Acordo num pulo, ouvindo alguem bater na porta, levanto minhas mão na altura de minha cabeça, pego o meu cabelo e ajeito até fazer um simples coque.
Caminho até a porta para ver quem deseja falar comigo.
—Oi!—Diz, Robert—Oi, entra
Ele entra.
—Eu fui comer alguma coisa lá embaixo, e ouvi umas coisas sobre roubos no hotel, fui falar com a gerente, segundo ela, os roubos acontecem frequentemente, e sempre é a mesma pessoa.
—Como sabe?
—Testemunhas descrevem ele da mesma forma que o suspeito passado.
—E você quer achar ele né?
—Sei que temos mais coisas a fazer..
—Não, não, pode investigar—Digo, interrompendo sua fala.
—Vou te deixar sozinha? Nem pensar. —Diz ele balançando a cabeça negativamente.
—Ah fala sério, furtos? Isso deve ser bandido de quinta, você pega ele rapidinho.
—Se é assim..
—Não, sério, vou ficar bem sozinha.
—É, mas seu pai não vai gostar nada disso —Diz ele ao cruzar os braços.
—E quem disse que ele precisa saber? Olha, eu investigo no caso do Nate, digo que você está me ajudando, se eu descobrir algo te chamo—Digo.
—Não vai atrás de pistas sozinha?
—Não, prometo! E outra, não vai demorar muito pra você encontar esse mero bandido, relaxa. Ou vai me dizer que precisa da minha ajuda?— Digo, soltando uma risada irônica.
—Esqueceu com quem está falando? Prazer, Sherlock Holmes—Diz ele ao abrir a porta.
—Hahaha, tá bom, vai dormir — Fecho a porta.
Vou até minha cama pego meu notebook e pesquiso a respeito de pousadas na beira da estrada aqui em Confins.
Estou ficando obcecada com esse caso, acho que é por causa da mente brilhante de Nate.
Vou descer pra tomar um ar. Pego minha jaqueta e meu celular, abro a porta e comprimento uma senhora que estava passando no corredor. Fecho a porta com as chaves, desço as escadas até chegar no primeiro andar, e sair pela porta do hotel.
Cruzo os braços na calçada, olho para cima para sentir melhor o vento em meu rosto.
Estou tento uma sensação estranha, olho para frente para ver as pessoas, quando uma pessoa me chama atenção. Ele está parado, na esquina, encostado na parede, roupas pretas, mal consigo olhar seu rosto, está me olhando sem parar, então tento disfarçar.
Um pensamento nada bom passa pela minha cabeça, ah não...
Nate? olho novamente e do um passo pra frente, deixando meu pé já na rua, ele também dá um passo pra trás e deixando de encostar na parede. Olho descaradamente ainda com os braços cruzados, inclino a cabeça para ver melhor.
Ele vai indo embora, solto os braços e corro atrás dele, ele começou a correr, sou treinada, corro melhor que ele.—Ei! —Digo em voz alta, não adianta em nada.
Contínuo correndo sem parar, atravessamos a rua, ele corre em direção a um estacionamento de um supermercado, sigo ele é claro.
Está totalmente escuro, ele pega uma moto, não é roubada pois está com as chaves.
Corro até onde ele está, coloco minhas mãos no guidão da moto, impedindo dele sair, ao não ser que me atropele.
E então, levanto minha cabeça onde fico totalmente cara a cara com Nathaniel Vandewol, posso ver seu rosto completamente pois a touca de seu moletom caiu enquanto estava correndo.
Seus olhos são cinzentos, e atraentes, sua boca é carnuda, mas nem tanto, seu rosto é liso, sua barba sem fazer cai perfeitamente na sua pele. Sem reação o encaro por 1 minutos ou mais, não sei dizer, ele também está me encarando sem reação também, desde que botou os olhos em mim, não parou de olhar os meus olhos.
Deus, que homem é esse?.
Ainda estamos olhando um no olho do outro, ele da partida da moto, da ré, e esse ato faz que minhas mãos não se encontram mais nos guidãos. Pego meu celular ligo o flash e gravo a placa quando ele sai com a moto.
Volto ao hotel, vou ver o vídeo da placa e achar alguma coisa. Seu rosto não sai da minha cabeça. Ele é intimidador, completamente.
Depois eu verifico a placa, vou tomar um banho, necessito disso.
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Prazer, Alicia Carter
RandomAlicia é uma mulher de 21 anos que tem uma vida bem agitada. Seu pai é caçador de recompensas, sua mãe desapareceu quando ela tinha apenas 13 anos. Com 16 anos decidiu seguir os passos do pai, quando em uma dessa desventuras ela encara um caso nada...