forty five

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Depois de escrever eu fui até o quarto do papai e coloquei o bilhete na sua escrivaninha, ele não estava no quarto. Em seguida voltei para a biblioteca, ainda não tinham achado a entrada.

-Não acham que seria melhor pegar o medalhão?- Perguntei.

-Não acha perigoso?- A Kalaya perguntou se aproximando de mim e eu dei de ombros.

-Mas pode ser preciso- Falei e o Nathan se virou pra mim.

-Pegue-o, mas não vá desacompanhada- Ele falou.

-Então porque nao vem comigo?- Perguntei e ele levantou uma sobrancelha, mas em seguida assentiu.

-Vamos- Ele falou e começamos a andar para fora da torre.

Depois de um tempo andando pelo castelo em silencio eu decidi quebrar o clima tenso que tinha se formado pela minha atitude sobre o casamento mais cedo.

-Então... Não acha estranho o Hildegarth não ter aparecido novamente ainda?- Perguntei e o Nathan olhou para mim por cima dos ombros rapidamente, virando-se para frente novamente.

-Acho que ele vai deixar esse tempo em aberto, provavelmente vai aparecer quando estivermos lá, dentro de seja la qual for o lugar que vamos entrar- Ele falou e eu achei uma interessante teoria.

Continuamos andando em direção à as escadas do calabouço, dessa vez eu não tinha mais nenhum assunto pra puxar, então continuamos em silencio. Era constrangedor ver onde chegamos com essa... sei lá, essa coisa que a gente sente um pelo outro.

Quando chegamos nas escadas eu olhei ao redor.

-Dá uma olhada rapida enquanto eu tiro a caixa da parede? Só pra ter certeza que o hildegarth não vai aparecer- Falei me abaixando junto ao lugar onde a caixa estava.

-Não me diga o que fazer- Ele falou e ficou parado na minha frente.

-Oh neném, não tenho tempo pra cuidar dos seus sentimentos agora. Se não percebeu, não é um bom momento- Falei revirando os olhos e empurrando o tijolo, fazendo com que ele caísse e a caixa aparecesse.

-Nunca é uma boa hora pra você, não é mesmo?- Ele perguntou sarcasticamente e eu peguei a caixa, empurrei o tijolo novamente na parede com um puco de força, fazendo um enorme barulho ecoar.

-Ah pelo amor de Deus, eu só to tentando garantir que o Hildegarth não pegue o medalhão do qual você me deu a responsabilidade- Falei tirando ele e os outros da caixa, pendurando-os no pescoço. Peguei a carta do Chris e coloquei-a dentro de minha roupa.

-Talvez eu não devesse ter dado o medalhão a você- Eu senti aquelas palavras perfurarem o meu coração, ele sabe que o medalhão foi é realmente importante pra mim. Arranquei o medalhão do pescoço e joguei o mesmo nele.

-Então acho que você deve ficar com ele- Falei e comecei a subir as escadas novamente, ele continuou lá, parado, não sei se ele estava com cara de arrependimento ou de felicidade, não olhei pra o seu rosto, no momento era a ultima coisa que eu queria ver.

Continuei andando em direção a torre, até que vi o meu cabelo balançar e uma pessoa aparecer do meu lado, era o Nathan e ele tinha o medalhão na mão.

-Não disse que você não poderia ficar com ele- Ele falou e eu suspirei, continuei andando e deixei-o para trás.

Ele continuou andando em seguida, segurou a minha mão me fazendo virar para trás.

-Me desculpa, você sabe como eu fico nessas situações. Não gosto quando você brinca com os meus sentimentos, nem do efeito que você tem sobre mim. Isso tudo me assusta e você se manifestando tão tranquilamente em relação a esse casamento me deixa atordoado, eu não quero que ele aconteça- Ele falou com uma cara triste e eu balancei a cabeça.

-Quando eu terminei com o Chris eu te avisei que isso nao me tornaria sua, nessa dimensão meus sentimentos por você são reduzidos e jogados em outra pessoa, no caso o Sohan e, isso querendo ou não me deixa mais insensível em relação a você. Aqui eu tenho um pai, um noivo, eu sou princesa de um reino enorme, mesmo que isso não pareça real, as lembranças da vida da helena é o mais proximo de uma vida perfeita que eu ja vi e pra falar a verdade, por mim não sairíamos daqui nunca. Não posso me preocupar com a vida aqui, a vida na outra dimensão, casamento, segundo conto, sede de sangue, falta de poderes e com você ao mesmo tempo, isso é novo pra mim. Você deveria entender que as vezes eu vou fazer coisas das quais eu não deveria fazer e que isso não será intencional- Falei e ele fez uma expressão triste.

-Seu problema é investir em coisas que você sabe que não vão dar certo- Ele falou e se afastou.

-Por que você tem tanta certeza que daríamos certo?- Eu perguntei.

-Porque eu amo você- Ele falou e eu me virei e comecei a subir as escadas.

-Amor nem sempre é suficiente- Falei e ele suspirou.

-E o que seria suficiente pra você?- Ele perguntou e eu dei de ombros.

-Qual seria a graça se os mistérios fossem contados e não descobertos?- Perguntei e ele riu, eu sorri de volta e entramos na torre.

Ainda não haviam achado a entrada. Eu me sentei no sofá e o Adan veio até o meu lado.

-A gente não deve estar pensando direito- Eu falei.

-As paredes se abrem onde cai a maçã...- O Adan falou e eu me levantei.

-Gente, e se a entrada que vocês estiverem procurando não estiver na parede?- Perguntei caminhando até a maçã e levantando a mesma. Na hora que eu a levantei as paredes começaram a tremer e se abriram. Não dava para se ver nada além de escuridão.

Todos nós paramos na frente do buraco que tinha acabado de se formar.

-Tá, quem vai primeiro?- A Jhenna perguntou e o Michael apareceu do meu lado e segurou a minha mão.

-Por que não vamos todos juntos?- Ele perguntou e assentimos em seguida, começamos a andar para dentro daquela enorme escuridão.

Continuamos andando em silencio, o chão embaixo dos meus pés era maleável. Dava para perceber quando eu andava sobre ele com a sapatilha fina que estava usando.

-Essa é a hora que uma menina aparece montada em um cavalo e guia a gente até a morte?- O Christian perguntou e de repente ouvimos um tipo de rugido vindo de cima.

Todos nós nos abaixamos e eu senti algo passar a centímetros de nossas cabeças, de repente o chão que antes era maleavel agora se tornou pedra, eu conseguia sentir já que estava com as mãos apoiadas no chão.

A escuridão começou a dar lugar a uma pequena claridade, estávamos em um tipo de corredor largo, me virei para frente e pude ver a menina. Ela realmente estava montada, mas não em um cavalo.

-Ai meu deus- A Jhenna falou se referindo ao enorme dragão azul que estava na nossa frente.

A menina desceu das costas do dragão, ela tinha enormes cabelos loiros presos em uma trança, era bem alta tambem, estava vestida com um vestido medieval de couro, ela caminhou até nós e balançou a cabeça em direção ao dragão.

-Vamos?- Ela perguntou, sua voz era meio rouca, o seu rosto era extremamente bonito.

Olhamos um para o rosto do outro e seguimos ela até o dragão.

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Amooooooores, não esqueçam de lhar meu outro livrinho <3.

All the love.

Os quatro contos proibidos (segundo conto)Onde histórias criam vida. Descubra agora