Capítulo 42

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Castro se endireitou na cadeira e meu deu o seu melhor sorriso irônico.

– Eu não sei o que você usou para fazê-la sair, mas esta não é a Luna que eu conheço.

Não pude deixar de sorrir diante de suas palavras, o desgraçado era atento e não levaria muito tempo para descobrir da gravidez e todo o resto.

– Ela está se recuperando, você não pode me culpar por me preocupar com ela.

– Ela ficou com alguma sequela do acidente?

– A perna, ela ainda não consegue uma boa sustentação para correr, mas é questão de tempo, e quanto ao braço, precisaria fazer atividade de reforço para fortalecer o musculo, só isto. Considerando tudo que passou, ela está ótima.

– Sim, também notei que ela não está mais depressiva, ou estou enganado? – Questionou, me lançando seu melhor olhar "não minta para mim que eu te corto em pedaços".

– Notou certo, Luna não apresenta mais sintomas de depressão. Muitas coisas mudaram rápido em sua vida, sair da equipe, lidar com os tratamentos, mudar de casa, é normal que ela sinta estas mudanças, mas depressiva ela não está mais.

Deu muita vontade de dizer que ela quase voltou a este estágio quando o idiota do seu agente fodeu a mente dela com outra mulher, ou como ele teve que vigiá-la nos últimos meses para garantir que a depressão não voltasse, ainda mais agora que está grávida. Mas não seria o momento, ele teria tempo para acertar as contas com Henry.

– Ok Smith, desembucha o que diabos está acontecendo aqui?

Quando eu estava prestes a falar para ele parte da história, o telefone de Castro toca.

– Castro – Responde ele, friamente.

– Agora?

– Ok, vou reunir a equipe e estarei no heliporto.

– Ok.

– Diabos, Smith, eu fui chamado para uma missão emergencial, estou partindo agora. Quando voltarmos, retomamos a nossa conversa, cuide de Luna, não saiam do Complexo e não foda as coisas aqui. Eu estou confiando a minha casa a vocês.

– Pode deixar.


Clara

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Clara

A vida está boa, você tem uma casa, uma família que te acolheu, vai voltar a estudar, vamos lá garota, o mundo está te sorrindo!

Eu tinha gravado esta mensagem ridícula no meu celular para lembrar todas as coisas boas que estavam acontecendo na minha vida, todas as coisas que deveriam me deixar ser a pessoa mais feliz da Terra, afinal, eu tinha conseguido uma segunda chance, e, no entanto, tudo ainda estava cinza, meu estômago era como se eu estivesse engolido um gato, meu sorriso não atingia os olhos e eu podia ouvir quantas vezes fosse necessário a tola gravação que sempre chegaria à mesma conclusão: falta ele.

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora