Estamos encostados na beira da estrada, Nate está decidindo para onde vamos.
Ele parece estar preocupado, não para de andar de um lado para o outro, sempre me olhando e passando a mão na cabeça, certeza que ele está com a ideia de me deixar em um lugar seguro, me poupando dos perigos, isso definitivamente não irá acontecer.-Vamos até aquele motel, dormimos por uma noite.-Digo, saindo do carro, e apontando para o motel que está a pouco metros a nossa frente.
-Motel? a gente enroscado e você pensando em se divertir comigo? Olha gata, essa não é uma boa hora -Diz ele, com um tom irônico, nós no fundo do poço, e ele fazendo piadinhas.
-A situação não é das melhores para fazer graça.-Entro no carro.
-Então ta, vamos - Diz ele entrando no carro, virando para mim- Mas se quiser colocar em prática o que eu disse.
-Dá pra irmos logo.
Ele liga o carro e em poucos segundos já estamos na frente do motel, que se chama "Cor de mel"
Já estou vendo tudo, motel barato, na beira da estrada, deve ser um luxo.. No que eu fui me meter..Nate me da o carro, ele sai para pegar nosso quarto, eu vou até o mini estacionamento e estaciono o carro. Removo a placa do carro, e coloco outra que Nate pegou na borracharia de Rick, tem muitas no porta-malas, trocando sempre será difícil eles nos localizar.
Pego nossas malas, que são pesadas juntas e vou até Nate, onde ele está com a chave do quarto. Ele me olha com riso no rosto ao me ver carregando as malas.-Pega uma folgado - Digo jogando uma das malas nele.
-E eu pensando que era durona.
Só reviro os olhos sem dar atenção para o que ele diz.
Vamos até o quarto onde só tem uma cama de madeira em formato de coração cheia de travesseiros, móveis de madeira e com as paredes pintadas de marrom, praticamente o quarto todo tem madeira, mas madeira boa. Até que não é ruim, só a cama de coração onde obviamente terei que dormir com Nate.-Bem original-Diz Nate, rindo.
Não posso conter o riso, dou uma gargalhada junto com ele.
Colocamos nossas malas embaixo da cama.
Nate se senta com cara de preocupado, lendo a folha que tirou do bolso daquele capanga.
Ele se levanta e dá um soco na parede, do um pulo de susto.-O que está escrito aí?-Digo, olhando para ele.
-Leia-Diz ele me entregando o papel.Essa não!Seguindo esse papel, essa comunidade ou máfia, já nem sei como chamar, está indo para nossa cidade São Francisco do Conde, e pior, agora eu virei alvo! O bom é que ainda não acharam minha identidade.
-Consegue descifrar esses códigos?-Digo, olhando para Nate, que está muito nervoso.
-É, eu posso.. Me de a folha. -Diz ele me olhando como se eu fosse um cãozinho abandonado.
-Nem pense nisso, eu não saio daqui.-Isso não é problema seu.
-Olha pra minha cara e diz se estou preocupada com isso -Digo cruzando os braços.
-Se está preocupada com o Robert, relaxa, vou acha-lo.
-Não, quer dizer, eu tô preocupada com ele, mas minha preocupação agora é com você! -A hora que eu vi, já tinha saído espontaneamente da minha boca.
Ele não diz nada, só me encara.
-Você pode me bater, mas eu tenho que fazer isso -Diz ele se aproximando de mim.
E então, num ato não esperado ele quase me beija, mas é interrompido com alguém batendo na porta, sem jeito eu vou para o banheiro, fico lá por uns minutos.
Volto como se nada tivesse acontecido.-Era serviço de quarto-Diz ele olhando para o papel.
-Ah sim, descobriu algo? -Engulho seco.
-Sim, é um código com inicias de palavras. Código PP, próximas paradas, é como se ele fosse para alguma cidade que no caso é São Francisco do Conde. Código ANV é achar Nathaniel Vandewol, no caso me achar. - Diz ele.
-Nossa mas isso é muito fácil de descobrir.
-Exatamente por isso, como é muito fácil, ninguém pensaria-Diz ele balançando a cabeça positivamente.
Só dou de ombros e pego meu celular em cima da cama, com intenção de ligar pro meu pai, mas não consigo completar a ligação porque o celular dele está desligado, estou começando a me preocupar, com a máfia indo para nossa cidade, ele pode estar em perigo...Ahh não pensa nisso, não seria possível..
Tudo que eu queria saber é quem está por trás disso, quem comanda a porcaria dessa máfia, é tudo que nós precisamos saber para derruba-los.
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Prazer, Alicia Carter
RandomAlicia é uma mulher de 21 anos que tem uma vida bem agitada. Seu pai é caçador de recompensas, sua mãe desapareceu quando ela tinha apenas 13 anos. Com 16 anos decidiu seguir os passos do pai, quando em uma dessa desventuras ela encara um caso nada...