Encrencada

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Estamos indo no caminho daquela borracharia, do Rick, não sei porque, mas prefiro não perguntar já que o clima entre nós dois está pesado demais, pelo menos da minha parte.
Eu nem conheço esse cara, e a única coisa que sei ao seu respeito, é que roubou documentos valiosos, com uma super proteção...
Meus pensamentos são interrompidos  quando chegamos a borracharia, ele desce e eu espero no carro.
Estou encrencada, uma hora ou outra Robert irá voltar para o Hotel, e meu pai me ligará...
Falando em pai, recebo uma mensagem dele.
"Filha, estou ocupado demais, ainda não encontrei nada de sua mãe, nem uma prova concreta. Mas vou continuar procurando, sinto que tem algo aqui. Se estiver com problemas me liga, beijos!!"
Bom, pelo menos, do meu pai eu estou livre, só resta eu inventar uma desculpa para o Robert.
Olho do espelho do carro, Nate está trocando a placa do carro... Esperto.

—Agora é só estrada - Diz ele ao entrar no carro

—E onde vamos?

—Nova Lima, tenho um amigo lá, que pra nossa sorte tem um hotel, e ele me deve um favor.

—Por que eu tenho a impressão que todo mundo te deve um favor?

Ele só ri com a minha pergunta.
Deito no banco do carro e durmo.

—Chegamos —Diz Nate, me acordando.

Guardamos o carro na garagem do hotel, e vamos a recepção, onde a moça está no telefone, a esperamos.

—Onde está os documentos? — Digo, perguntando a Nate.

—Na minha mala, obvio.

—Deve ficar de olho, nessa mala.

—Relaxa — Diz ele, dando uma piscadinha com um olho.

Dou de ombros.

—Senhores? Suas bagagens, quer que eu levo no quarto de vocês? —Diz um senhor.

—Não, pode deixar aqui, eu levo. Muito obrigado— Responde Nate.

Não paro de pensar no Robert, quando ele chegar no hotel e não me encontrar, vai ligar para o meu pai, e ele vai voltar a Confins, onde eu não estarei. Preciso bolar alguma mentira que faça Robert acreditar, uma boa mentira.
A moça desliga o telefone e se vira para nós.

—Pois não? — Diz ela.

—Dois quartos por favor — Digo para a secretária.

—Um — Diz Nate me corrigindo.

—Não, dois.

—Um por favor

—Com duas camas separadas — Digo, levantando um sobrancelha.

Ela pega uma chave e nos entrega.

—Quarto 38, segundo andar. —Diz ela com cara de confusa.

Pego a chave, e subo as escadas, ouço Nate sussurrar "Ela está de tpm".

—Cala a boca —Digo, em voz alta.

Chegamos no quarto, abro a porta e entramos.
Nate joga sua mala no chão na frente da cama, mas já longe da porta e em seguida cai de costas no colchão.

—Vou tomar um banho — Digo, indo em direção ao banheiro.

—E eu vou por o notebook pra carregar, vou precisar dele. —Diz ele, um pouco a frente de mim, tendo só a mala no nosso meio.

Passo as mãos no rosto por um estante, me deixando sem visão, indo ao banheiro, quando de repente atropeço na mala de Nate, sem ser minha intenção, caio em cima dele...
Seus braços estão do lado do meu ombro, onde o que segura seu corpo são suas mãos, apoiadas no chão.

Nossos rostos estão quase se encostando, estamos tão perto que posso ouvir sua respiração, e sentir o ar que sai de seu nariz, com os pensamentos aflorados, olho imediatamente para sua boca, onde se encontra ofegante

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Nossos rostos estão quase se encostando, estamos tão perto que posso ouvir sua respiração, e sentir o ar que sai de seu nariz, com os pensamentos aflorados, olho imediatamente para sua boca, onde se encontra ofegante.

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora