Lar doce lar

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É, chegamos, estou de volta a minha cidade. E confesso que desde que chegamos aqui não paro de pensar em duas coisas.. Meu pai, e Robert.
É fato que meu pai vai me matar por acreditar em Nate, e irá me queimar viva ao descobrir que Robert sumiu. Em relação a ele, não esqueci, irei encontra-ló, eu que comecei com tudo isso, e vou terminar, não sei como, mas vou.
Tudo o que eu sempre quis é deixar minha mãe orgulhosa de mim, seja lá onde ela estiver.. Mãe me desculpa, se não consegui ser o suficiente pra você, pra você ter uma pessoa que te deixe orgulhosa, ultimamente  não tenho conseguido ser o suficiente nem para mim mesma, se eu te contar o quanto é difícil, não irá acreditar..
Pior do que eu e meu fracasso total, é os possíveis sentimentos que estou criando pelo Nate.
Meu celular toca, me livrando dos meus pensamentos que não consigo controlar. Vejo e é meu pai.

—Me desculpa, é que.. —Digo, mas ele não me deixa terminar a fala.

—Alicia, onde você está? —Diz ele com uma voz muito alterada, sem deixar eu responder, ele prossegue— Eu só quero saber onde você está, e porque o Robert apareceu amarrado numa cadeira na sala de cada?.

Como?Eu acho que não ouvi direito, o Robert está em casa? Amarrado? Se ele está lá, então a MFire sabe do meu pai.. O que foi que eu fiz..

—Pai, é muita coisa.. É, eu estou chegando em casa, te explico tudo aí —Desligo.

Me viro para Nate, que está a melhor muito curioso, eu acho.

—Robert apareceu—Digo, reparando seu espanto.

—Apareceu, onde? Quem o encontrou? —Ele franze o cenho.

—Meu pai, ele apareceu amarrado numa cadeira na sala de casa.

—Não entendo, o que seu pai tem haver com isso? Porque a Mfire iria atrás dele?

—Vamos, continue dirigindo, vamos pra minha casa. Vou te guiar, já que não sabe o caminho.

—Eu sei, como acha que descobri seu número de telefone —Ele solta um sorriso irônico—Mas acho que meu futuro sogro  não ira gostar muito da minha visita.

Sogro? Coro na hora! Acho que não compreendi corretamente, sem palavras, eu ignoro só olhando para ele e revirando os olhos.
Não demora muito tempo e já estamos em frente de casa.

Paramos e já avisto meu pai abrindo a porta de casa aparentemente aflito

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Paramos e já avisto meu pai abrindo a porta de casa aparentemente aflito. Abro a porta do carro e já logo recebo um abraço, que confesso, fiquei surpresa, esperava era um pá, para cavar minha própria cova.
Mas meu pai apenas me abraça, e essa sensação é inexplicável. Ele se afasta e vê Nate, agora aquela cova vai ser feita.

—Ele estava te mantendo como refém? —Diz meu pai, apenas, tirando uma arma do seu bolso traseiro e apontando a Nate.

—Não, pai, abaixa a arma—Digo, achando a situação um pouco engraçada, contendo o riso.

—Não estou entendendo nada. O que esse sujeito faz com você no carro?

—Relaxa futuro sogro, irei te explicar absolutamente tudo—Diz Nate se aproximando de nós.

Coro novamente, e arregalo os olhos, morrendo de vergonha por dentro e medo do que meu pai irá pensar, ou de como ele irá agir com esse comentário.

—Futuro sogro?—Diz meu pai, colocando a arma no bolso e levando as mãos na cintura.

—Pai, não liga, ele gosta de fazer brincadeiras de péssimo gosto. Não tem nada entre nós—Digo.

—Não?—Pergunta Nate, com um sorriso irônico em seu rosto.

—Não. Facilita. —Digo dando uma encarada nele.

Meu pai está com uma cara péssima. Nem notei Robert quando chegamos, ele está logo atrás do meu pai, com a expressão de confuso em seu rosto.

—Pai, se você confia em mim, ouve o que Nate tem a dizer, depois tire suas conclusões—Digo.

Meu pai apenas me olha, engole seco e suspira.

—Tá na cara que ele fez a cabeça dela—Diz Robert, se aproximando.

—Ah, você tá aí? Nem reparei—Diz Nate chegando do meu lado—Como vou fazer a cabeça de uma estudante de psicologia, ela não teria notado?.

Robert e Nate se encaram por alguns segundos, Nate o olha dos pés a cabeça, e até essa expressão em seu rosto, o deixa ainda mais lindo.

Robert e Nate se encaram por alguns segundos, Nate o olha dos pés a cabeça, e até essa expressão em seu rosto, o deixa ainda mais lindo

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Meu Deus. Foco!
Meu pai me olha, sem tirar os olhos de mim, e então ele dá um sinal com a cabeça, faço o mesmo. Esse ação que é realizada por nós dois, é tipo um código, ele acende com a cabeça e eu retribuo pra mostrar que esta tudo bem, algo assim.

—Quero ouvir o que Nathaniel tem a dizer—Diz meu pai, tirando as mãos da cintura e entrando em casa.

Robert o segue, Nate e eu nos olhamos, e ele põe uma mão nas minhas costas, que é retirada em seguida. Entramos em casa. Finalmente em casa.
Meu pai senta na cadeira alta do lado do balcão, que fica entre a sala e a cozinha, estica o braço e pega uma garrafa de Whisky, e um copo. Enche o copo, e toma um gole. Pega mais dois copos e enche até a metade, empurra um pro quanto do balcon, que é pegado por Nate, e o outro ele da pra Robert que está ao seu lado em pé.
Eu apenas observo aquela situação estranha, muito estranha.

—Você tem toda minha atenção —Diz meu pai olhando pra Nate.

—Não vou participar do papo, eu vou tomar um banho. Quando eu voltar, quero encontrar todos do jeito que estão, vivos. —Aponto para os três —Combinado pai?

—Não vou fazer nada, se ele não fizer—Diz meu pai.

—Vá tomar seu banho, vou contar a história por completo.—Diz Nate ao se sentar na outra cadeira alta.

Olho pra ele, e ele dá uma leve piscada com o olho direito pra mim. Ando em direção ao meu quarto, pego minhas roupas e vou até o banheiro. Ligo o chuveiro e sinto a água em meu corpo todo. Meus pensamentos estão aflorados, não sei dizer se estou feliz por estar em casa, feliz por estar em casa com Nate ou feliz por ter conhecido Nate. É difícil dizer o que sinto por ele, não é ódio, não é raiva, não é satisfação em ter o encontrado, é atração, como eu disse, é difícil dizer.
Estou a quinze minutos no banho, me esqueci dos três rapazes lá na sala, então desligou o chuveiro, me seco e enrolo a toalha no meu cabelo. Visto-me rapidamente, tiro a toalha do cabelo e esfrego várias vezes no cabelo, até ele ficar um pouco seco, penteio e vou ao encontro da conversa deles. 

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora