Capítulo 16

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Acordo com os sons dos pássaros cantando lá fora. Estou me sentindo estranhamente bem hoje. Uma pequena dor se faz presente no meio das minhas pernas, mais não é algo que me incomode.

Ontem a noite se passada basicamente num borrão. Ainda não posso acreditar que a Ni está gravida, quando ela entrou na boate, quase não deu para perceber, só tem um pequeno volume em sua barriga.

De repente, flashs do que aconteceu ontem vem em minha mente. Eu dançando, Johnny e eu nos beijando. O sexo no carro e na cama dele. E então não lembro de mais nada.

Ouço um murmuro rouco atrás de mim e gelo. Tomando coragem, me viro, apenas para dar de cara com um Johnny maravilhosamente nu. Seu membro semi ereto está totalmente descoberto, me dando a visão de toda a sua grossa e longa extensão. Ele deve ter uns vinte e um centímetros.

Olho pata os seus braços musculosos completamente tatuados, eu nunca imaginaria um CEO com dos dois braços fechados fechados por tatuagens e ainda algumas na costela direita e um grande paragrafo nas costelas do lado esquerdo.

Respiro profundamente antes de levantar o lençol e sair com todo o cuidado possível da cama. Vejo meu vestido no chão e já posso ver de longe que ele é um caso perdido. Ele rasgou completamente a parte da frente dele, não tem nem a mínima chance de concerto. Abro uma das portas que tem em seu quarto e encontro um banheiro, fecho a mesma e abro a porta ao lado, encontrando um closet enorme. Pego uma camisa social branca dele e visto ela. Olho para os vários pares de calças e pego apenas uma calça de moletom cinza.

Assim que estou devidamente vestida. Sinto dois braços musculosos me abraçarem por trás. Olho para baixo, apenas para me deparar com as tatuagens do Johnny.

- Bom dia meu amor. - ele sussurra perto da minha orelha e beija a pele em baixo da mesma.

- Por favor, não me toque Johnny. - peço num sussurro. A possibilidade de machucar Johnny faz meu coração apertar. Me afasto dele para conseguir manter minha sanidade e ir em bora.

- O que houve? - pergunta preocupado. Saio do seu closet e sigo até a minha bolsa que está jogada no chão. Pego a minha bolsa e desbloqueio o mesmo.

- Isso foi um erro Johnny. Por favor me deixe ir. - sussurro tentando conter as lágrimas. Clico no botão de chamada do contato da Ni. Johnny se coloca em frente a porta, me impedindo de sair.

- Sabe que isso não foi um erro Brianna. Nós dois queríamos aquilo e eu ainda quero você. - fala desesperado. Eu quero abraçar ele, pedir desculpas, mais nesse momento, meu orgulho ferido fala mais alto.

- Sabe que isso foi sim um erro Johnny, agora saia da frente da porta por favor. - peço desesperada. Eu preciso ficar longe dele, longe desse sentimento estranho que eu tenho quando ele está perto de mim.

- Eu. Não. Vou. Te. Deixar. Ir. Brianna. - fala pausadamente. Consigo empurrar ele e abro a porta correndo. - Brianna! - Johnny grita assim que desço as escadas como um raio. Abro a porta da casa e continuo a correr até chegar em seu portão e abrir o mesmo. Corro pela calçada sentindo uma enorme dor em meu peito. Lágrimas descem livremente pelo meu rosto sem conseguir contê-la. Olho para a tela do meu celular e vejo que a Ni atendeu a ligação.

- Graças a deus você atendeu Ni. - falo com a voz ofegante.

- O que aconteceu com você na noite passada? E porque estava fugindo do Johnny? -a Ni pergunta curiosa.

- Eu transei com ele. - falo com a voz chorosa. - No carro e na cama dele. - faço uma pausa e suspiro. - Eu acordei e ele estava me abraçando, vesti uma camisa e uma calça deles e fugi. - coloco minha mão num dos lados do meu rosto e suspiro e suspiro, com raiva de mim mesma. - Não acredito que transei com ele. - falo soluçando.

- Fala onde você está que eu te busco. - ela fala e logo eu ouço o tilintar de chaves.

- Condomínio GreenVille. - falo soluçando, enquanto mais lágrimas rolam pelo meu rosto.

- Estou a caminho. - avisa antes de desligar.

Guardo meu celular na minha bolsa e volto chorar. Não estou chorando pelo que houve, mais si pela dor que se instala em meu peito, acho que uma facada doeria menos. Meu orgulho me fez sair de perto dele e me mantém longe dele. Eu nunca havia quebrado nenhuma promessa, sendo ela para mim ou para qualquer pessoa ao meu redor, e eu o fiz, duas vezes para ser mais exata. Eu sei que isso foi errado, mais parecia tão certo.

Minutos depois que eu falei com a Ni, um carro para em frente a mim. Não levanto minha cabeça, apenas permaneço com ela enterrada entre meus braços, que estão cruzados e apoiados nos meus joelhos. Uma mão pousa delicadamente em meu ombro e eu levanto a cabeça assustada, apenas para ver os olhos azuis da Ni. Me levanto num pulo e abraço a minha amiga, enquanto soluço sem parar.

- Shh. - ela acaricia as minhas costas carinhosamente. - Calma Bri. Vai ficar tudo bem. - afirma, tentando me passar alguma força.

- Não, não vai ficar tudo bem. - respondo inda com a minha cabeça em seu pescoço. - Com que cara eu vou aparecer na empresa segunda-feira? - pergunto enquanto soluço compulsivamente. - Eu transei com ele! Eu não podia ter feito isso! - me repreendo. Aperto ainda mais a Ni, querendo que essa dor passe logo. É insuportável.

- Vamos para a minha casa, conversamos lá. - fala carinhosamente. Ele me ajuda a sentar no banco do carona e dá a volta no carro para ocupar o lugar do motorista.

***

Assim que as portas do elevador se abrem, revelando o apartamento da Ni e do Rodrigo, eu vejo ele sentado no sofá apreensivo.

- Vá para o quarto de hóspedes. Eu vou falar com o Rodrigo e depois vou lá. - fala carinhosamente. Assinto e ando na direção do quarto de hóspedes, deixando os dois sozinhos.

Entro num dos quartos de hóspedes e me jogo na cama. Meus pensamentos voltam par os acontecimentos dessa manhã. Me abraço sentindo falta dos braços musculosos de Johnny Hamann ao meu redor. Eu nunca senti essa necessidade de estar com algum homem, apenas o Johnny consegue despertar essa necessidade e esse desejo em mim, e isso me assusta muito. Ele mexe com tudo em mim, e eu achava que isso era apenas desejo, mais agora eu vejo, que Johnny Hamann possui algo muito valioso, algo que nenhum homem jamais chegou a possuir. Johnny é o único, e verdadeiro dono do meu coração, e ele o tomou de mim sem eu perceber.

Perseguida por um CEO Trilogia- Indecent Bosses IIOnde histórias criam vida. Descubra agora