Boa noite, mamãe.

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Estou  tentando me levantar, eu juro. Isso tudo é louco cara! Isso pira com a cabeça das pessoas. De uma maneira, inexplicável e dolorosa.
Viro meu olhar para trás e vejo Robert vindo em minha direção correndo.

—Deixa que eu cuido dele. Vá para o carro.—Diz ele ao se agachar do lado do corpo.

—Cuidar do que?. Ele tá morto, você não vê?—Respondo.

—Só vai pro carro.

Nate surge do nada, segurando minha mã... Mary.. ou Meredith, sei lá.
Ele segura um dos seus braços, apontando uma arma em sua cabeça.

—Vai pro carro, damos conta de tudo—Diz Nate, ao se aproximar de mim.

Então eu fico cara a cara com essa mulher, esse ser humano horrível, que fez surgir um sentimento dentro de mim em segundos, um sentimento que não havia aqui dentro. Isso se chama ódio, o mais puro ódio.

—Eu vou matar você—Grito apontando o dedo na cara dela.

—Eu acredito—Ela ri alto—De verdade.

O ódio só aumenta, passa por cada pedacinho do meu corpo, como se fosse uma corrente elétrica. Passa pela minha cabeça mil e uma formas de eu me vingar, e pode ter certeza, eu vou me vingar, vingar a morte do meu pai. 

—Nate, leva elas, eu cuido de tudo aqui.—Diz Robert.

Me agacho do lado do meu pai... Meu Deus, como dói, como isso é insuportável, e eu não sei lidar com essa dor que cresce, cresce e nunca diminuí.
Dou um leve beijo em sua testa... Eu amo muito você pai, já sinto sua falta...
Nate caminha em direção ao carro, junto com Mary, e eu sigo, olhando ela de costas, e tentando imaginar, como fosse se eu tirasse minha arma do bolso esquerdo, e, atirasse, bem nas costas. Só pra ela sentir a mesma coisa que meu pai sentiu. A DROGA DE UMA BALA DENTRO DELA.
Não mamãe, não vai ser tão fácil assim.
Chegamos ao carro, Nate coloca Mary no banco de trás e tranca as portas.
Nate entra no carro, no banco do motorista, enquanto eu fico no banco do passageiro.

—Vamos até a polícia—Diz Nate ao começar a dirigir.—Homicídio, e forjar a própria morte dá muitos anos de cadeia, pode acreditar.

—De jeito nenhum—Digo.

—Não tem vingança pra isso, vamos até a polícia.

—A porra do sangue que corre nas minhas veias, é o mesmo que o dela, sendo assim, eu decido o que fazer!.—Grito. 

—Ela quer passar um tempinho com a mamãe dela.—Diz Mary, se inclinado.

Quando as palavras saiem dá boca dela, a minha vontade é de, socar tanto a cara dela, até ela pedir perdão, aí quando ela pedir perdão, eu atiro.

—Cala essa boca, sua vadia—Digo olhando direito nos seus olhos.

—Esse é jeito de tratar a mamãe? Não me diz que ficou chateada quando viu o papai morto—Diz Mary, abrindo um sorriso.

Não consigo segurar minha raiva.
Respondo com um soco em seu nariz, o fazendo sangrar, e já passa pela minha cabeça aquela ideia.

—É isso o que ela quer linda, fica calma, eu tô contigo.—Diz Nate me afastando.

—Deveria ouvir seu namorado, afinal ele só qu..—Mary é interrompida por Nate, que bate com o cabo dá arma em sua cabeça, a fazendo desmaiar.

—Sabe aquele chalé, que eu comentei uma vez? Vamos até lá—Digo.

—Já sei o que você quer fazer, quer se vingar, mas tem muita gente poderosa atrás dela nesse momento.

—Nate, só vai até lá, o resto é resto.

—Se é assim eu tô contigo, claro. Mas temos que ter muito cuidado—Diz Nate, soltando um suspiro longo—Eu torno a gente fantasma, pode deixar, sei bem como fazer isso.

—Obrigada, eu amo você—Digo e coro na hora, quando eu vi, já tinha saído dá minha boca.
Nate apenas sorri.
***
Já se passaram 10 minutos, e chegamos no chalé antigo que meu pai usava pra guardar armas.
Mary acordou assim que paramos o carro. Nate a pega e leva pra dentro do chalé.
Entramos, está tudo empoeirado, mas a única coisa que eu tô me importando no momento, é com a vingança dá minha mãe.
Nate a leva pro porão, e eu levo uma cadeira. Ela senta sem dizer uma palavra, só sorri. Ridícula.
Amarro seus braços com corda, e seus pés, a deixando impossível de sair. Impressionante como o porão está limpo, acho que meu pai esteve aqui nos últimos... Dias dele...
Subo para cima junto com Nate, que me abraça, e eu acabo desmoronando em seus braços. Ele não diz nada, apenas chora junto comigo, passando as mãos em meus cabelos.

—Eu avisei o Robert que estamos aqui, já ele aparece—Diz ele.

—Vou descer lá pra falar com ela.

—Tem certeza? Quer que eu vá contigo?

—Não, eu vou sozinha.

Desço as escadas até chegar no porão.
Mary me olha de cima a baixo, eu tenho nojo dessa mulher!.

—"Porque​ você fez isso?", "O que eu fiz pra você?". Essas serão suas seguintes perguntas, e minha resposta será a mesma, eu não ligo, e nunca liguei pra vocês, e não me importo com suas próximas perguntas. Já pode subir.—Diz Mary.

Uma lágrima de ódio escorre em meu rosto. Eu me ajoelho em frente a ela, levanto a cabeça mostrando superioridade.

—Presta atenção no que eu vou te falar, guarde bem as próximas palavras que saírem dá minha boca, querida mamãe.
Você tirou a pessoa mais importante dá minha vida de mim, pra sempre. E abriu uma cicatriz enorme dentro do meu peito, que nunca será curada, mas pode ser tampada. O remédio, é apenas a água na boca, a satisfação, de te ver sofrer, porque isso é tudo que eu quero na vida.
Calma eu não vou te matar, eu vou abrir milhões de cicatrizes em você, você vai sofrer tanto, vai sentir tanto, que vai pedir misericórdia por tudo sua vadia. Quando isso acontecer, só quando isso acontecer, você vai presa e nunca mais irá me ver, ou ver qualquer coisa que não seja a sua cela, eu garanto.—Digo, ainda agachada, e com sangue nos olhos.

—Comovente, sério. Mas não tem como me machucar, desculpa te decepcionar, eu já fui torturada de todos os jeitos possíveis. Você não tem nada contra mim.—Ela ri—Garotinha patética.—Completa ela.

—Todo mundo tem um ponto fraco, e quando eu descobri, o seu destino será tão cruel, que vai fazer o diabo chorar.
Posso te garantir. Ah e caso não tenha um ponto fraco, eu faço você ter.
Tenha uma boa noite, mamãe.—Digo, e me levanto, posso ver a saliva descer seca em sua garganta. Me viro e subo as escadas.

Nate está abrindo uma garrafa de Whisky. Ele serve ele, e Robert.

—Eu preciso disso.—Me sento na mesinha.

—Como foi o papo?—Pergunta Nate

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—Como foi o papo?—Pergunta Nate.

—Foi ótimo. Ela realmente feriu o sentimentos dá pessoa errada.—Bebo um gole de Whisky.

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora