Sixteen

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Christian On.

Vou tentar explicar a vocês o que aconteceu comigo, nao quer dizer que eu vá conseguir.

Eu nao morri, eu só... Não estou vivo, é difícil de explicar.

Quando aquela lança acertou o meu peito eu nao senti dor nem nada do tipo, foi como se estivessem tirado um aparelho eletrônico da tomada, eu parei de funcionar, mas logo me colocaram na tomada novamente, eu nao estava mais lá, eu não estava mais com a Kathe ou com o pessoal, demorei para entender onde eu estava, até que eu percebi que onde eu estava nao tinha definição.

É como um mundo parelelo dentro do mundo real, eu estou la, estou vendo tudo, estou participando de tudo, as pessoas só nao conseguem me ver, porque eu nao quero que elas me vejam.

Eu posso ir e vir de qualquer mundo ou para qualquer lugar só com a força de meus pensamentos, posso mover coisas ou pessoas, posso aparecer ou sumir, posso entrar nos pensamentos delas, posso os escutar, posso escutar suas vozes mesmo sem estar perto só em querer.

Posso ver presente, passado e futuro, posso ver as consequências dos atos, posso ver a destruição dentro do mundo.

O tempo aqui passa mais devagar, nao é como se as noites passassem ou se os meses se fossem, nao me cresce barba, nao me muda a voz, como se o mundo estivesse me conservando.

Não me sinto cansado desde que apareci para a Kathe.

Vou explicar isso a vocês.

No dia do acidente dela, eu estava la, eu nao pude impedir que ela batesse mas nao podia deixar que ela morresse, ela nao beteu contra o volante, se isso tivesse acontecido suas costelas teriam quebrado e pela batida teriam furado seus órgãos, eu a segurei antes que ela batesse no volante, mas sua cabeça foi jogada para tras em uma força enorme, quando os paramédicos chegaram eu a deitei no volante e desapareci.

Quando um de nós morre, aparecemos aqui, nesse mundo paralelo, naquele dia em que ela estava no hospital entre a vida e a morte, eu dui engolido novamente para o mundo branco onde surgi, a forma de seu corpo começou a aparecer e eu me desesperei.

Isso queria dizer que ela estava morrendo.

Eu tentei a acordar de todas as formas antes que seu corpo aparecesse por completo e consegui, mas ela se preocupoud demais em me pedir desculpas e isso estava nos deixando sem tempo, então eu consegui a convencer de que teria que fazer o que eu pedisse.

Depois que ela acordou la no hospital seu corpo desapareceu daqui e eu me transportei para la de novo.

Ela olhava o Nathan e as coisas em volta como se fosse tudo novo, seu corpo estava fraco então ela acabou a dormir novamente.

Depois disso faço de tudo para nao aparecer, para que ela possa me esquecer e seguir sua vida, eu nunca vou poder voltar a ser uma pessoa normal.

Nao faço parte do destino e ele faz questão de me jogar na cara todos os dias.

Mesmo que o tempo passe, mesmo que as coisas mudem, mesmo com tudo o que acontece, sentimentos são algo que não desaparecem.

E os meus pela Kathe são a unica coisa que ainda me deixa vivo.

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Olhem o spin off, se encontra no meu perfil.

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Os quatro contos proibidos (segundo conto)Onde histórias criam vida. Descubra agora