Bobby, Nate, e a pergunta.

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Estamos na sala de espera, dando apoio moral a Lily, observo que Nate e Robert ainda estão conversando de modo estranho, estão escondendo algo, e com certeza é notícia ruim.
Lily é chamada pelo médico, e isso já me deixa preocupada. Pela reação dela, parece ser uma boa notícia, já solto um ar de alívio.
Tiro os olhos dali, e vejo dois homens de moletom preto, cauça preta e coturno preto. Num calor desse?.. é cada um que me aparece.
Eles estão indo em direção ao andar da UTI, ignorando a recepção.
Nate e Robert andam rapidamente atrás desses sujeitos, Nate tenta disfarçar a perseguição, mas está visualmente notável, pra quem os observa, é claro, que no caso, é só eu.
Por qual motivo eles estão atrás deles?
Eles somem da minha vista, deixando a situação mais preocupante. Me levanto e sigo o caminho que percorreram.
***
Não vejo eles no local, até que ouço um barulho de porta se abrindo, me viro e é Nate e Robert, cada um atrás de um dos sujeitos, quando Robert se vira, consigo ver, ele está com a arma na mão. Todos saem pela porta de fundos do hospital, vejo ao redor, observando se tem alguém no recinto e caminho até a porta.

—Quem são? —Pergunto a Nate.

—Tô tentando descobrir.— Responde Nate apontando a arma para um dos sujeitos.

—Só viemos terminar o serviço. —Diz um deles.

—Nate esse rosto é familiar para nós, não?—Pergunta Robert.

—Parece o cara que atirou no Bobby.

—Não pode ser, todos foram presos. —Digo.

—Parece que não, você já foi mais esperta, Alicia. —Diz o outro sujeito.

—Como sabe meu nom... Eu não acredito nisso, Enzo? — Digo, ao perceber que o outro sujeito é meu ex.. isso, meu ex namorado.

Enzo foi meu namorado por 2 anos, eu tinha 17 anos na época, não estou acreditando que ele fazia/faz parte da Máfia.

—Quem é Enzo?—Nate pergunta.

—O ex namorado dela, e o melhor. —Diz Enzo.

—Eu não acredito nisso, até nos meus namoros minha mãe se meteu.— Digo, não acreditando.

—O sentimento foi real. —Diz ele, com uma cara de deboche.

—Não gostei desse cara. —Nate diz perto de meu ouvido.

—Vocês dois vão comigo pra delegacia, e chega de papo. —Diz Robert pegando uma algema do bolso—Nate, vai dar uma olhada no Bobby irmão. E Alicia vai com ele.

Primeiro, desde quando ele manda aqui?. Segundo, eu não consigo entender essa "irmandade" deles, sério, até ontem eles se odiavam, e Robert era apaixonadinho em mim.
***

Eu não consigo parar de pensar, em como seria a minha vida se eu fosse de outra família, não que eu não goste dessa, do meu pai, da Lily, Bobby e até o Robert, mas eu penso que mesmo amando todos, eu poderia ser mais feliz.
Mas aí eu repenso, graças a essa vida, eu conheci Nate, uma coisa boa que saiu dessa mentira toda que eu vivi, ele é meu ponto de paz, bem clichê, mas ele é, toda vez que eu penso que queria estar junto ao meu pai, eu lembro "eu tenho o Nate, e uma vida extraordinária para vivermos juntos, e meu pai ficaria feliz com isso"
E eu não vou negar, que tô muito ansiosa pra viver a tal vida extraordinária com ele.

—Já cuidamos de tudo, não precisa se preocupar com nada, eu cuido de você. —Diz Nate, ao chegar me abraçando pelas costas.

—Você cuida de mim? —Digo, agarrando seus braços.

—Não venha dizer que você é dona do seu próprio nariz não, por que eu vou cuidar de você sim, e nem tenta argumentar sobre isso. — Ele diz e em seguida me dá um beijo rápido na bochecha.

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora