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- NIALL -


Eu estava dizendo a verdade quando eu disse a Ti que eu não tinha uma fodida ideia de qual plano seguiríamos. A merda tinha mudado tão rapidamente. Eu estava sendo honesto com ela e comigo mesmo.

Eu queria falar com Harry na noite anterior, mas ele tinha clientes indo e vindo por toda a noite, então eu sentei sozinho com uma garrafa de wisky no chão ao meu lado, tentando descobrir o meu próximo passo, e nas horas em que passei lá, tudo o que eu descobri foi que eu não sabia merda nenhuma. Ainda não saber de qualquer maneira.

Meu novo plano era simples. Nos encontraríamos com Samira Fletcher, a advogada, e de lá iríamos seguir.

Nós lidaríamos com a lei primeiro. Depois sem lei.

— Onde diabos você acha que está indo? — eu perguntei quando Ti saiu da garagem e passou onde eu estava sentado na calçada tentando concertar a minha moto. Harry tinha enviado um caminhão de reboque para trazê-la do galpão da casa de Ti e, felizmente, ele voltou sem levantar suspeitas. Eu limpei o suor na testa com o pano do meu bolso de trás. Eu encarei as longas pernas de Ti e a porra do meu pau saltou como sempre acontecia quando ela estava por perto.

Porra, ela era linda. E ela era minha.

— Eu estava procurando por você. — ela cruzou os braços sobre o peito, pressionando os seus seios sem sutiã contra o tecido da camiseta que eu tinha dado a ela para vestir na noite anterior. — Eu acordei e você não estava. Você sabe que não há problema em ser legal. Você não tem que fugir o tempo todo.

— Eu não durmo muito, — eu disse, me levantando. Eu me senti mal por mentir por ela, mas a verdade era que quando eu a vi sair eu tive um flashback dela tentando fugir e eu imediatamente me emputeci.

— Eu não consigo dormir com sua bunda apertada pressionado contra o meu pau. Você precisa de algo? — eu perguntei, dando uma tragada no meu cigarro e deixando a nicotina invadir meu cérebro. A verdade também era que tinha sido dias desde que eu cheirei a última vez e a dor de cabeça que eu estava ostentando fazia parecer que o mundo estava gritando comigo.

Ela olhou para baixo. — Sim. Não. Quero dizer... sim?

— Ti, fala logo, — eu disse, olhando para ela rapidamente. As contusões em torno de seu olho eram pouco visíveis. Cada minuto que passava ela parecia mais e mais fodível, e agora que eu realmente tinha ela, tudo o que eu queria era mais.

Eu costumava pensar que eu queria sair desse mundo em uma explosão de balas e de glória. Agora eu acho que queria ir com as bolas bem fundo da minha garota. Minha garota.

— Podemos apenas... por hoje, podemos simplesmente, fingir? — ela perguntou, mordendo o lábio.

— Fingir? Fingir o quê? — eu dei uma tragada no meu cigarro e deslizei minha outra mão no meu bolso de trás, me inclinando contra a lateral da garagem.

— Vamos fingir que eu sou apenas Thia Andrews, cujos os pais não estão... — ela olhou para longe e fungou, sacudindo a cabeça. — E você é apenas Niall, e você não está chateado com o mundo. — ela sorriu e inclinou a cabeça para o lado. — Não hoje de qualquer maneira.

Eu procurei seu rosto por uma piada, mas não havia sinais de uma piada.

— Hoje eu quero ser uma garota normal e você pode ser um garoto normal e vamos fazer tudo o que as pessoas normais fazem. Não conseguimos pensar presos em toda a merda ruim que está acontecendo. — ela fechou a distância entre nós e veio para ficar debaixo de mim, olhando para cima com olhos verdes suplicantes. — Por favor, Niall. Por favor. Apenas me dê isso hoje. Seja normal comigo. Só por hoje.

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