Próximos, novamente

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Estou tão perto dele, que ignorei o fato que, eu cai por cima dele, e como ele foi parar por cima de mim? Fiquei tão concentrada em sua incrível e quase irresistível boca, que não percebi, que ele rolou comigo, o fazendo ficar por cima de mim.. Se isso não for uma tentativa de me beijar, eu não sei o que é então...

—Da próxima vez não deixe as coisas espalhadas pelo quarto, evita acidentes —Digo, ainda embaixo dele.

—Da próxima vez presta atenção, ou inventa outra desculpa pra ficar tão pertinho de mim—Diz ele, abrindo um sorriso, completamente malicioso.

—Sai de cima de mim —Digo, empurrando o rosto dele com a mão, e o tirando de cima de mim.

Vou ao caminho do banheiro.
Entro e fecho a porta rapidamente, me encostando com as costas nela, e com a respiração ofegante. Isso não pode acontecer, afinal, o que foi isso?
Entro em baixo do chuveiro, pensando em toda essa situação, e pensando qual será a proxima vez que ficaremos tão próximos novamente, e aí sim, pode ser, que não vou conseguir me segurar...
Tá vou parar de pensar nisso, desligo o chuveiro e só agora percebo que não trouxe a minha roupa.
Pensa em alguma coisa, pensa em alguma coisa... Ah, visto a mesma roupa que eu estava, depois eu troco.
Droga, a roupa molhou!!
Me dirijo ate a porta abro só um pedacinho e espio, pego a toalha e me enrolo.

—Nate! —Grito.

-—Oi?

—Pode trazer a minha mala até aqui? — Digo, roendo as unhas

—O que ganho com isso —Diz ele, dando uma risada forçada

—Nate! —Grito novamente.

—Ok, estou indo

Ouço seus passos vindo para o banheiro, ajeito a toalha no meu corpo, e abro mais um pouco a porta, deixando só a minha cabeça pra fora.

—Aqui —Diz ele me entregando a mala.

—Valeu —Digo pegando a mala.

Ele ainda está na frente da porta, me olhando.

—Vaza —Digo, fechando a porta na cara dele e revirando o olho.

Ouço suas risadas no corredor. Me visto e volto para a parte da cama, Nate está concentrado no notebook, com a mão no queixo, esfregando o dedão nele. Foco Alicia! Foco!
Meu celular toca, vejo e é Robert, lascou.

—Alô — Digo, com a voz trêmula.

—Alicia, onde está?

—Eu tô.. Humm.. É.. — Digo a procura de uma boa mentira.

—Não, nãoooo, ahhhh, Alicia. —Diz ele gritando, parece estar apavorado.

—Meu Deus Robert, o que aconteceu?
—Ele não me responde —Robert, esta aí?

Nate me olha, está com os olhos arregalados, igual a mim.

—Eles sequestraram seu amigo —Diz Nate.

—Como? Não, não, como eles saberiam? — Digo, apavorada, depois de desligar o telefone.

—Eles foram atrás de você, e viram o Robert conversando com você no celular.

—Puta merda, temos que voltar!

—Não, vamos achar ele, mas não podemos voltar —Diz Nate se levantando e passando a mão no meu ombro.

—Vamos achar ele quando nos expor a máfia —Suspiro — Devo jogar meu celular? Eles podem rastrear certo?

—Não, eu dei um jeito para que a sua localização não seja encontrada. — Diz ele, ainda com a mão em meu ombro.

—Claro que deu —Digo, com ironia.

Paramos de dialogar um com o outro, e então olho para ele, estamos próximos novamente, ah não..
Sua mão que está em meu ombro, sobe para a nuca, me puxando ainda mais pra si.
Sinto seus dedos entrando no meio do meu cabelo, ele se inclina.
Ele me beija, e eu o beijo também.

Quando seus lábios se encontram aos meus, eu sinto tudo em câmera lenta, fazendo movimentos leves com a cabeça, é como se meu corpo não quisesse parar, diferente dos pensamentos da minha cabeça

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Quando seus lábios se encontram aos meus, eu sinto tudo em câmera lenta, fazendo movimentos leves com a cabeça, é como se meu corpo não quisesse parar, diferente dos pensamentos da minha cabeça.
E então eu paro de pensar em resistir, quando me encontro totalmente entregue aquele beijo. Minhas mãos estão paradas, querendo tocar nele, e, eu abro os olhos, e vejo o que isso está se tornando. O empurro, fazendo nossos lábios se afastarem.

—Ei! — Digo, indo impulsivamente com um tapa.

—Que mão pesada hein —Diz ele rindo —O que? vai me dizer que você não queria?.

—Como? Esta dizendo que eu facilitei?

—Evitou por acaso?

—Não faca isso novamente — Digo indo para o banheiro.

Eu vim pra cá, por que não quero encara-lo, ainda sinto o aperto dos seus lábios nos meus, está quente, eu sinto o cheiro do seu suspiro.
Sento no chão do banheiro, me encostando na parede, e passos a mão lentamente nos meu lábios "Não, para de pensar nisso" Diz o meu inconsciente me fazendo balançar a cabeça negativamente.
Me levanto e abro a porta, volto ao local da minha cama, olho para Nate, com cara de brava.

—Relaxa gatinha, foi só um beijo, nunca aconteceu —Diz ele, com os olhos grudados na tela do notebook.

—É, nunca aconteceu —Digo, indo em direção a minha cama e me deito.

Coloco o edredom por cima da minha cabeça, e tento dormir. 

Prazer, Alicia CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora