Folhas de outono - Kim Namjoon

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Ventava do lado de fora quando HyoJin saiu do grande café qual tinha passado as últimas seis horas, o celular em seu bolso marcava sete horas da noite quando ela caminhou para casa sem muito prestar atenção por onde andava, todos seus pensamentos voltados para todas as horas anteriores, desde que entrou em seu expediente, ao primeiro cliente que atendeu, até o momento que viu Yoongi entrar pela porta do estabelecimento, o som do sininho preso acima da porta avisando sua entrada, ela repassava o olhar do menino sentado sozinho na mesa da janela, em realidade, ela e Yoongi nunca tinham sido verdadeiramente próximos, ele era só o namorado de sua melhor amiga e o melhor amigo do menino que ela queria que fosse seu namorado, talvez, ele fosse sim um pouco importante.

Entrando em casa, HyoJin surpreendeu-se com o fato de estar exatamente do mesmo jeito que a tinha deixado, era um pouco estranho fato de que RaeSoo tinha realmente não tinha bagunçado tudo antes de sair, ela que era a pessoa mais confusa que você conhecia para escolher roupas, talvez ela finalmente tivesse desencanado a começado a pegar qualquer cosia que ela visse na primeira gaveta, ou talvez, mas quase impossível, ela tivesse separado a roupa na noite anterior, mas com certeza ela teria ido te mostrar se tivesse feito, afinal, essa é uma coisa para se orgulhar.

Largando a bolsa em cima da mesa de jantar e tirando o grande casaco de lã, a menina subiu as escadas para seu quarto, a memória de que a prova para qual ela tinha se inscrito estava chegando a deixava tonta, e tudo isso só piorava ao lembrar que quase não tinha estudado nos últimos meses, e não podia simplesmente colocar a culpa em alguém ou tentar diminuir a sua própria, quando claramente ela tinha tido tempo de sobre durante as tardes para estudar e não o fizera, era completamente possível ignorar as mensagens de todos seus amigos, mas toda vez que seu celular brilhava e ela conseguia ler "Kim Namjoon" na tela, toda sua força ia pelo ralo, e quando ela voltava a si já tinha até respondido a mensagem do menino, muitas vezes com o coração na mão, na esperança de que em algum momento ele realmente olhasse por ela como ela desejava.

Abrindo a porta, o celular em sua mão apitou, seu cérebro correu entre todas as possibilidades, e ela quase o deixou cair até olhar a tela e toda sua estamina antes em níveis extraordinários abaixar tanto que se alguém a tocasse ela tinha certeza que iria direto pro chão e nem sentiria a pancada, na tela se via escrito "Jung RaeSoo".

Desbloqueando o aparelho enquanto fechava a porta com o pé, HyoJin suspirou quando leu a mensagem mais de cinco vezes para ter certeza de que realmente estava vendo aquilo.

Jung RaeSoo: "Amiga, hoje vou chegar tarde, não me espere ;)"

- E qual é a dessa carinha piscando? Ela deve estar zoando com a minha cara, só pode. - Falar sozinha não era uma de suas maiores preocupações naquele momento.

Park HyoJin: "Ok, só volte viva e sã."

Jogando o aparelho em cima da cama a menina se sentou em frente a sua escrivaninha, a luz de mesa desligada e os cadernos todos bagunçados ali em cima eram fruto de suas tentativas frustradas de adquirir algum conhecimento considerado útil para provas de faculdade. Ligando o interruptor e abrindo na última folha que tinha usado, ela se jogou em meio a seus estudos, o lápis batendo sobre a folha antes branca e agora cheia de frases e parágrafos de livros que ela tinha lido ainda quando estava na escola e que agora viriam a ser úteis para alguma coisa.

As horas passavam e aquela tinha sido umas das poucas vezes que tinha realmente conseguido atingir seu objetivo da noite, na verdade ainda não, mas se continuasse daquele jeito, logo estaria lá, e aí quem teria que aguentar seus surtos de conquistas seria RaeSoo, isso, se ela fosse voltar para casa aquela noite. Passando as mãos pelos cabelos agora presos, HyoJin tentou voltar a seu foco anterior, os textos se estendiam em sua visão, todas as citações e referências a essa ponto não entravam mais em sua mente cansada, estendendo a mão para pegar seu fiel companheiro, ela realmente percebeu que estava ali há muito mais tempo do que realmente achavam, já passava das onze da noite e sinal nenhum de ninguém, tanto pelo telefone, quanto pela porta da frente, e ao invés de se sentir culpada ela só podia desejar boa sorte a amiga, se o que ela pensava que estava acontecendo realmente fosse real.