Capítulo 63

3.2K 169 165
                                    

Oi Amores!!

Ai esse reencontro, como a gente esperou por ele <3 Reta final gente! Deixe nos comentários se vocês querem que a história continue ;) 

Beijos 


Lucas 

– Alguma coisa está errada – eu disse, já entrando no recinto, eu sabia que não devia estar lá, tinha ciência também que poderia levar um tiro facilmente, já que estava dentro da sala de guerras da SSN, um dos lugares mais seguros do Complexo e com certeza o último lugar que um visitante não bem-vindo deveria estar.

– O que diabos você faz aqui, Smith? - Rosnou Caio, já vindo em minha direção como um touro prestes a fazer uma vítima.

– Eu preciso falar com vocês, alguma coisa está errada – disse sério.

– Sim, você estar aqui é mais do que errado – bufou Moura, em algum lugar do recinto, eles deveriam estar em reunião das equipes pois eu conseguia identificar a equipe de Castro e de Lúcio juntas, assim com os donos da SSN e suas equipes, todos estavam tensos, eu já esperava isto.

– Olha, eu sei que não deveria estar aqui e...

– Bom, pelo menos o idiota ainda tem um pouco de noção – rosnou Finn, me dando vontade de socá-lo para mostrar quem era o idiota, infelizmente eu tinha que manter o foco.

– A questão não é esta, a questão é como você entrou? – Indagou Pedro.

Todos ficaram em silêncio e me fitando, eu tinha furado o sistema deles para entrar, poderia ter sido muito arriscado fazer isto, meu disfarce estava por um triz, mas minha preocupação era maior que isto, Luna tinha saído cedo com Tereza e elas não tinham voltado ainda, já estava tarde, já deveriam estar de volta e Luna não ficaria tanto tempo sem ao menos me avisar, ela sabe que estando em perigo sempre é necessário manter uma comunicação. Alguma coisa estava muito errada, eu pressentia isto.

– Eu desativei o teu sistema de reconhecimento, entrando com um perfil adm.

– O que? Impossível – disse Francis, o irmão do meio dos Rodriguez, ele deveria ser o responsável pelo sistema devido a cara de incrédulo que me fitava.

– Seu sistema é bom, mas não tanto. O foco é que tem algo errado e...

– Luna, aconteceu algo com ela? - Questionou Henry, levantando-se e me fitando pela 1a vez – eu podia ver a raiva que ele tinha a me fitar.

– Sim.

– Cara, se você não consegue cuidar de sua mulher, não pode achar que nós vamos, né? – disse Finn, odioso. Ele deveria ser amigo de Henry por estar tomando as dores dele.

– Luna é uma de nós, Finn. – Falou Castro, metodicamente.

– O que aconteceu, Smith? - Indagou Caio.

– Não, o principal problema aqui é que este... o que você é mesmo? - Questionou Francis, me fitando - Conseguiu burlar a nossa segurança.

Eu sabia porque ele estava preocupado, as informações que a SSN tinha durante toda a vida da empresa era estritamente perigosa, já que poderia colocar em perigo muita gente inocente. Se o arquivo e os estudos deles caíssem em mãos erradas significaria expor as fraquezas de todos que estavam naquela sala e de todos que já usaram aquele uniforme. Sabe-se lá quantos segredos de estados estavam ali. E ele estava perplexo por eu, altamente disfarçado de contador, ter conseguido acesso.

– Relaxa, eu só liberei as entradas – falei, sem tempo agora para entrar em detalhes.

– Como? – Insistiu ele, irritado.

-Vamos focar aqui, aconteceu algo com a Luna? – Bufou Henry, visivelmente preocupado. Eu sabia que Henry estava ao meu lado nesta questão, mas não pode deixar de subir uma raiva ouvindo ele falar de Luna.

– Agora você está preocupado? – Falei, não conseguindo me conter.

– O que? O que você está insinuando? – falou Henry, se aproximando de mim, até ser segurando por Moura.

– Silêncio todos. Smith, fale logo – ordenou Castro.

– Então, Luna saiu mais cedo...

– Helena, o que faz aqui? – Questionou Castro, olhando atrás de mim. Meu coração se agitou e eu sabia que tinha acabado uma das minhas maiores buscas, tinha medo de me virar e minha esperança virar pó, mas o instinto me dizia que finalmente eu deveria ter encontrado ela.

Quando me virei, meu coração pulou no peito. Era ela, viva e segura; eu sempre soube que ela tinha sobrevivido, que era uma guerreira. Nós nos fitamos e naquele momento o mundo parou, eu sabia que por mais que eu estivesse disfarçado, que usasse peruca e uma máscara que me deixava mais bolachudo, assim como todo o enchimento e roupas diferentes, eu sabia que ela me reconheceria. Diabos, ela era a minha mãe. E estava viva, meus joelhos tremiam levemente, ela estava viva.

Eu tinha passado os últimos anos atrás de minha mãe, me agarrando a qualquer fiapo de pista, e agora ela estava ali na minha frente.

Eu vi o reconhecimento nos seus olhos, vi em câmera lenta ela levar as mãos a boca para tampar um soluço de choro misturado com alegria, vi a dúvida dela se podia me revelar e joguei tudo para o ar e fiz o que estava com vontade de fazer há anos: abri os braços para abraçar a minha mãe, ela, que já tinha lágrimas escorrendo pelo rosto, correu em minha direção e como tantas vezes sonhei me abraçou fortemente. Eu senti seu abraço, ela me chamava de filho, baixinho, enquanto me esmagava em um abraço de urso, e eu só conseguia sentir a minhas lágrimas queimando nos olhos, eu estava me permitindo viver toda a desolação que foi acordar aquela manhã e saber que talvez nunca mais a veria, na incerteza se ela estava sofrendo, o que estavam fazendo com ela enquanto eu não podia fazer nada.

Eu ouvia as pessoas falando ao redor, mas não conseguia entender pois meu foco estava na minha mãezinha. Minutos se passaram e ali ficamos, eu sabia que as pessoas ao redor não deveriam estar entendendo nada e realmente eu não ligava. Eu não tinha planejado este momento, mas quem falou que a vida segue roteiros?

Ela afrouxou um pouco o seu abraço de mãe ursa e me olhou, como se quisesse garantir que eu estava realmente ali; eu sabia o que sentia pois estava fazendo exatamente o mesmo, notei que ela estava com a aparência debilitada, que algo deveria ter acontecido com seu rosto que apresentava hematomas. Vi minha raiva surgindo rapidamente, desta vez eu a protegeria com a minha vida.

– Eu sabia, eu sabia que você estava vivo – disse ela, acariciando o meu rosto, enquanto as lágrimas corriam soltas pelo seu rosto.

– E eu – gaguejei, tamanha emoção – sabia que você também estava viva, eu nunca parei de te procurar.

– Meu amor – disse ela, me puxando para mais um abraço.

– O que diabos está acontecendo aqui? – Perguntou Castro mais alto, chamando nossa atenção. Antes de o encararmos, nós nos olhamos profundamente como se eu quisesse em um olhar explicar tudo que estava acontecendo para ela.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 31, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora