13. Don't Wait For Me

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Mark acabou na enfermaria, com os dedos entrelaçados aos meus, apertando minha mão, enquanto a enfermeira limpava seus machucados. Eu observava a cena com preocupação em meus olhos, mas alívio de ver o rosto de Mark um pouco melhor.

A enfermeira dissera que eu precisava ir à sala, mas eu não queria  deixar Mark, e ele aparentemente também não queria que eu deixasse, pois apertou minha mão me impedindo de seguir as ordens da mais velha.

— Por favor, senhora, deixe-a ficar comigo. - Mark pediu enquanto a mulher limpava o sangue que ainda escorria das narinas de Mark com uma gase. A mulher suspirou colocando dois algodões nas narinas de Mark para estancar o sangue.

— O que vocês são? Namorados? - Ela questionou indo até o armário mais próximo afim de pegar um medicamento.

Eu e Mark nos entreolhamos, eu neguei com a cabeça, mas ele assentiu. Então, dissemos:

Sim.

Não.

Droga. A mulher se virou com uma pomada em mãos e um olhar desconfiado. Xinguei baixo e ergui meu olhar enquanto a mais velha se aproximava de Mark.

— É quase isso, é quase um namoro. - Esclareci limpando minha garganta. — É difícil de explicar.

— Sei... - A mulher disse terminando de passar a pomada sobre as feridas limpas e esterilizadas de Mark, que tinham uma aprendiz melhor que a de antes.

— Certo. Infelizmente, terei que separar o casal de quase namorados, porque você tem ordens de ir à diretoria, sr. Tuan. - Ela disse e Mark assentiu descendo da maca desvinculando seu toque da minha mão. — E você srta. Lewis, sala de aula.

Assenti e caminhei com Mark até a saída da enfermaria, deixamos a sala e suspiramos ao mesmo tempo. Encarei o rosto de Mark por alguns segundos e me desfaleci encontrando seu corpo com um abraço.

— Você vai ficar bem? - Eu perguntei preocupada com a voz abafada pela gola da blusa social de Mark.

— Não se preocupe, vou ficar bem, Jane Lewis. - Me desvinculei do abraço e ele sorriu fraco fazendo os algodões em suas narinas se mostrarem mais presentes. Ri fraco e assenti.

— Cuidado. - Adverti e ele bateu continência. Nos viramos e seguimos caminhos opostos.

Destinos diferentes, o meu: sala de aula, o dele: diretoria. Adentrei na sala ainda com minha mente atordoada pelo acontecimento recente. Recebi olhares curiosos, mas os ignorei, pedi desculpas ao professor de história e me sentei em meu lugar.

Mark está na diretoria e a culpa é minha. Fechei os olhos com força correndo minhas mãos pelos cabelos. A culpa é toda minha, merda. Essa briga com certeza vai comprometer suas notas no final do período... Respirei fundo fazendo um movimento negativo com a cabeça.

Eu nunca havia visto Mark daquela maneira, com tanto ódio nos olhos, nunca poderia imaginar ele trocando golpes com um idiota do primeiro ano. Ele parecia tão alterado, tão raivoso, o que contradiz com sua personalidade gentil, feliz e educada. Aqueles olhos odiosos realmente não condiziam com seu sorriso divertido.

•      •      •

As duas últimas aulas foram silenciosas, os alunos estavam mais quietos e os professores mais felizes por não terem que lidar com grupinhos fofocando no fundo da sala. Talvez todos estavam tão chocados quanto eu por ver Mark Tuan brigando com alguém.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora