Fui acordada por uma trovoada que ecoou pela casa inteira. Gemi contra o travesseiro, ainda deitada na cama. Suspirei percebendo que já era manhã, mas então notei a ausência dos raios solares que normalmente aqueciam minha pele pela manhã. Abri meus olhos focando-os na janela, e vi que, no lugar dos raios de sol, haviam gotas e os riscos luminosos que cruzavam o céu. Não para de chover desde ontem.
Espreguicei-me e reparei que Mark já havia levantado, me levantei da cama e fui até o banheiro, realizei minha higiene matinal e vesti um casaco antes de sair do quarto. Desci os degraus da escada e encontrei os meninos e as primas de Jackson reunidos na sala para o café da manhã, diferente da manhã anterior, em que a reunião fora na área da piscina. Impossibilitados de ficar lá, pela chuva forte que persistia em cair, todos estavam espelhados pelos sofás, poltrona e tapete da sala, com suas canecas em mãos.
— Bom dia. - Anunciei chamando a atenção geral, recebi um bom dia de todos e me sentei ao lado de Lia, que estava sobre o tapete.
Ouvi passos vindos da cozinha e me virei vendo Mark se aproximar com uma caneca do batman na mão direita e uma expressão de quem acabou de acordar. Assim que me viu, ele abriu um sorriso e se apressou, sentando no tapete ao meu lado esquerdo.
— Bom dia. - Ele disse e eu sorri respondendo o mesmo. — Dormiu bem?
— Sim, esse barulhinho de chuva me fez pegar no sono rapidinho. - Ri e e ele sorriu despreocupado.
Movi meus olhos para o canto direito da sala, onde havia a poltrona em que Bambam estava sentado. Ele sorria pra mim, caminhei ate ele corri a mão pelos seus cabelos.
— Dormiu bem? - Perguntei e ele assentiu.
— Tirando o fato de eu ter que dormir com dois tampões nas narinas, a noite foi ótima. - Ele disse e eu ri me aproximando deu sua orelha.
— Ele falou com você? - Perguntei e ele assentiu.
— Conversamos pela manhã, está tudo bem. - Bambam sorriu fraco e eu suspirei aliviada.
— Mas então... O que vamos fazer hoje? - Jackson quebrou o clima de silêncio mórbido instalado no recinto.
— Eu havia planejado em levá-los até a cachoeira que tem aqui perto, mas está chovendo muito para irmos lá. - Lia lamentou.
— Vamos ter que ficar dentro de casa então. - Lin disse meditando sobre as possibilidades. — Por que não assistimos algum filme? Jackson tem alguns DVDs guardados no sótão, nós podemos escolher um e assistir.
— Uh, seria uma ótima ideia! - Yugyeom disse animado e eu ri da reação do garoto.
— Só aceito a ideia se tiver chocolate quente e pipoca. - Jackson disse cruzando os braços e suas primas riram.
— Vá fazer a pipoca para os garotos enquanto nós vamos pegar a caixa com os filmes no sótão. - As duas disseram e se levantaram de seus lugares.
Jackson comemorou e se levantou indo até a cozinha. Fiz o mesmo e avisei que tomaria uma ducha para me livrar do sono, antes que o filme começasse, Bambam disse que viria logo depois de mim, e Mark decidiu fazer o mesmo.
Chegando no mezanino, entramos em nossos devidos quartos e fechamos a porta. Me desfiz do meu pijama, mas antes de entrar no banheiro, ouvi algumas batidas na madeira da parede que separava meu quarto do de Mark. Ri fraco e me aproximei da superfície escura.
— O que foi? - Questionei.
— Então, Jane Lewis, você sabe que o planeta está numa crise hídrica, nós poderíamos ajudar a salvá-lo se-
— Não. - O cortei segurado uma risada pelo discurso que Mark tentara fazer apenas para perguntar se podia tomar banho comigo. Ele grunhiu um por favor e eu suspirei. — Não, Mark!
— Tá bom... - Ele disse baixo e eu ri fraco entrando no banheiro e ligando o registro da água quente.
Depois de alguns minutos, eu terminava de sair do banho, a toalha enrolada em meu corpo, me aproximei do armário e tirei de lá uma calça legging preta e uma blusa azul clara, vesti um conjunto íntimo e cobri meu corpo com as duas peças. Ouvi batidas na porta e pedi que entrasse, era Bambam.
M A R K
Assim que terminei meu banho, enrolei minha cintura com a toalha e saí do banheiro deixando o vapor de dentro do cômodo invadir o quarto. Respirei fundo e vi que ainda chovia forte la fora, decidi então, por uma calca de moletom cinza e uma blusa preta. Enquanto vestia a blusa de tecido confortável ouvi a voz de Bambam soar atrás da parede que repartia meu quarto e o de Jane.
— O que aconteceu ontem à noite entre você e Mark, hein? - Ele perguntou baixo seguid pelo som da porta se fechando.
— Não sei do que você está falando. - Ela respondeu e eu me aproximei da parede para ouvir melhor a conversa dos dois.
— Eu vi voce saindo do quarto ontem à noite, Jane. - Bambam disse e eu mordi meu lábio inferior aflito.
— Sim, eu fui até o quarto dele, noite passada, mas não é do jeito que você provavelmente está pensando. - Ela riu fraco. — Nos conversamos, ele disse que havia se arrependido do que tinha feito com você, de tudo o que tinha acontecido...
— Ele veio falar comigo de manha, ele significa muito pra mim e nós somos amigos, nada vai mudar isso...
Eu abaixei meu olhar sorrindo instantaneamente.
— E quanto a relação de vocês? - Ele perguntou. — Mark vai terminar com Bettany?
— Não... e eu não posso falar sobre isso, sinto muito. - Ela disse e eu fechei os olhos suspirando pesado. — Mas, o pouco do amor que ele pode me dar, é tudo tudo eu o peço, é tudo o que eu preciso.
E aquela frase dita por Jane, fez meu coração apertar. Me fez ter certeza de que eu não estava sendo justo com ela, não estava sendo justo ao amá-la, ainda estando com Bettany. Entretanto, eu não posso terminar com Bettany, por mais que seja um desejo quase irresistível, de chegar e acabar com todo aquele relacionamento à base de obrigação. E por mais que aquelas palavras soassem tão sinceras saindo da boca de Jane, eu sabia que ela ainda sim sentia, sentia pelo fato de eu poder dar à ela apenas uma parte do meu coração quando tudo o que eu mais desejo, é entregá-lo à ela completamente.
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The Attraction Of Imperfection 》 Mark Tuan
FanfictionMark Tuan é o pivô da equipe de basquete da escola.. Entretanto, suas notas não passam de zero nas avaliações escolares. Jane é a aluna número um no ranking escolar, mas número zero em popularidade social. Por culpa do destino, a ficha médica de Mar...