Reencontros - Trilogia Em Fuga II

Capítulo 15

Boa noite Amores!!

Capítulo curtinho mais amanhã tem mais ;) 

E nosso Henry está quase voltando XD

Espero que gostem!! Beijos

********************************************

Lucas estava arrasado de ver sua irmã daquele jeito, o desespero que presenciou em seu olhar foi de cortar o coração; lógico que ele já imaginava que a notícia da gravidez não seria algo fácil de assimilar, se em uma situação normal a vida de uma criança sempre é uma grande notícia que traz muitas reviravoltas em uma vida, imagina uma gravidez na situação deles.

Lógico que nunca iria concordar, em voz alta, com Luna quando ela falava a realidade deles daquela forma odiosa, mas infelizmente tudo tinha um fundo de verdade, enquanto Lecter não fosse morto eles sempre teriam que fugir, estariam em perigo e propensos a fazer mal a qualquer pessoa que se aproximasse. Mas tudo isto podia ter um basta se ele conseguisse enfiar uma bala na cabeça de seu avô. Agora, mais do que nunca, precisava pôr um fim a vida de Lecter, precisava se livrar disto para poder garantir a proteção deles.

Ele já sabia que dias difíceis estavam por vir, o estado de Luna ainda exigia muitos cuidados, seu estado mental era o que mais o preocupava, ela sofreu duros golpes de uma só vez e isto meio que soterrou a mulher vibrante e cheia de energia e planos mirabolantes que ela sempre foi; por alguns momentos, ele pediu para ver o lado petulante dela novamente, era muito melhor que a atual versão apática e sem vida. No fim, esta gravidez talvez fosse o motivo que Luna estava procurando para voltar a ser o que era, talvez esta criança seja o motivo de novas esperanças... Era nisto que iria se segurar agora.

– Smith, aconteceu alguma coisa com Luna?

Lucas estava à frente de Moura; de todos os companheiros de equipe de Luna, Moura era o mais fácil de conviver, o cara era do tipo pacífico, o que contrastava totalmente com a sua aparência de soldado; era visível também que ele tinha um carinho por sua irmã. Luna tinha bons amigos agora, e isto era muito bom.

– Não que eu tenha conhecimento, saí daqui faz 03 horas apenas – disse Lucas, tentando ser o mais convincente possível, não iria abrir o jogo sobre a gravidez de Alice antes de arquitetar com ela um plano detalhado, mais do que tudo, agora não tinha mais margem para nenhum erro.

Depois que Dr. Moreira o acalmou e explicou que Luna estava apenas dormindo, ele decidiu espairecer um pouco, estava muito agitado e daquele jeito não estava fazendo nenhum bem a ela, precisava de ar puro e silêncio para organizar seus pensamentos. O ambiente do hospital sempre o desagradou, todas as vezes que esteve em um, sempre foi por motivos de sofrimento. Bom, pelo menos agora tinha uma lembrança de algo bom, o conhecimento da existência de seu sobrinho; apesar do contexto tenso, uma nova vida era sempre algo bom.

– Luna está bem diferente...

Ah, ótimo, sua irmã estava tão abalada com tudo que não estava disfarçando a situação ou pensando na segurança de ambos.

– Diferente como? – questionei preocupado.

– Não que eu esteja reclamando, mas acho que você poderia tirar suas próprias conclusões – disse ele, sério.

– Ok, vou falar com ela – disse já se virando em direção a porta do quarto.

– Hei Smith, você sabe que Luna não está sozinha, né? – a pergunta foi feita de forma amigável, mas era visível a ameaça velada que tinha, mesmo assim qualquer um que se pronunciasse assim para defender sua irmã merecia seu respeito.

– Sim, obrigado por isto.

Quando Lucas chegou ao quarto, foi surpreendido com a visão de Luna, realmente não precisava falar nada para ele perceber que ela estava diferente de quando a deixou. Luna tinha a cabeça erguida, seus olhos não estavam mais apáticos e tinha uma determinação que fluía deles que o deixou sem fôlego. Sim, ele estava diante de sua irmã novamente, e não daquela versão fragilizada e apática dela. Tudo nela expirava controle.

– Alice?

– Luna, Lucas, já disse – respondeu ela firme.

– Ok Luna, tudo bem? – questionei sem esconder o pequeno sorriso que se formava em meu rosto.

– Sim, que ótimo que você chegou. Preciso sair daqui o quanto antes – disse ela, sem piscar.

Sim, ela estava de volta.

– Luna, você está bem?

– Lucas, bem é forte demais, né? Digamos que estou determinada.

– Ótimo! Bom te ver assim.

– Lucas, não me teste, meu mundo está desmoronando...

– E... você decidiu o quê?

– Só decidi que não vou ficar parada esperando isto acontecer. Preciso manter meu filho em segurança.

– Sim, é assim que se fala! Nós vamos lutar com quem for preciso para manter ele em segurança.

– Não, eu não vou lutar. Eu vou ir para um lugar seguro para que eu possa ter o meu filho em paz e esquecer de tudo e todos... Deu! Não vou colocar a vida dele em risco mais uma vez, ele tem menos de dois meses e já sofreu um acidente de carro, uma tentativa de assassinato e uma quase hipotermia... Deu! Eu não vou colocar mais ele em risco por ninguém.

– Eu entendo e concordo – acrescentei sério.

– Lucas, quando digo todos, não inclui você. Ok? É só porque não posso mais colocar o meu desejo de justiça ou a procura de nossa mãe na prioridade, a minha única prioridade agora é proteger esta criança, que não tem a menor ideia do inferno em que está se metendo.

– Eu entendo, Alice. Entendo e apoio. Desde que eu sei desta nova vida, me pego pensando incessantemente em como proteger vocês.

– Oh meu irmão, sabia que iria estender a proteção ao meu filho. Obrigada por isto.

– Luna, você e ele são a minha família, e nada é demais para proteger vocês – disse acariciando seu rosto. Pela primeira vez desde que pisou naquele hospital, sentiu que estava diante de sua irmã. – Que bom que você está de volta, mana.

– É, te digo que não é fácil voltar, é relativamente mais fácil fingir que nada disto está acontecendo.

– É uma ilusão, Luna.

– Sim, eu sei. Não há mais tempo para isto.

*******************************************

Aeeee Luna está de volta!! 

Agora só falta o Henry e algo me diz que vem confusão por aí! 

Beijos.