72. At Last Our Feelings Freed

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— Não acredito que seus pais realmente me deixaram ficar sozinho com você no seu quarto. - Falei enquanto observava Jane rumar até o banheiro.

— Eles já estão acostumados com você. - Ela riu. — Você já é de casa.

Ri e tirei os tênis me deitando na cama. Respirei fundo sentindo o perfume de Jane no travesseiro. O aroma doce, me fez fechar os olhos e grunhir contra a fronha confortável. Senti um peso sobre a cama e abri meus olhos vendo Jane deitada ao meu lado.

— Você gosta mesmo da minha cama... - Ela riu fraco e eu assenti colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.

— Ela tem o seu perfume. - Confessei e ela sorriu tímida.

Ri baixo e pousei minha mão sobre a pele exposta da sua cintura. O contato frio contra a pele quente, fez Jane erguer o olhar de súbito, ao mesmo instante que eu a puxei para perto. Meu polegar acariciava a área enquanto Jane encarava-me com olhos virtuosos.

— Está me olhando como se eu fosse avançar em você a qualquer momento. - Falei e ela riu fraco revirando os olhos.

— E não vai? - Ela perguntou divertida e eu ergui o cenho surpreso. Não sei por que as respostinhas atravessadas de Jane ainda me surpreendem...

Está me provocando, Jane Lewis? - Perguntei desafiador, erguendo uma sobrancelha, ela riu sapeca e suspirou fraco.

— Queria estar sozinha com você... - Ela disse abaixando o olhar e tocando o tecido da minha blusa.

— Um beijo não vai fazer muito barulho... vai? - Sugeri cedendo àquele olhar cabisbaixo, que rapidamente se levantou com a minha sugestão.

Jane negou com a cabeça e eu ri fraco aproximando meu rosto do dela. Encaixei nossos lábios no instante que senti sua mão pousar sobre meu torso. Pedi passagem com a língua e ela cedeu acariciando meu torso com o polegar... Jane aprofundou o beijo se inclinando para mim e entrelaçando seus dedos nos cabelos da minha nuca. Senti um arrepio descer pela minha espinha e apertei meu toque em sua cintura.

Senti sua respiração se acelerar e uni seu corpo ao meu, traçando a curva da sua cintura,  descendo até sua coxa e puxando-a para cima do meu corpo, encaixando minha perna entre as suas. Jane gemeu entre o beijo, me fazendo lembrar da situação que estávamos. Aquilo não podia acontecer naquela hora, não mesmo.

— Jane... - Eu disse afastando meus lábios dos seus repentinamente. — Sua mãe, ela pode nos ouvir.

— Eu fico quietinha... Prometo. - Ela disse manhosa e eu respirei fundo tentando não deixar aquela menina me convencer a continuar.

Ah... Não fala desse jeito comigo... - Falei e ela aproximou seus lábios dos meus, descendo as unhas levemente pela minha nuca. Oh Deus...

— Por favor... - Ela suplicou e eu respirei fundo me rendendo.

— Quietinha, entendeu? - Alertei e ela assentiu.

Aconteceu. Não era como se eu tivesse planejado aquela noite, acredito que nem mesmo Jane pensou que iríamos nos encontrar numa situação tão íntima em um momento tão inusitado. Mas aconteceu e foi incrível. Ainda me pego relembrando daquela noite, nos éramos bobos apaixonados, cheios de desejo acumulado.

Minhas mãos ainda conseguem sentir curvas grossas daquele corpo, como o corpo dela se contorcia ao toque delas, como a pele dela era quente e como eu saboreei cada centímetro de carne que ela possuía naquela noite. Eu ainda conseguia sentir o perfume dela, com a cabeça enterrada no pescoço dela, eu mordia a pele do seu pescoço enquanto ela cravava as unhas nas minhas costas genes meu nome repetidamente.

— Eu te amo. - Ela confessou reganhando ar enquanto minhas mãos desciam pelo seu corpo livremente como nunca antes.

— Eu também te amo, Jane Lewis. - Eu me lembro que ela sorriu e puxou-me para um beijo.

Um beijo profundo, eu ainda me lembrava dos lábios dela, repartidos e vermelhos, por onde os mais pecaminosos gemidos escapavam, mas também os mais belos sons que eu já ouvi. E em meio aos gemidos angelicais eu ouvia o som dos nossos corpos se chocando debaixo das cobertas.

Como eu queria reviver aquela noite, sozinho em meu quarto eu me pegava revivendo aquele momento em minha mente. Sabendo que havia feito uma promessa e se eu quisesse ser digno the receber Jane daquela forma novamente eu teria de ser homem o suficiente para cuspir a verdade que há muito bem desgastando e corroendo minha alma.

Bettany, era quem eu pensava enquanto adentrei aquela casa. A casa da minha namorada era bonita, revestida de mármore e azulejos de quarto, vidro e metal cromado, era uma casa moderna. Bettany estava sentada na beira da piscina, balançando as finas pernas dentro da água.

— Bet. - Falei e al se virou dando-me um sorriso doce. Confesso que apenas pressionou a faca que já perfurava meu coração há meses. — Preciso conversar com você.

JANE

Era uma tarde como qualquer outra. Eu terminava de ler um livro cujo qual havia roubado da estante da minha mãe, no entanto minha mente involuntariamente me levava à noite em que eu e Mark nos entrelaçamos.

Um rubor surgia em minhas bochechas enquanto meus olhos se fechavam e eu me contorcida na cama rindo e fechando o livro, como um adolescente apaixonada que eu era. Eu me lembrava de todos os momentos, as memórias pareciam tão claras e vivas na minha mente.

Eu me senti tão segura naquela noite, dentro dos braços fortes de Mark eu me rendi por completo com a promessa de que eu seria a única a ter seu coração. E desde o início era tudo o que eu mais desejava, ter todo o coração de Mark para mim. E naquele momento eu sabia, minha promessa havia sido conjurada e de mãos entrelaçadas ele jurou seu amor por mim, e eu acreditei. Acreditei pois era verdade.

Ouvi a campainha da casa ecoar pelos corredores, interrompendo minhas mais doces memórias e me levantei suspirando. Deixei o livro sobre a cama e fiz meu caminho até a porta. Assim que girei a maçaneta e abri a mesma, dei um passo para trás, meus olhos se arregalaram e eu pisquei confusa.

— Mark?! - Perguntei e logo me rendi à risadas.

Mark estava encharcado, seus cabelos bagunçados pingavam gotas pesadas sobre o mármore da entrada da minha casa. Suas roupas, se fossem torcidas encheriam um Tupperware. Um sorriso bobo formou-se nos lábios dele e ele deixou uma risada nasalada escapar.

— Bettany me jogou na piscina.

Interrompendo minhas risadas, Mark envolveu seus braços envolta do meu corpo e me puxou contra seu corpo deixando sua testa colada com a minha e seus lábios a centímetros dos meus. Meu coração subitamente acelerou assim como meu pulso, meu olhar se cruzou com o dele e eu pisquei sentindo minhas bochechas esquentarem.

— Você...?

Ele assentiu e riu fraco enquanto minha mão direita encaixava-me em sua bochecha e acariciava sua pele molhada com meu dedão. E de súbito, Mark encaixou seus lábios nos meus, e um beijo livre de qualquer sentimento de culpa ou apreensão aconteceu sob o céu ausente de lua em uma noite quente.

— Meu coração é seu, Jane Lewis. - Mark sussurrou entre o beijo. — E sempre vai ser.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora