37. Limitless

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Eram sete da noite, a tarde havia sido pacata, fui à piscina algumas vezes, às vezes que os garotos estavam jogando vídeo game na sala e as meninas em seus quartos. Contei à Bambam sobre Jaebum, sobre a desconfiança dele, e sobre o fato de eu estar andando vendada sobre uma corda bamba por causa do meu relacionamento com Mark.

Bambam é um bom conselheiro, então ele simplesmente pediu para que eu me acalmasse e me deu duas opções. Me arriscar e deixar que eu e Mark nos encontremos uma hora ou outra dentro daquela casa para resolver aquela situação de uma vez por todas, ou me afastar dele firmemente durante a viagem, e tratar desse assunto quando voltássemos para a cidade.

Eu passei a tarde toda e o jantar pensando naquelas opções, refletindo cada vez mais sobre elas, cada um delas tinha seus pontos positivos e negativos. Me encontrar com Mark dentro daquela casa era arriscado, mas meu desejo de tentar dar um ponto final ou uma vírgula na nossa situação era quase irresistível. Me afastar dele e esperar para colocar as cartas na mesa finalmente, quando chegarmos na cidade, era o mais adequado, mas seria doloroso, seria uma espera torturante e dolorosa.

Eram nove da noite, eu e Bambam havíamos terminado nossos respectivos banhos, ambos estávamos encarando o teto, deitados um do lado do outro, sobre a cama. Eu vestia meu conjunto de pijama preto de listinha brancas e Bambam uma calça de moletom com estampas de carneirinhos. Não parecíamos nem um pouco um casal de amigos adolescentes com hormônios à flor da pele deitados na mesma cama.

— Você já assistiu o filme A Mentira? - Ele perguntou em um tom baixo e eu assenti. — Você se lembra da cena em que a Emma Stone finge transar com aquele cara gay para ninguém desconfiar dele?

Assenti novamente e ele virou seu corpo na minha direção me encarando.

— Você quer que ninguém desconfie do que quer que você esteja tendo com o Mark? - Assenti pela terceira vez, mas uma luzinha acendeu sobre a minha cabeça e eu me virei rapidamente na direção dele.

— Não vamos fazer isso. - Falei e ele riu fraco.

— Por que? Não vamos transar de verdade, vai ser divertido. - Bambam sorri inocente e eu rio baixo. — E... você viu como ele foi frio com você hoje, vocês não trocaram uma palavra se quer, mas ele está atiçado de ciúmes porque você está passando bastante tempo comigo, não é a ocasião perfeita? Não quer testar até onde vai o limite de Mark?

Tentador. Essa era a palavra que descrevia a sentença de Bambam, ele tinha uma lábia poderosa e cada segundo pensando sobre suas palavras eu me sentia mais tentada a ceder. Seria divertido para nós dois, e eu veria até onde Mark aceitaria que eu fosse com um de seus amigos.

Ele andava desconfiando inutilmente de mim com Bambam, e atiçar ainda mais essa desconfiança, com algo explícito como uma transa, seria mal, muito mal, mas é o preço a se pagar por confessar seus sentimentos e pedir para que eu fosse sua segunda. E além do mais, não temos nada, somos só amigos.

— Como começamos? - Perguntei à Bambam e ele riu fraco se sentando na cama.

— Você é virgem? - Ele perguntou e eu assenti, ele sorriu e estendeu e mão para que eu me levantasse junto dele.

— Eu te guio. - Ele assegurou e eu cobri minha boca segurando uma risadinha.

— Parece que nós vamos realmente transar, Bambam. - Eu sussurrei e ele riu baixo negando com a cabeça.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora