27. All Of Them

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Eu havia terminado meu banho, vestia meu mais confortável pijama, trocava algumas mensagens com Bambam sobre a viagem que ele e os garotos estavam preparando para o feriado da próxima semana, quando minha mãe entrou no quarto.

Ergui meus olhos do ecrã do meu celular para a decisão séria que copiava o rosto dela. Não prevejo boa coisa, acho que o "tarde" daquele "conversamos mais tarde" chegou. Ela se sentou na borda da minha cama e eu digitei uma mensagem para Bambam.

Jane: Minha mãe vai puxar minha orelha
Jane: Amanhã falo melhor contigo, boa noite, Bambi
Bambam: Boa sorte hahaha
Bambam: Durma bem

Deixei meu celular de lado e deixei meus braços sobre meus seios vendo o olhar de minha mãe pesar sobre meus ombro, me ajeitei na minha cama e perguntei:

— O que foi?

— Eu posso perguntar o que Mark estava fazendo com você hoje à tarde? - Ela perguntou incrédula e eu suspirei já prevendo toda aquela discussão.

— Não o ouviu quando ele te respondeu? Mark estava estudando comigo para o teste de amanhã. - Falei ela me lançou um olhar debochado, como se ela fosse acreditar no que ele disse, suspirei e soltei. — Ele dormiu aqui.

— Dormiu? Com você?! - Ela exclamou e eu revirei os olhos.

— Não do modo que você está pensando, ele estava cansado e não podia voltar para casa pois era dia de faxina. - Voltei meus olhos para o celular afim de checar as horas. — Então, eu o deixei dormir aqui em casa.

Ela me encarou com uma leve desconfiança e eu corri minhas mãos pelos cabelos um tanto quanto irritada com aquela falta de confiança que minha mãe estava tendo comigo.

— Está desconfiada? Quer me levar à um ginecologista para comprovar que eu não transei com Mark? - Perguntei e ela cerrou o cenho reprovando minha resposta.

— Eu acredito em você. - Ela disse firme e eu ri debochada.

— Pois não parece. - Retruquei e ela esfregou o rosto com as mãos enquanto eu desviava meu olhar para o lado oposto ao dela. — Você não me quer junto com Mark, não é?

— Meu trabalho é apenas guiar-lhe para que faça as melhores escolhas, não fazê-las por você. - Ela suspirou tocando em minhas bochechas e apertando-as, fazendo meus lábios se tornarem um bico e um olhar de impaciência ocupar meus olhos. — Se você acha que irá dar certo com esse garoto, vá enfrente

Abaixei meu olhar e apertei meu cobertor em minhas mãos sentindo as palavras sinceras da minha mãe me atingirem com certa intensidade.

— E se não der? - Perguntei insegura e ela sorriu fechado ajeitando minha franja.

— Eu estarei aqui para juntar seus caquinhos. - Ela riu fraco me olhando com zelo.

— Todos eles?

Todos eles.

Então, naquela noite eu pus minha cabeça sobre o travesseiro e pensei nas palavras que minha mãe havia me dito. Havia a possibilidade desse sentimento, que crescia como erva daninha em meu coração, acabasse prejudicando minha amizade com Mark, e isso era o que eu menos queria naquele momento.

Eu entendia o motivo dela se preocupar comigo. Ela havia sentido o perfume daqueles sentimentos em mim, ela é minha mãe, ela sabia... sabia que sua filha estava se apaixonando.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora