Prazer, Alicia Carter

Sou Alicia Carter

Com 13 anos de idade, eu perdi minha querida mãe, e desde então eu sonho todas as noites em encontar ela novamente. Meu pai insiste em dizer que ela ainda está viva, e que vai ser encontrada, escuto isso a oito anos, as vezes eu acredito, mas como acreditar numa coisa que você não vê a anos? Sim, perdi minhas esperanças e até eu admitir isso demorou cinco anos, penso quantos anos vai demorar para meu pai admitir ..
Minha vida todo foi como um filme de ação, já vi de tudo.. Com 14 anos vi meu pai matar um homem na minha frente, com essa idade garotas normais tá fazendo o que? saindo com as amigas, lidando com a quedinha por aquele menino.. Sabia que não seria assim desde os 8 anos, quanto invés de uma boneca meu pai me deu uma arma de plástico. Não os julgo por me criaram desse jeito, mas destruiu minha infância, me impedindo de ser criança. Com 16 anos disse ao meu pai que queria ser o que ele é, pude ver o sorriso nos olhos dele, e o orgulho, duas semanas depois ele me deu um caso. Um adolescente de 19 anos que traficava cocaína, peguei ele em três dias, ele estava escondido na casa da sua avó. Pra um primeiro caso essa foi mole. Perdi a conta de quantos criminosos já coloquei atrás das grades...
CINCO MINUTOS DEPOIS. Ouço um carro parando em frente de casa, vou até a janela e vejo o meu pai pelo vidro, ah droga ele está machucado, olhos roxos e boca cortada, no que ele se meteu .....

—Pai?!—Eu digo, abrindo a porta para ele poder entrar.—O que aconteceu? por que está machucado?

—Fui agredido por sete homens, filhos da mãe - murmura ele

—O quê? Porque?

—Eu ouvi um deles comentando sobre uma Mary, filha é sua mãe, eles pegaram sua mãe—Diz ele com uma cara de desespero.

Fecho os olhos enquanto ele conta como foi agredido, suspiro para não dizer merda.

—Você tem problema? Quantas Mary tem no mundo pai? Milhares. Aceita que a mamãe está morta. Segue sua vida porra—Minha tentativa falhou, estou extremamente irritada.

Ele se levanta com a mão na coluna.

—Nunca vou deixar de procura-la, diferente de você eu me importo com sua mãe.

Quando vou retruca-lo ele me interrompe.

—Já para o quarto!—Ordena gritando.

Para o quarto? quantos anos ele acha que eu tenho? 10? me poupe. Só vou se não vamos ter uma discussão nada agradável.
Deito na cama, pensando como seria se minha mãe ainda estivesse viva. Caio num sono profundo.