Grande plano: Parte 2

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—Terei que repetir?. —Digo, seria.

Eles abaixam as armas, pois a deles comparada a minha não é muita coisa.

—Vocês devem chutar pra cá, não acham?.—Digo, olhando para o chão, onde eles devem chutar as armas.

Eles fungam e chutam as armas para perto de mim.

—Amélia, me dê uma ajudinha aqui. Pega as armas pra mim.

Amélia sai de trás do armário, pega as armas que estão no chão, e da de ombros pra mim, sem saber o que fazer. Juli ainda está atrás do armário.

—Coloque no lado de trás da minha calça.— Digo, a aconselhando.

Ela se agacha, e coloca as duas armas. Vejo um movimento de uns dos meninos, e aponto a arma imediatamente.

—Amélia, pega a algema, e prende eles. Você consegue?—Pergunto a Amélia. Consciente que poderia estar pedindo de mais. 

—Eu consigo sim. —Diz ela, caminhando devagar para pegar a algema.

Ela se agacha e pega a algema, e vai até os dois capachos, olha pra mim, e volta os olhares para os rapazes, percebo um movimento de um deles.
—Ei, se tentar alguma gracinha, eu atiro. Minha mira é ótima. —Digo, levantando até eles.

Amélia fecha a algema nas mãos de ambos, deixando-os presos juntos.
Verifico se ela fez certo, e vejo que sim.

—Fica aqui com Juli, continua escondida com ela, eu volto jaja pra buscar vocês.

Subo as escadas, com os dois na frente e eu atrás com a arma. Chego a sala e ouço som de tiro vindo de fora, ando rapidamente. Os policiais estão colocando os membros da Mfire dentro das viaturas. Meu Deus, deu certo...funcionou.. Lanço um breve sorriso, me alegrando com a situação.
Procuro Nate e Bobby com os olhos, mas não encontro.

—Cadê o Nate?—Olho desesperada pra Robert.—E Bobby?

—Achou que teria um "final feliz"? Sinto em lhe informar que estamos na vida real.—Diz Mary de longe, sendo carregada pra viatura.

—O que aconteceu?—Digo, imaginando o pior.

—Eu vou pegar a Amélia.— Diz Lily com os olhos cheios d'água.

—Robert?

—Ali, o Bobby levou dois tiros, um nas costas e o outro no ombro.—Robert diz, dando uma pausa. —E Nate, evitou que Bobby levasse um tiro na cabeça, a bala pegou no braço esquerdo dele.

Confesso que senti um alívio ao saber que Nate não corre perigo, mas logo passa quando meus pensamentos voltam a Bobby.

—É grave? Com o Bobby?

—Talvez Ali. Talvez— Diz Robert, olhando pra baixo.

—Que droga.—Resmungo.

—Uma viatura levou eles para o hospital mais próximo.

—Hospital memorial Hant Karev?

Robert diz que sim com a cabeça.
Olho para Mary, e percebo, que aquela será a última vez que a vejo.
Ela está com a cara amarrada

E então, ela me olha, e sorri com os lábios

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E então, ela me olha, e sorri com os lábios. Ela sorri? Ela sorriu pra mim! Aquilo acabou comigo, sinto meus olhos embaçados por causa das lágrimas que surgiram rapidamente. 

—Adeus mãe. —Digo, baixinho, devagar, junto com uma piscada de olhos que fizeram as lágrimas rolarem.

—Eu tenho que entregar os artigos que o Nate roubou, como prova.—Diz Robert.

—Eu pego. —Corro pra dentro da casa.

Procuro os arquivos no balcão, apoio as mãos neles, e simplesmente, vem um vento me derrubando como se eu fosse um castelo de areia. As lágrimas caiem, e eu fico ali, parada. Quando percebo que Lily, Amélia e Juli estão na sala.

—Tudo bem?—Pergunta Juli. É a primeira vez que ouço a voz dela, o sentimento de tia já cresce dentro de mim.

—Tudo sim. Só estou feliz que tudo deu certo. —Digo, tentando abrir um sorriso.

Saio pela porta para ir até os policiais entregar os arquivos. Entrego ao senhor Robson Júnior como diz o seu distintivo colado ao uniforme.

—Senhor. Os documentos.

Ele me olha com o olhar curioso, e faz um sinal com a cabeça. Eu retribuo o sinal e saio de lá, andando com o coração apertado, pensando no Bobby.

—Vamos para o Hospital então?— Digo, perguntando a todos na sala.

—É, eu dirijo. —Diz Robert, andando em direção a porta.
***
Chegamos ao estacionamento do hospital, Lilian desce do carro correndo e segue em direção a recepção.
Nós ficaremos na sala de espera, só é permitido a família, que na política do hospital, família é constituída por laços sanguíneos... Como Mary pensa..
Logo vem Nate em nossa direção, com um curativo no braço, abro um sorriso de olheira a olheira, me levanto e corro para abraça-ló. Ah, esse lugar é tão reconfortante, eu diria que pra mim, os braços de Nate se tornou o melhor lugar do mundo. Ele envolve os braços em minhas costas, e apoia a cabeça no meu ombro, me aperta forte que faz meus pés se levantarem, sinto meu corpo ficando cada vez mais grudado ao dele.
E então eu sinto, o movimento de suas bochechas e de seu queixo, percebo que Nate está sorrindo.

—Como está o braço?—Digo.

—Ah não foi nada, pegou de raspão.

—Eu tive medo.—Digo baixinho.

—Você está bem?— Diz Nate, apoiando sua testa na minha.

—Estou bem. Agora eu estou.

—Deu tudo certo, eu disse que cuidaria de você, não disse?

Antes que eu possa responder, ele leva as mãos ao meu rosto, puxa pra perto, procura meus lábios com os olhos, e me beija. Sinto o movimento de sua língua, um movimento lento, e então ele desce com as mãos até a minha costas novamente, e torna a apertar, eu envolvo meus braços em seu pescoço, e acaricio seu cabelo, ainda, com nossas línguas envolvidas. Eu me afastalo, lhe dou um selinho e volto a abraça-ló.

—Como está Bobby?—Nate pergunta, me soltando.

—Não deram notícias dele ainda, Lily está com ele, presumo.—Digo, cruzando os braços, aflita.

—Ele vai ficar bem. —Diz Nate, lançando um sorriso gentil. Ele caminha até Robert, faz um toque com a mão. Quando foi que ficaram tão próximos? Eu hein...

Nate está estranho, está falando muito próximo a Robert, com os braços cruzados, e Robert se encontra com expressão estranha também, apertando as sobrancelhas junto com os olhos. Eles estão tensos, e irei descobrir o motivo.
Vejo Lily vindo em nossa direção, com os olhos vermelhos.

—Como ele está?— Pergunto a ela assim quando ficamos próximas.

—Em estado crítico. É tudo que falaram. —Ela diz, aparentemente, preocupada.

Isso não pode acontecer! Não posso perde-ló também.
Nate me olha, e volta com os olhos a Robert, consigo ouvir Robert dizendo algo semelhante com "Não vamos dizer nada agora".
O que está acontecendo agora?



Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora