"Colírio para os olhos"

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A luz do sol reflete em meu rosto, me fazendo acordar, abro os olhos, e vejo que já está de manhã, tenho que prosseguir e ir atrás de Nate.
Vejo meu celular, que está cheio de mensagens, de Robert e do meu pai. Desculpa rapazes, mas não vou responder.
Abro a porta do carro, e vou em direção ao porta-malas, pego armas e facas, coloco duas facas na parte interna do meu coturno, uma arma dentro da calça na parte de trás do meu tronco, e uma eu levo na mão.
Vou ao encontro da fazenda novamente, observo e não vejo ninguém, vou fazer o mesmo esquema de ontem.
Estou novamente em frente aquela janela, entro sem fazer nenhum movimento brusco. Entro no cômodo, vejo pela porta, e vejo que já não tem o segurança de ontem.
Entro no outro cômodo, onde não há ninguém, o que eu acho muito estranho. Isso não é nada bom!
Vejo ao redor e encontro uma câmera, no quanto do cômodo, aceno pra ela, lançando um sorriso sarcástico.
Ando pra frente, a caminho de outro cômodo, mas percebo o ruído que faz no chão após eu andar, olha pra baixo, e encontro uma portinha, que por acaso era exatamente onde o segurança estava sentado numa cadeira.
Penso que aqui, é o paradeiro de Nate, antes que eu pudesse entrar, vejo um carro entrando na fazenda. Droga!
Sem hesitar abro aquela portinha sem esperar o que vou encontrar.
Caraca, aqui é grande, consigo ficar perfeitamente em pé. Sério? Um subsolo? Ok, agora eu tô com um pouco de medo dessa máfia.
Impressionante, ninguém iria achar esse lugar.
Logo a minha frente vejo um capacho em pé, vigiando uma determinada área, ando em delicados passos, atrás dele. Meus braços envolve em seu pescoço, fazendo um "mata leão", ele tenta tirar meu braços, mas em nenhum momento deixo de apertar cada vez mais forte teu pescoço. E depois de 40 segundos, ele desmaia.
Continuo a andar, quando ouço um barulho a esquerda, vou em direção a ele.

—Abaixa a arma, se não quiser passar dessa para melhor. —Diz uma voz rouca, e grossa pra mim, apontando um arma na minha cabeça por trás.

O obedeço, ele pega o meu braço e caminha, me levando pra algum lugar. Sem ao menos que eu possa ver o lugar, ele me joga no chão, me deixando de joelhos, levanto a cabeça, e vejo Nate, sentado numa cadeira, amarrado com os olhos cheios de lágrimas.

—Alicia?—Diz Nate sussurrando, com lágrimas nos rosto.

—Graças a Deus, meu amor— Digo com um sorriso de mostrar os dentes, com uma quantidade imensa de lágrimas no meu rosto.

—Dá adeus a sua namoradinha—Diz o cara que me trouxe aqui.

Posso ouvir o barulho da arma se preparando para soltar o tiro, olho atentamente para os olhos de Nate, que está desesperado, tentando se soltar.
Ele grita "não" respectivamente, mas não consigo ouvir, tudo está em silêncio, só consigo ouvir os movimentos do cara que está atrás de mim.
A arma dispara, o barulho do tiro é insuportável. O tempo congela, olho pra Nate que grita, se debatendo na cadeira.
Sinto uma mão tocando no meu ombro.

—Você tá bem?—Diz alguém

Não consigo raciocinar nada nesse momento.

—Hey você tá bem?—Diz Robert me trazendo de volta, me sacudindo.

Olho pra frente e meu pai está soltando Nate.

—Deus. Como... Co—As palavras travam.

—Coloquei um GPS no seu carro—Diz Robert que está revirando o bolso do cara morto atrás de mim.

Eu não estou morta, meu pai chegou a tempo, eu encontrei Nate. A felicidade e o medo que estou sentindo aqui é desigual. Não foi medo de morrer, foi medo de morrer, e saber, que eu nunca mais iria ver Nate, que eu nunca mais iria abraçar Nate. Agora essa felicidade, é de saber, que pro resto da minha vida, eu vou abraçar, olhar e beijar, Nate.
Ele se solta, eu me levanto, e o abraço.

Ouço seu choro, e sinto que ele sentiu exatamente a mesma coisa que eu senti

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Ouço seu choro, e sinto que ele sentiu exatamente a mesma coisa que eu senti.
E agora, com toda certeza do mundo, eu posso dizer, que o melhor lugar do mundo, é dentro de um abraço. E dizer que a teoria de que duas pessoas não ocupam o mesmo espaço é a mentira mais absurda. Quem a fez, não nos viu se abraçando.

—Eu sei que vocês estão tendo o momento "água com açúcar" mas temos que ir—Diz Robert, nos fazendo rir.

Nate segura na minha mãe, e segui meu pai, que está a procura de uma saída.
Saímos de lá, com muita facilidade, no meio do caminho, encontramos dois corpos, creio que estejam mortos, e quem os matou foi Robert e meu pai, óbvio. Saímos da fazenda.

—Ali, pega o seu carro, e vai com Nate—Diz meu pai—Pra casa—Completa ele.

—Tá—Digo—Tá pai, eu vou pra casa—Completo rindo.

O carro que eu vi chegando era do meu Pai, ele entra no carro e sai com Robert.
Corro até o meu abro a porta, entro, e vejo que Nate não entrou no carro.

—Hey! Entra—Digo.

—Não linda, eu dirijo—Ele me diz rindo, e estendendo a mão.

—Ah fala sério—Digo, me levantando do banco do motorista, e dando a chave pra ele.

Entro no carro, Nate da partida, olha pra mim e ri. Reviro os olhos.
Saímos da estrada de terra, e estamos em direção a minha casa.

—Não acha que conseguimos sair muito fácil de lá?—Pergunta Nate.

—Acho. E isso está me emcomodando—Respondo.

Ambos suspiramos, e Nate segura o volante com uma mão, enquanto a outra segura a minha mão. Chegamos em casa, Nate estaciona, e descemos.
Ele me olha, chega perto de mim, dá um beijo na minha testa, e me abraça novamente.

—Você não sabe o quanto é um colírio para meus olhos. —Diz Nate, me olhando, como se não me visse a anos, na verdade essa é realmente a sensação.

—Você não deveria ter feito isso. Sabe o quanto eu enlouqueci?—Digo, alterando a voz.

Ele apenas balança a cabeça positivamente, com os olhos avermelhados, ele pega na minha mão, e entramos em casa. E meu pai pega a mala que eu creio que ele levou pra fazenda e sai, como se fosse o flash pela porta.

—O que aconteceu pra ele sair dessa maneira?—Pergunto a Robert.

—Sua mãe.

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora