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- NIALL -

Que diabos há de errado comigo?

Talvez fosse a porra da explosão ou beber wisky por meses, mas eu estava realmente começando a questionar a minha sanidade. A imagem que Harry tinha me enviado da menina era borrada e eu não conseguia distinguir o rosto dela, mas eu sabia que era a mesma menina do posto de gasolina com o cabelo rosa.

Thia.

O nome dela era Thia, eu me lembrava.

Eu achava que sabia o que esperar quando entrei naquele quarto.

Eu estava tão errado.

O cabelo longo de Thia estava espalhado no travesseiro e ele não era tão rosa como eu me lembrava, mais como loira com um toque de vermelho. Sua pele era pálida, com exceção do ferimento escuro no lado do lábio com um band-aid de borboleta cobrindo um corte no lado do olho que estava ficando mais e mais escuro enquanto os segundos se passavam. Os círculos sob seus olhos eram de um roxo profundo debaixo de sua pele fina.

Ela foi espancada como o inferno.

Ela era tão linda. Eu estava tão surpreso com ela que eu senti como se ela não estivesse inconsciente, mas em vez disso tinha acabado de me dar um tapa na minha cabeça.

Quando seus lábios entreabriram, ela suspirou, arqueando as costas para fora da cama, empurrando seus seios contra o cobertor fino, antes de cair novamente.

E a porra do meu pau saltou para a vida.

— Isso é um tempo ruim pra caralho, idiota, — eu murmurei para mim mesmo e pro meu pau.

Se ela era a porra de uma armadilha ou não, alguém, provavelmente o meu velho, tinha feito direitinho.

Ao vê-la em pessoa era tão diferente do que olhar para uma foto. Estar no mesmo quarto que ela, vendo como ela lutava em seu sono, a raiva que eu sentia minutos atrás em direção ao meu pai se amplificou por mil. As cordas em meu pescoço tencionaram e eu cerrei os punhos.

Eu não iria matar Bobby. Eu estripar o filho da puta.

Então Thia começou a se debater descontroladamente, seus braços e pernas flácidas e inúteis enquanto ela rolava de lado a lado. Sua boca abria e fechava, o nariz enrugado e as sobrancelhas retraídas como se estivesse tendo uma conversa acalorada com alguém em seu sonho. Ela começou a se debater novamente, desta vez chutando os lençóis e cobertores da cama.

Eu respirei fundo.

Ela não estava usando uma camisa ou um sutiã, seus seios eram cheios, empinados, arredondados, e perfeitos. Meu pau não tinha recebido a minha mensagem anterior para domar essa porra, porque ele se contraiu novamente em minhas calças quando todo o sangue do meu cérebro correu para o meu pau até que ele estava se esforçando dolorosamente contra o meu zíper. Thia rolou para o lado dela então ela estava de frente para mim e eu era capaz de ter uma visão melhor de seus mamilos cor de rosa. Havia uma marca em seu seio esquerdo e quando eu me inclinei para inspecioná-lo, eu vi vermelho.

Vermelho de raiva brilhante.

Dentes.

A marca de mordida na porra do seu mamilo.

Eu estava sobre Thia como uma mistura confusa de ódio, raiva, luxúria nadando dentro de mim. Eu adicionei decapitação à lista de coisas que eu ia fazer com Bobby e possivelmente queimar seus próprios malditos mamilos eu mesmo.

Por outro lado, se a cadela estava trabalhando para ele, seria uma vergonha ter que terminar o que tinha começado em um corpo tão perfeito.

Andei pelo quarto, estalando os nós dos dedos e respirando fogo. Se este fosse o velho lugar de Harry eu provavelmente já teria feito um buraco na merda da parede e de repente desejei que aquela antiga garagem em ruínas, que costumava ser coberta com meus posters da playboy e bandeiras dos Bastards não tivesse sido substituído pela tinta branca e fresca.

Thia se sentou de repente e abriu os olhos, revelando olhos verdes e grandes de boneca.

— Niall, — ela sussurrou, fechando seu olhar em mim. Sua mão voou até o peito para agarrar o meu anel de caveira, que estava pendurado em uma corrente entre os peitos dela.

Eu abri minha boca, mas eu não tive a chance de dizer qualquer coisa, porque seus olhos reviraram em sua cabeça e ela começou a convulsionar novamente. 

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