Olá, Nate.

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Eu estive cara a cara com ele, pensei nesse momento diversas vezes, mas eu não sabia que seria dessa forma, e não tão rápido.
Desligo o chuveiro e coloco um pijama.
Vou até a minha cama, onde pego um caderno, com folhas lisas, e simplesmente começo a desenhar, me lembrando do seu rosto, sempre fui boa com desenhos.
47 MINUTOS DEPOIS: Terminei

Olho para o desenho, me lembrando da cena, em que ficamos cara a cara, estou lembrando cada segundo desse momento quando ouço meu celular tocar

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Olho para o desenho, me lembrando da cena, em que ficamos cara a cara, estou lembrando cada segundo desse momento quando ouço meu celular tocar.

—Alô? Ali? — Diz Robert.

—Robert, oi?

—Acho que vou demorar mais do que eu imaginava. O bandido que rouba o hotel é envolvido numa guangue, onde os participantes rouba coisas de vários estabelecimentos.

—Nossa, é mais sério do que eu pensava.

—Olha, se quiser eu entrego o caso a polícia.

—Ah não, sem problemas —Digo, com a voz trêmula.

—Descobriu alguma coisa?

Se eu falasse que não, ele poderia desconfiar, pois é muito esperto, já que "fiquei" investigando enquanto ele trabalha em outro caso. Vou ter que mentir.

—Sim, ele não saiu da cidade, andei o dia todo mostrando a foto dele por aí, cinco ou mais pessoas disse ter o visto.

—Hum, ótimo. Seu pai ligou —Diz ele com voz de preocupação.

—Ainda não.

—Tá, tenho que ir.

Não pude dizer tchau, ele desligou antes disso.
Vou ligar ao um amigo do meu pai, para rastrear a placa, ele faz isso melhor.

—Bobby?

—Eu. —Diz Bobby com uma voz rouca.

—É Alicia, se lembra?

—Claro, como posso esquecer? Tá tudo bem?

—Do mesmo jeito, pode rastrear uma placa pra mim?

—Tá, é, me passa —Diz ele, gaguejando um pouco.

—12AM980

—Já te ligo. —Ele desliga.

Fico me perguntando, porque ele veio até aqui? Como ele soube? Como posso ir atrás de alguém que é mais inteligente do que eu?
Ouço alguém bater na porta, e em seguida dizer "Serviço de quarto", vou até a porta, abro e deixo a moça entrar com o carrinho de comida. Ouço meu celular tocar.

—Obrigada—Digo a moça, que me responde com um sinal com a cabeça. Ela sai e fecha a porta.

—E aí? —Pergunto ao Bobby

—A placa é de uma moto, comprada por Rick Lincons, ele é dono de uma borracharia em Confins.

—Sabe o endereço?

—Achei que precisaria — Ele dá uma risadinha—Rua Ester Márcio Freire, bairro Esmeralda. A borracharia se localiza do lado de uma sorveteria, conhecida como Sabor Doce. Vou te mandar os dados e você coloca no GPS.

—Agradeço, tchau Bobby, beijo.

Desligo o celular. Umas das coisas que gosto no Bobby é que ele não é curioso, peço um favor, e ele faz.
Vou até a estante pegar os documentos do carro que meu pai alugou pra mim, já que teve que sair com o dele. Ele ainda não me ligou, estou preocupada, mas agora estou ocupada pra ligar.
Chegou os dados, já escrevo no GPS, pego as chaves, mas me toco que já é tarde da noite, então vou deixar pro dia seguinte.
Arrumo minha cama, onde deito e durmo em poucos minutos.
OITO HORAS DEPOIS: Acordo com despertador do celular, vou imediatamente até o banheiro, escovo meu dentes, e me visto.
Pego o documento e as chaves, abro a porta e desço até a garagem do hotel. Pego o carro e saio, seguindo o GPS.
Chego na borracharia, que aparentemente não é muito frequentada por gente descente.
Já de cara recebo uma cantada, de um homem que está tomando uma cerveja, sentado num banco, parece ser empregado da borracharia.

—Ei, sorria princesa — Diz ele

—Diga algo engraçado —Retribuo, sem dar muita atenção.

Posso ouvir seus amigos caçoando dele.
Vou até outro cara, e pergunto sobre Rick:

—Quero falar com o dono do estabelecimento, Rick Lincons.

—Quem deseja? —Diz o homem desconhecido, abrindo um sorrisinho malicioso na boca.

Olha pra ele, abro um sorriso..

—Eu. — O puxo, fazendo um mata leão. Tô sem paciência hoje.

Seus amigos se aproximam de mim, mas param, após eu derrubar um no chão.

—Está lá dentro, na última porta. —Diz alguém, nem prestei atenção no dono da fala.

Entro e procuro a última porta, abro e me deparo com um mini escritório, onde Rick, está sentado numa cadeira.

—Quem é você? Não lembro de ter chamado uma vadia hoje - Diz Rick, rindo.

Vou ate a mesa, coloco minha mãos em cima dela.

—Fala assim comigo de novo, e eu quebro seus dentes —Digo, com ódio.

—Uau —Ele ri — O que você quer hein menina?

—O dono dessa moto — Digo, mostrando a foto da placa pra ele.

—Por que eu te falaria?

-—Por que eu não contaria a polícia sobre peças roubadas? — Ele me olha surpreso - O que? Achou que eu não notaria?

—Quero ver provar —Diz Rick.

—Acho que a polícia consegue provar — Digo, pegando o celular.

—É de um cara, que eu fiquei devendo um favor.

—Onde ele se encontra?

—Numa das minhas casas alugadas.

—Me de o endereço.

Ele recua, mas para ao ver eu digitar os números no celular. Ele me da um pedaço de papel onde contém um endereço.

—Se fizer uma ligação quando eu sair daqui, chamo a polícia, acredite eu vou saber.

Ele apenas levantas as mãos.
Saio do escritório, volto ao local onde os rapazes se comportaram mal.
Olho para eles.

—Cavaleiros —Com um sorriso de deboche.

Entro no carro, coloco o endereço no GPS e o sigo. Chego em uma rua quase deserta, onde contém pouca casas, olho no papel, número 324, procuro a casa.
Penso em bater, mas acho que Nate não recebe muitas vistas. Dou a volta na casa procurando uma janela, todas estão fechadas.
Pego um clipes, que está no bolso da minha calça, nunca sabemos quando vamos precisar...
Vou ate a porta e tento abrir, dou um sorriso quando vejo que consigo, então eu entro com passos leves, confiro minha arma dentro da calça, na parte de trás.
Deixo minha mão preparada, e vou andando devagar, entro na sala, a casa está vazia, mas ouço o som do chuveiro ligando.
Sorte a minha, vou até a porta novamente e a fecho, sento num sofá e  espero.
Estou com medo, confesso, mas não medo de ele me atacar ou algo assim, mas medo de ve-lo novamente, e encarar aqueles olhos.
Ouço a porta do banheiro abrir, como a sala fica antes do banheiro, ele ainda não me viu.
Posso ouvir seus passos vindo em direção a sala, noto que ele para, então fico ciente que ele já me viu.

—Olá, Nate. —Digo, me virando segundos depois.

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora