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Cheguei em casa por volta das cinco da tarde, meus pais ainda não haviam voltado do trabalho. Subi até o meu quarto e me deitei na cama, um pouco cansada pela tarde, que pareceu demorada, mas que acabou sendo rápida.

Mark é um garoto legal, me trata como se já me conhecesse há séculos, talvez eu devesse me abrir um pouco e parar de me manter na defensiva... Nah, eu gosto de ser assim.

Ri malévola com o meu pensamento e me levantei da cama indo até o meu banheiro, pus uma música aleatória em meu celular e comecei a me despir. Entrei no chuveiro cantarolando a melodia.

Ao fim da sequência de músicas, eu já estava enrolada na toalha indo até minha cama. Deixei meu celular sobre a minha cama e terminei de me secar vestindo uma roupa confortável, no mesmo instante ouvi a porta da frente da casa bater anunciando a chegada dos meus pais.

Sai do quarto e me debrucei sobre o guarda corpo do mezanino vendo meu pai chegar deixando sua maleta no sofá e afrouxando a gravata.

— Boa noite, sr. Lewis. - Fiz uma saudação e ele ergueu os olhos rindo fraco.

— Boa noite, filha... Ah, daqui a pouco, um amigo do trabalho vai vir aqui em casa para jantar conosco. - Ele avisou e eu assenti ainda que a contra gosto.

Voltei ao meu quarto e abri o armário a procura de algo mais arrumado que um short de malha e uma blusa. Vesti um conjunto íntimo, um short de moletom negro e uma blusa branca, calcei meus tênis clássicos e soltei meu cabelo.

Chequei meu celular e vi que haviam algumas mensagens de Victoria perguntando como havia sido minha tarde com Mark, algumas notificações do Twitter e do Instagram. Suspirei guardando o aparelho no meu bolso de trás.

Então, ouvi a campainha tocar, sai do quarto ficando a mesma posição cuja qual eu havia ficado antes para falar com o meu pai. Apoiada no guarda corpo, vi meu pai cruzar a sala e ir até a porta, ele a destrancou e logo pude ver um senhor de mais ou menos cinquenta anos, com uma expressão simpática e óculos de grau ser cumprimentado pelo meu pai.

— Reynold, entre, por favor. - Meu pai disse e eu desci os degraus da escada me aproximando dos homens perto da porta. — Essa é minha filha, Jane.

— É um prazer conhecê-lo, senhor. - O cumprimentei sorrindo, recebendo outro sorriso do mais velho em troca.

— O prazer é todo meu, seu pai fala bastante de você. - Sorri assentindo. — você vai adorar conhecer o meu filho, ele tem a sua idade. - O homem disse e se virou para a porta. — Mark, meu filho, entre, não seja tímido.

No momento que o suposto filho de Reynold pisou dentro da minha casa, eu paralisei estática ao ver Mark Tuan parado à minha frente. Ele, por sua vez, parecia descontraído e, como sempre, tinha um sorriso divertido em seu rosto. Mark não parecia nada surpreso com a minha presença, já eu...

— M-Mark? Mark Tuan!? - Não evitei de gaguejar, fazendo o menino rir fraco e colocar as mãos nos bolsos das jeans escuras.

— J-Jane? Jane Lewis!? - Ele imitou minha fala com um tom de ironia. — Olá Jane, quanto tempo, não é mesmo?

— Vocês se conhecem? - Meu pai perguntou com um ponto de interrogação brilhante e gigante sobre sua cabeça.

— Nós somos da mesma sala, senhor Lewis. - Mark esclareceu e eu assenti ainda surpresa com aquela situação. — Nos conhecemos melhor há pouco tempo...

— Por que não me disse antes, Mark? Eu teria feito um churrasco e convidado George e a Jane lá para casa. - O sr. Tuan disse arrancando risadas do meu pai.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora