Se me perguntarem o que estou sentindo nesse momento não saberia responder. Eu realmente não sei dizer. É adrenalina de conseguir pegar um criminoso tão bom sozinha, é ser corajosa o suficiente pra vir aqui sabendo dos riscos. É... Poder pega-lo
Continuo sentada, esperando alguma fala sair da sua boca, ele está apenas de bermuda, posso ver pingos de água em seu corpo, cabelos molhados, e isso o torna ainda mais atraente, foco!—Creio que esteja longe de casa — Diz ele, com a mesma voz, rouca e linda, uma voz que fez um raio de eletricidade percorrer por todo o meu corpo.
—Diria o mesmo de você— Digo, firme! Tentando demostrar que ele não me intimida.
—Vai ter que deixar sua "caçada de recompensa" pra outra hora.
Como? Ele está mesmo pensando que vou sair daqui sem ele? É louco.
—Caso não tenha notado, não vim fazer um visita. Vim terminar o trabalho.
—Me colocar atrás das grades?. —Diz ele, com uma risada no final.
—É.
Ele sai rindo em direção ao quarto, onde pega uma calça. Ele tira a bermuda na minha frente, ele está de costas, e eu abaixo a cabeça com os braços cruzados.
—Gosta da visão?
—O que? Ah cala boca. Não se o que você acha que eu sou, mas eu vim aqui atrás de um propósito, e não saio até ter conseguido o que quero.
Não parece que somos desconhecidos, e sim primos, ou parte da família, já que ele está me tratando normalmente.
Puxo a arma, e aponto para ele.—Tá achando que estou brincando?
—De jeito nenhum — Diz ele me olhando.
Ele coloca uma blusa e por cima uma jaqueta, pega na mão uma mala grande.
Me aproximo mais, não estou com medo algum.—Sabe quantas vezes já usei essa arma? Mãos pra trás. Agora —Grito.
Antes que ele possa responder, ouço tiros, dos fundos da casa.
"Droga" ouço ele dizer ao correr a procura de algo. Não estou entendendo merda nenhuma.
Ele me olha após pegar uma chave, estou sem reação.—Vem! — Ele diz pegando a minha mão
—Como?
—Onde está seu carro?
—Está achando que vou te deixar fugir com o meu carro? —Digo, encarando ele.
—Cala a boca, onde está?
Ele me mandou calar a boca?
Aponto o carro, após ele abrir a porta.—A chave? — Diz ele.
Somente a entrego, estou o obedecendo?
Ele corre para o carro me puxando, me manda ir para o outro banco, entra e começa a dirigir.—Ei, ei, que isso? Encosta agora — Digo.
Ele apenas continua a dirigir, ignorando meu pedido eu coloco minhas mãos no volante, fazendo o parar, ou tentando.
—Para, vai nos fazer bater.
—Cara você é louco?
Estou admirada com sua normalidade.
—Exijo uma explicação imediatamente — Ordeno.
Ele me olha, e suspira.
—Vou voltar ao hotel e te deixar lá, e não me segue.
—Ah claro, até parece que..
—Que droga, estou tentando te proteger de uma enrascada —Ele grita me interrompendo.
—Ta falando do que?
Chegamos a porta do meu hotel, ele abre a porta pra eu sair, eu a fecho. Ele me olha me encarando atenciosamente, e por um momento estamos com os rostos quase colados, seus olhos se abaixam olhando para a minha boca.
—Nós dois vamos descer, e você vai me contar o que foi tudo isso, ou, eu chamo a polícia. —Digo tirando a chave do comando.
Ele me obedeço, uau. Ele me segue até meu quarto sem abrir a boca.
Eu o deixei entrar, não acho que ele faria alguma coisa contra mim, sei lá, só sinto isso.—To esperando — Digo, a espera de uma explicação.
Ele se senta na beira da cama e respira fundo.
-Os documentos que eu clonei na casa de Brasília, é tudo provas de que o governo não está sendo totalmente honesto com a sociedade. Lá, tem dois mafiosos infiltrados, que rouba o povo, usando o dinheiro para seu próprio consumo. Após eu roubar esses documentos essa Máfia está atrás de mim. É uma comunidade com 40 ou menos intrigantes, desde então estou tentando expor eles, ou atingir o coração da Máfia. A chefe. - Diz ele, parecendo ser sincero.
—É muita informação — Digo ao sentar ao seu lado.
—É só a metade. E agora que sabe que está comigo, viram atrás de você.
Agora comecei a me preocupar Deus.
—Vai até uma delegacia, e volta para sua cidade —Ele diz, olhando nos meus olhos.
—Não.
—Não?
—Não. Eu vim aqui atrás de um criminoso, só volto com ele, nem que tivermos que expor essa Máfia.
—Não vou deixar fazer isso —Diz ele se levantando.
—Você não manda em mim —Digo, também me levanto.
Me abaixo para pegar a mala de armas e outras coisas que nos ajudarão a sobreviver. Pego minha mala de roupas também, pego meu notebook,e o restante.
—Vamos — Digo.
Ele está me olhando surpreso.
—Vai viajar com um estranho? —Diz ele rindo.
—Eu tenho uma arma.
Abro a porta e vamos atrás do carro.
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Prazer, Alicia Carter
РазноеAlicia é uma mulher de 21 anos que tem uma vida bem agitada. Seu pai é caçador de recompensas, sua mãe desapareceu quando ela tinha apenas 13 anos. Com 16 anos decidiu seguir os passos do pai, quando em uma dessa desventuras ela encara um caso nada...