos corpos estavam sentindo. Eu notei ela começar a ficar vermelha, notei ela abaixar a cabeça tímida e, infelizmente, notei o pânico em seus olhos quando fez isto. Tinha algo errado com aquela menina, e tinha algo ainda mais errado comigo, que não conseguia raciocinar diante dela.

— Clara — a chamei sussurrando, simplesmente não queria a ver assim. — Clara, me olha, por favor — eu já estava suplicando, logo eu que não suplicava nada a ninguém.

— Desculpa — ela choramingou baixinho. Aquilo me pegou de surpresa. Por que diabos ela estava me pedindo desculpa, de novo?

— O quê? Clara, por favor. Falei firme, sentindo ela tremer sobre meu aperto.

— Eu ataquei você. Desculpa, eu não sei o que deu em mim. Eu... eu ...

— O quê? Você está me pedindo desculpas por eu ter te beijado? — perguntei confuso. Aquela menina não existia! Eu nem sabia que existiam mulheres doces assim ainda.

— Não vai acontecer mais, eu não sei o que deu em mim.

— Para! Agora, para!

— Eu sei que você está irritado — ela continuava balbuciando desculpas e parecia que iria quebrar a qualquer momento.

Eu era um homem preparado para lidar com várias situações, minha história de vida sempre exigiu que eu conseguisse me desvencilhar de situações críticas da melhor forma possível; eu tinha os meus sentimentos e as minhas ações friamente calculadas praticamente sempre. Com o tempo e as pancadas da vida, foi se tornando fácil ser indiferente a tudo que acontecia ao redor; porém, agora, diante desta menina, eu simplesmente não sabia o que fazer. Diabos! Se nós não estivéssemos na rua, provavelmente eu estaria fazendo amor; e agora, ali, estava ela me pedindo perdão. Alguma coisa estava bem errada nesta história, algum idiota deve ter fodido a alma deste anjo, só podia. Por que diabos ela continuava se desculpando por algo assim?

— Clara, deu.

— Deve ter sido horrível para você e, sério, eu não sei o que deu em mim... — ela agora estava catatônica, repetindo o quanto aquilo era culpa dela. Eu não sabia mais o que falar, então fiz a única coisa que faria ela parar: peguei-a no colo e levei para dentro do carro a passo firme.

Aquele, pelo jeito, estava virando um costume entre eles, e droga se no fundo ele não estava amando ter ela em seus braços. 

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora