Capítulo 23

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Laura Sofia

Acordo com rato em cima de mim despejando beijos pelo meu corpo, sorri com essa atitude dele logo cedo. Assim ficamos por algum tempo, entre sorrisos e carícias. Não posso negar que bem no fundo, eu estou apaixonada pelo meu melhor amigo e namorado, o melhor desse mundo. É impossível não acordar sorrindo quando ele está do meu lado, e eu amo tudo isso. Todo esse carinho, todo esse amor, eu simplesmente estou amando cada dia mais e mais. E ele me traz uma paz que eu já não imaginava mas que existia, mas ele me mostrou que ainda existi sim e, que ele sempre vai me dar a paz que eu preciso. É algo cliché eu sei, mas pensando bem hoje eu poderia não ter essa paz, se não tivesse optado por ele, e se eu estivesse escolhido Picasso? Talvez hoje eu não teria essa paz, que tenho com Luan. Ou teria? Poxa por mas que eu tente, toda vez que vejo Picasso ele mexe comigo ainda, mesmo que eu não queira é impossível controlar, é algo inexplicável. Poderia tanto ser diferente, eu não queria ter essa dúvida, não queria gostar dos dois, mesmo que agora eu e rato tem mas intimidade e, com Picasso eu não tenha isso, eu sinto uma pequena dúvida lá no fundo, no fundo mesmo. Laura vamos respeitar o momento mona. Minha consciência me ajudou mas uma vez, finalmente ela anda me ajudando ultimamente. Não é certo eu ficar pensando em outro homem, com o meu namorado na minha cama. Olhei pra ele que me encarava pensativo, o que me fez sorrir e ele também.

- Bom dia pra você também. - falei irônica.

- Bom dia meu amor. - falou coçando a cabeça e sorrindo.

- A favela tá num silêncio, ou é impressão minha? - perguntei

- Não, não é... - falou e suspirou. - Vamos pra boca. - falou e assenti.

- É hoje. - falei me levantando rápido ao me lembrar do que o informante falou, que seria hoje a invasão. - Vamos logo pra boca, nem vai da tempo de tomar banho. - falei vestindo uma calça jeans e uma regata.

- É mesmo. - falou vestindo a calça jeans.

Calcei um tênis, e sai do quarto. Valentina tá aqui em casa desde do dia do baile, e tenho que acordar ela. Cheguei no quarto e ela não estava, fui até a sala e encontrei ela sentada no sofá vendo TV.

- Bom dia mermã. - falou sorrindo.

- Bom dia amor, é hoje a invasão amiga.

- Será que vai ser mesmo? - perguntou

- Não sei, mais estou indo pra boca... - falei nervosa.

- Primeiro tu fica calma, segundo eu vou com vocês. - falou e neguei.

- Melhor não Valentina... - discordei.

- Amiga deixa eu te falar, eu sou braço direito do meu irmão... - falou me abraçando e sorriu ao me olhar. - Já participei no mínimo de dez invasão, desde dos meus treze anos eu tô nessa vida, vou ser útil pra vocês... - completou sorrindo o que me fez sorrir e assentir.

- Toda ajuda é bem vinda... - rato falou entrando na sala. - Bora? - perguntou e assentimos.

Saímos de casa eu e Valentina na minha moto e rato na dele, voando pra boca nós desceu o morro. Não demorou e chegamos, desci rapidamente da moto, os vapor está todos armados, com armas de grande porte.

- Patroa a entrada do morro tá fechada, ninguém entra... - falou linguiça. - Já avisamos os moradores pra ninguém sair de casa, tá tudo fechado. - completou.

- Pode pá linguiça, vou ali pegar minha submetralhadora.

- Pode pá.... - falou saindo.

Entrei no meu escritório e peguei minha preciosidade em baixo da minha mesa, também estou com a minha quadrada na cintura. Rato está verificando as dele e deu umas pra Valentina também. A porta foi aberta e encarei a pessoa que entrou, Picasso... Rato me olhou furioso, sei que ele não vai muito com a cara de Picasso, mas não foi eu quem chamou ele aqui não.

A HERDEIRA DO MORRO [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora