Trabalhando no caso

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Chegamos na cidade onde supostamente Nate deve estar, como é inteligente pode ter se mudado já, vai saber, essa cara descobriu o número de casa. Paramos no hotel "LittleStar" meu quarto é de frente do Robert, tudo pra ajudar..Falando no diabo...

-E aí Ali, vai continuar fazendo doce? - Diz Robert, com um tom irônico, qual o problema dele hein?

-Não é doce meu amor, é falta de interesse - Digo, piscando os dois olhos devagar.

Viro pra entrar no meu quarto

-Assim eu me apaixono.

-Me erra - Grito já dentro do quarto.

Meu pai está pegando na recepção uma lista de todos os hotéis daqui, com certeza Nataniel não está dormindo na rua né.

-São muitos, vamos perder um tempo grande - Diz meu pai entrando no quarto.

-Tem alguma diferença entre os mais pequenos e sem luxo, com grandes e cinco estrelas?

-Tem

-Ótimo, vamos começar por os pequenos e sem luxo, pois fugitivos procuram passar despercebidos não?

-Certo - Diz meu pai balançando a cabeça.

Robert entra no quarto, quem convidou ele?

-Alguma coisa? - Pergunta ele.

-Lista de hotéis - Meu pai responde

-Ele não está em hotéis, aposto.

Não está em hotéis? Onde ele está então?..Pensa..

-Não, ele não está em hotéis, por que ele sabe que gente como nós está atrás dele, e é padrão procurarmos sempre em hotéis, esquecemos que estamos lidando com um gênio. - Digo, com razão.

-Não só gente como nós, como policiais - Diz Robert.

-Certo, então onde ele fica então? - Pergunta meu pai.

-É o que temos que descobrir - Diz Robert, passando a mão na cabeça.

Nesse momento chega uma mensagem no celular do meu pai, que o faz mudar de reação, totalmente. Seu rosto está pálido, percebo suas mãos tremendo.

-Pai? Tudo bem? - Digo, muito preocupada, parece que ele viu um fantasma.

-Tudo - Diz ele com uma voz trêmula.

-Algum problema? está estranho.

-Não, quer dizer.. Problemas na oficina.

-Grave?

-Não, resolvo rápido, fica tranquila.

-Ok, vou tomar banho - Digo, já me virando pra ir ao banheiro.

Debaixo d'agua a voz de Nataniel ainda está na minha cabeça, eu ainda consigo ouvir sua respiração. E por que diabos é perigoso? Ele é nerd, não um assassino não? "Ah, para de pensar nisso" digo pra mim mesma.
Sai do banheiro, e ouço meu pai e Robert conversando, bem baixinho, o que está acontecendo? Tem algo haver com aquela mensagem, tenho certeza. Ando na ponta do pé até o local onde eles estão, tentando ouvir, mas não consigo. Estou vendo o celular do meu pai, vou até ele, e volto para o banheiro, eles nem me viram, estão focados na conversa.
Vou até a caixa de mensagens onde tem o envio de uma foto, abro e fico igual o meu pai, branca, com as mãos tremendo. Não é possível, não é.
É uma foto da minha mãe, com o cabelo diferente, ela está diferente, logo em baixo da foto, tem uma mensagem de texto "Ela não está morta".
Abro a porta furiosa por meu pai ter mentido sobre a mensagem.

-"Ela não está morta". -Digo, repetindo a mensagem

-Eu ia te contar - Diz ele rapidamente olhando pra mim, e vindo em minha direção pra pegar o celular da minha mão.

-Me conta tudo que sabe - Digo, puxando o celular pra trás.

Ele olha pra mim inquieto

-Agora! - Grito.

-Eu sei tudo o que você sabe, quando estávamos saindo de casa, recebi uma mensagem de texto "Ela ta viva" ignorei, agora recebi essa.

-O que estava conversando com Robert?

-Eu vou voltar, você mesmo viu, é ela

-E Nataniel? - Digo, franzindo a testa.

-Você e Robert cuidam disso até eu voltar, só vou checar se tem possibilidade dela estar viva.

-Vai me ligar todos os dias, não irá esconder nada, assim que sacar que não tem possibilidade, volta pai..- Murmuro

Antes que ele respondesse chega uma mensagem novamente, já que estou com o celular na mão, leio, é uma mensagem de texto "Volta pra sua cidade, e encontrará ela" mostro ao meu pai.
Ele respira fundo, posso ver o desespero em seus olhos..

-Me ajuda a por minhas coisas de volta no carro.

Eu e Robert ajudamos ele, ele não diz nada, só me deu um beijo na testa. Está em choque, assim como eu.
Volto para o hotel, indo de encontro ao meu quarto.

-Agora é eu e você, daremos conta? - Diz Robert

-Tentaremos

-Sinto muito Ali - Diz ele passando a mão no meu ombro.

-Eu também.

-Vou trabalhar no caso, ver o que eu acho, posso vir aqui depois?

-Pode sim, vou fazer o mesmo - Digo abrindo a porta.

Robert volta para seu quarto. Digo que vou trabalhar no caso, mas não consigo manter concentração, deito na cama pensando em dormir, é tudo que eu preciso. 

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora