A HERDEIRA DO MORRO [Concluído]

Capítulo 21

Laura Sofia

Acordo com o sol entrando pela janela, rato esqueceu de arrumar a cortina. Mas não consigo ficar brava com ele, o mesmo dorme feito um anjo abraçado comigo. Da até vontade de dormir até tarde com ele, mas não posso... Hoje estou cheia de coisas para fazer, ele merece um descanso, anda trabalhando muito. Me levanto devagar e lentamente para não acordar ele, com muito custo consigo me levantar. Pego minha toalha e vou para o banheiro, tomo um banho rápido, fazendo minhas higienes. Após saiu e procuro por alguma roupa, acabo optando por uma calça jeans lavagem clara e uma cropped cinza, calço um tênis. Por último perfume e um batom, me olho no espelho e ajeito meus cabelos em um rabo de cavalo. Está ótimo. Pego a chave da minha moto e, me aproximo da cama em passos calculados, despejo um beijo nele e saiu do quarto. Subo na minha moto e dou partida, vou devagar cumprimentando todos que sorri pra mim e me comprimenta. O povo aqui já acostumou comigo, logo chego na padaria, desço e adentro a mesma.

- Bom dia Laura. - fala seu João.

- Bom dia João. - falo sorrindo. - Me vê um misto aí, com uma Coca-Cola.

- Pra já senhorita. - fala sorrindo.

Me sento na mesa para esperar o meu pedido. Rato vai me encher o saco por ter saído sem acordar ele, mas ele anda trabalhando tanto, precisa e, merece um descanso. Eu também estava andando muito folgada, deixando que ele resolva as coisas pra mim. Mais finalmente acordei. Senhor João vem em minha direção com meu pedido, ele sorri  e coloca sobre a mesa. Hum... Está com um cheirinho bom, começo a comer.

Hoje não tem muita coisa pra resolver na boca, só fazer hora lá mesmo. Estou agradecendo, por tudo estar em uma tranquilamente total aqui no Morro. Pelo o que eu já fiquei sabendo, que sempre tinha invasão de polícia, mais até agora eles não tentaram nada. E isso também me preocupa,  te tanto os meninos falarem na minha cabeça tive que acolher o hábito de andar armas, eu achava desnecessário mas ele me contaram que quando alguém invade o morro não avisa e blá-blá-blá, eu até sabia disso, como polícias vai avisar que vai invadir? Pois é, agora sempre ando armada e quando chego na boca pego sempre minha sub metralhadora e coloco nos meus pés pra qualquer coisa ela está ali preparada. Acho que eu é que não estou muito preparada para uma invasão, já que não participei de nada igual no meu treinamento.

Término meu café e pago seu João, saio da padaria e subo na minha moto. Sigo para a boca, chego rápido já que é bem próxima da padaria, desço e comprimento os moleques. Vou para o meu escritório e me jogo na cadeira, escuto linguiça no rádio me chamando.

- Fala linguiça. - respondo.

- Patroa tu tá na boca já? - pergunta

- Tô sim, qual é? Aconteceu alguma coisa? - perguntei já que a voz dele não soa nada boa.

- Tá ligada, descobri uma coisa... - falou e suspirou fundo. - Tô indo pra i, pode pá?

- Pode pá, encosta... - falei e desliguei o rádio jogando ele na mesa.

Pego os papéis do carregamento de ontem, e começo a colocar tudo no notebook. Assim que terminei e, guardei o mesmo, linguiça entrou na sala com o semblante assustado ou com medo, não sei decifrar. Fiz um gesto pra que ele se sentasse e assim ele fez.

- Fala memo... - puxei o assunto.

- Patroa cê tá ligada que temos informantes dentro da polícia né? Ainda temos o hacker que invade os sistemas deles lá. - falou e assenti.