Capítulo 6

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Resolvi me virar antes que Leandro pudesse me puxar, mas ao me virar não era ele. A garota ruiva de batom vermelho chamativo, não era nada comparada a Leandro. Era Barbara, mas o que ela queria ali?

— Precisamos conversar! — sorriu maliciosa — E você não vai fugir de mim.

Olhei pra ela indiferente.

— Não tenho nada pra falar com você.

— Fica se agarrando com meu noivo e não é tem nada pra falar comigo? Acho que você não é tão inteligente como todos dizem. — riu sarcástica — você achou mesmo que eu iria deixar isso barato?

Estava sem paciência para a cena. Além de ser corna, ela tinha que agir com tamanha imbecilidade? Mesmo sabendo como seu noivo era galinha, queria tirar satisfação comigo? Ela pensa que é o que? — Respirei fundo — Odeio infantilidade.

— Na verdade, acho que esta tirando satisfação com a pessoa errada. Aliás, o traidor aqui é seu noivinho. — disse sorridente, tão falsa como de costume, mas desta vez era proposital.

— Se você parasse de dar em cima dele...

— Dar em cima dele? — gargalhei sarcástica. — Você esta louca?

— Não vem dar uma de santa pra cima de mim, sua vaca. Mesmo sabendo do nosso relacionamento você ainda dá em cima dele.

— Esta de brincadeira, não é? — falei incrédula — O seu noivinho que ia me procurar toda noite por que você não dava conta.

Quando parei pra pensar já havia dito. Ela me olhou em choque e vi sua maçãs do rosto se avermelharem.

— Sua... — ela dá um passo pra frente.

— Ei! Ei! Ei! — falei alto me recuando, levantando minha mãos para que não me tocasse — Não chegue perto sua louca. Além de corna, quer dá uma de barraqueira também? — questionei exaltada — Pra sua informação eu não toco em grávida.

— Quê?

— Ué? Você não esta...? — supus, não compreendendo sua reação — Pra sua informação as notícias correm por aqui.

Ela me lançou um olhar de confusão e ódio. Achei que ela não queria que ninguém soubesse. Mas por quê? Logo sua barriga ia aparecer e todos saberiam mesmo.

— É serio que pensou que ele não me contaria? Ou ele escondeu isso de você também? — Lhe mostrei um sorriso satisfeita por esta por cima do joguinho ridículo. Aproximei dela, a centímetros de seu rosto — Acho que não! Se não teria que contar também, que se esfregava em mim quando me disse isso. E pelo jeito que estava, fazia tempo que ele não sabia como era ter em quem pegar.

Ela explodiu trazendo com raiva sua mão ao encontro do meu rosto. A ardência fez minha adrenalina subir e sorri ainda mais satisfeita por conseguir meu resultado.

— Sua prostitutazinha barata! — gritava escandalosa enquanto partia pra cima de mim novamente.

Eu não era tola. Não iria bater nela. As palavras certas fariam esse trabalhinho por mim.

— Ele não precisa me pagar pra me ter quando quiser. Já você, teve que criar barriga só pra tê-lo por perto — e comecei a rir com deboche.

— Eu vou te matar — dizia enquanto pegava meu cabelo. A dor não era nada com a satisfação de falar o que eu tinha há muito tempo guardado.

Minha bolsa caiu no chão e algumas pessoas surgiram tentando afastá-la de mim.

— Me solta! — gritava se debatendo — eu vou acabar com a cara dela...

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