— Não faça barulho, Camila. — Lauren praticamente gritou para a amiga, fazendo- a arregalar os olhos e dar alguns passos para trás, tomando cuidado para não deixar o bolo que segurava cair.
— Desculpe, mas não posso controlar meus passos, Lolo. — a latina balançou os ombros.
— Tire os saltos Camila. — Dinah murmurou ajeitando os balões rosa e azul, mas mãos. — Mia não pode acordar antes de entrarmos no quarto dela.
— Estragaria a surpresa, Camila. — Normani finalizou soltando um suspiro.
— Ok, ok. — Camila respirou fundo, tirou os saltos dos pés e com cuidado jogandou- os para os lados. — Pronto, vamos acordar a nossa princesa. — sorriu.
— Tia! — Lauren ouviu Sabrina gritar enquanto entrava no apartamento correndo até as mais velhas. — Ah... — a menina fez uma pausa para regularizar a respiração. — Desculpe, minha mãe não queria me deixar sair, então, eu tive que dar meu jeito... enfim. — Sabrina balançou os ombros.
— Perrie vai te matar, sério, e dessa vez Jade não irá salvar você. — Normani disse olhando para a garota que prendia os fios loiros em um coque no alto da cabeça.
— Inclusive a Mia também está de castigo. — Lauren disse. — Mas como hoje é aniversário dela, irei dar um desconto, depois eu converso com a Per. Vamos.
— Ok. — Sabrina sorriu, e pegou alguns balões das mãos de Dinah.
Lauren seguia em passos firmes até o quarto da filha, sentindo o peito apertar e uma enorme vontade de chorar tomar conta de si. Sua filha, seu único bebê, sua vida, estava fazendo dezesseis anos, e Deus, ela não sabia como o tempo tinha passado tão rápido, ela conseguia se lembrar perfeitamente do primeiro choro que ouviu quando Mia nasceu, da primeira vez que ela colocou seus olhos na bebê, sorrindo ao ver a pequena mistura dela e de Zayn.
Lauren conseguia se lembrar do dia em que ela deu seus primeiros passos, disse sua primeira palavra, que foi mamá ao invés de ser mamãe, o que fez Perrie engasgar de tanto rir, e Dinah consolar sua Lern dizendo que talvez na próxima, mas não, a segunda palavra a ser dia por ela foi tatá, batata, melhor dizendo, que era e é até hoje a comida favorita da garota. Ou até mesmo quando ela perguntou pela primeira fez o porque dela não ter um pai, ou duas mães, como Sabrina, ou Jordan, que tinham Perrie e Jade, e Dinah e Normani, mas ela só tinha Lauren, e queria saber o por que.
Mas seria difícil explicar para uma criança que o pai não à quis, que Zayn não às quis, por simplesmente estar ao lado da pessoa a qual poderia abrir-lhe portas para a carreira que tanto almejava seguir e aquilo que amava fazer, jogar. E pelo que Lauren via na televisão e nas revistas, Zayn havia se tornado um jogador de futebol americano, famoso, bem conceituado, e muito bem pago pelo que parecia, e isso tudo sabendo que deixou Lauren e Mia para trás não parecendo sentir o menor remorso.
Mas o fato era: Sua filha estava fazendo dezesseis anos, ela estava crescendo, e logo teria que ir para a faculdade, ter sua vida, crescer, tudo isso longe das asas protetoras de Lauren, e isso á deixava angustiada, proucupada, deprimida, mostrando para todos o seu lado frágil, amoroso e chorososo, ao qual só se revelava quando o assunto era Mia.
Lauren abriu a porta do quanto vagarosamente, vendo Mia esparramada em meio aos lençóis azuis com algumas estampas, a boca aberta e roncando um pouco, ficando parecida com Zayn, ainda mais do que já era.
— Nós começamos em... um, dois, três. — Dinah contou nos dedos antes de começar a cantar o parabéns em alto e bom som, com todas as vozes amoniozas, soando como uma melodia perfeita.
Mia se levantou da cama em abrupto, com os olhos castanhos — assim como os do pai, arregalados —, olhando para a mãe as tias e a amiga complentamente surpresa e ainda um pouco assustada, mas logo sorrindo, e se jogando de costas na cama, cobrindo o rosto com as mãos enquanto Lauren andava até a cama da filha, sentando-se sobre a barriga dela, com uma perna de cada lado do corpo da garota, se inclinando para baixo distribuindo beijos por todo o seu rosto, enquanto Mia tentava desviar-se um pouco, apenas para fazer graça.
— Nosso bebê cresceu, Laur. — Dinah choramingou. — Daqui a pouco já vai estar namorando.
— Me lembro como se fosse hoje quando ela ficou mocinha, Lauren passou o dia todo aos prantos. — Camila comentou, fazendo um bico nos lábios, e Sabrina riu se lembrando do desespero de Mia naquele dia.
— Minha bebê, eu tive que colocar um absorvente em você naquele dia, nunca me senti tão mal. — Lauren disse, beijou mais uma vez o rosto de Mia, que aquela altura estava vermelha de vergonha.
— Não mãe, não faça isso. — Mia resmungou. — Já imaginou se o Brad entra aqui e ouve? Que vergonha.
— Bom, eu acabei de chegar mas não me interesso em saber o que estavam falando. — Brad disse. — Parabéns Mia, eu trouxe seu presente, quer abrir? — ele levantou as sombrancelhas encarando Mia.
— Obrigado Brad, eu vou abrir, assim que a mamãe sair de cima de mim. — Mia resmungou, sentindo Lauren a apertar com mais força. — Anda Jauregui, vaza. — Mia deu alguns tapas nos quadris de Lauren.
Apesar de achar que Brad fazia bem a sua mãe, e ficar feliz por ela, Mia não gostava dele, de jeito algum. Talvez fosse ciúmes da mãe, ou irritação por ele querer ocupar o lugar que era de seu pai. Mas isso não tinha diferença alguma, pelo menos não para Mia, não naquele instante.
— Parece que foi ontem que ela nasceu, tão parecida com o Z, Lauren chorou tanto naquele dia quando te pegou no colo, e por Deus, ela não deixava ninguém te pegar, queria você só pra ela, nem a Clara ela deixava. — Dinah disse chorosa, recebendo um olhar quase fulminante de Lauren.
Zayn era assunto proibido.
— Quem é Z? — Mia olhou para a mãe enrugado a testa. — É meu pai não é?
— Mia. — Sabrina cantarolou o nome da amiga. — Agora não.
— Tá bom. — Mia revirou os olhos bufando. — Mas não pense que vou esquecer, mãe.
— Antes disso eu te faço esquecer. — Lauren piscou para a menina.
— Duvido. —Mia resmungou.
— Não quero estragar esse momento, cute entre as duas Jauregui's da minha vida, mas nós precisamos comer o bolo. Está pesado. — Camila resmungou torcendo os lábios.
— Bolo! —Mia gritou se levantando rapidamente, jogando Lauren para o lado, fazendo-a se desequilibrar e cair no chão, arrancando algumas risadas altas de Brad, Normani, Dinah, Ally e as outras meninas que havia acabado de chegar. — Meu Deus, tem bolo! — Mia sorriu largamente.
— Feito pela confeiteira mais linda, vulgo, Perrie Edwards. — a loira sorriu parando ao lado de Camila, e Sabrina se encolheu atrás de Dinah, fazendo- a rir, e Brad foi ajudar a namorada a se levantar. — Em casa conversamos, Sabrina Edwards Thirlwall... Em casa. — Perrie disse com firmeza.
— Meu Deus! — Mia gritou novamente, arrancando as cobertas de cima do corpo se levantando. — Tia Pezza, eu amo você!
— Sua ingrata, fui eu quem pedi, se não ela não iria fazer! -—Lauren gritou, ao ver todos saírem do quarto da filha, para comerem o tão famoso bolo ao qual Perrie havia feito com carinho para sua sobrinha.
--- Eu também te amo, mamãe!
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mia malik • concluído
FanficNÃO PERMITO ADAPTAÇÕES DAS MINHAS HISTÓRIAS. Há dezeseis anos atrás Lauren se envolveu com um homem, e ela pode dizer que esse homem à fez a mulher mais feliz do mundo, e a mais triste também. No final, Zayn não era quem dizia ser, não era nem a met...