forty two

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Ketherine On.

Minha cabeça estava a mil, eu não conseguia pensar em nada, tinha um lugar no castelo que eu sempre ia quando precisava pensar, a biblioteca. Ninguém ia muito lá, meu pai quase não lembra da existência dela no castelo. Subi as escadas que levavam a torre que ela ficava, abri a porta enorme de madeira com muita dificuldade, as fechaduras estavam enferrujadas. 

Tudo ali me agradava, as grandes janelas de vidro, os bancos acolchoados em um vermelho sangue, os livros arrumados em ordem alfabética nas enormes prateleiras de madeira, a iluminação fraca e as mesas com pequenos castiçais de ferro.

Caminhei até as janelas e puxei as pesadas cortinas vermelhas, a vista lá de cima era linda, dava para ver todo o reino e se duvidar dava para ver uma das torres do reino vizinho. Abri um pouco uma das janelas e fechei os olhos quando o vento fraco passou pelo meu rosto.

Suspirei e me sentei em um dos bancos, esse lugar realmente me fazia bem, mas eu nunca tive algo memorável aqui. Comecei a olhar para o teto e tive ideias de lugares onde eu deveria ir.

Desci as escadas até o lugar onde perdi minha mãe, as escadas do calabouço. Pode não parecer algo bom, mas foi o que mais me marcou emocionalmente. Quando se é vampiro, ouvir os gritos dos presos é opcional, então eu desliguei essa parte antes de descer. Mas a antiga eu... Ah ela gostava de ouvir os gritos, porque os que nos servem de alimento sao os que cometem crimes contra o reino, ela chamava isso de justiça, então adorava os ouvir padecer. Mas já eu não consigo bem, então desligo isso.

Voltar naquele lugar fez com que eu me lembrasse da minha mãe dando a vida dela no lugar da minha. Suspirei e me sentei nas escadas, comecei a passar as mãos nas paredes em busca de que alguma coisa diferente acontecesse. Até que apertei um bloco que estava um pouco para fora da construção, ele fez um barulho estranho e um brilho forte começou a sair de lá. O bloco foi se afastando da parede até cair no chão. Olhei para dentro do buraco que o mesmo deixou na parede e vi uma caixinha de ouro, sorri fraco e a puxei para fora com cuidado. Abri a mesma e o medalhão estava lá, com o dragão mais lindo que eu já havia visto, ele havia se separado das poções de fauno, que era o único outro colar que estava lá, os outros não vieram.

Junto com os dois colares a carta do Chris estava enrolada em uma fitinha, sorri de lado e ouvi alguém descendo as escadas. Não pode ser.

-Ora ora ora, alguém encontrou o que eu estava procurando- Hildegarth falou sorrindo e encostou na parede, senti meu coração se apertar e me levantei fechando a caixa em seguida.

-Como você entrou aqui?- Perguntei respirando fundo.

-Seu namorado não foi o único que conseguiu passar quando a barreira ficou frágil, meu amor- Ele falou e eu balancei a cabeça.

-Como você sabia pra onde estávamos indo?- Perguntei descendo mais um degrau da escada.

-Acham mesmo que eu não estava seguindo vocês?- Ele falou e gargalhou- Além do que vocês não são nada discretos, Romenia? Castelo de Bran? Eu teria que ser um idiota para não entender isso- Ele falou e desceu um degrau.

-Suponho que acha que tirará a caixa de minhas mãos- Falei rindo.

-Não... Eu não quero a caixa, só o medalhão, pode ficar com a caixa pra você- Ele falou com uma voz calma.

-Receio que terá que tentar a sorte- Falei e sorri.

-Certeza? Os seus amigos não estão aqui para te ajudar- Ele falou e eu dei de ombros.

-Não, mas eu sei que para vir você precisou se transformar em vampiro também, então... Você ousaria mexer com um vampira original?- Perguntei e ele suspirou.

-Sei que é mais difícil matar você, baby. Mas ainda sim estou disposto a tentar- Ele falou e eu ri fraco.

Em seguida ele usou a sua super velocidade para tentar me atacar, mas eu também usei a minha e desviei colocando um braço na sua frente o derrubando no chão, ele se levantou, eu estava em desvantagem por ainda estar segurando a caixa com um dos braços. Ele tentou me atacar novamente usando a super velocidade, mas eu desviei e desci as escadas até o calabouço.

-Correndo da briga?- Ele perguntou chegando lá.

-Abrindo espaço- Falei correndo até um barril cheio de estacas de madeira, joguei uma na direção do Hildegarth que desviou.

Ele veio em minha direção e num movimento rápido me derrubou, eu não soltei a caixa, rolei no chão e me levantei indo até ele que ainda estava se levantando, o chutei usando a super força o que o fez parar dentro de uma cela vazia, corri e fechei o portão da mesma, mesmo sabendo que em segundos ele o abriria. Corri até as escadas e empurrei a caixinha no buraco da parede novamente, coloquei o bloco no lugar e um brilho voltou a se formar quando ele fechou.

O Hildegarth apareceu segundos depois e me empurrou para longe, tentou puxar e empurrar o bloco enquanto eu me levantava rindo.

-Só eu posso tirar ele dai- Falei e ele virou para mim mostrando as presas.

-Tire ou eu sugo cada gota do seu sangue- Ele falou e eu ouvi passos atrás de mim.

-Vai fazer o que?- O Scott perguntou aparecendo junto com a Elisa.

-Ela não vai ter vocês para sempre- O Hildegarth falou e usou a super velocidade para sumir.

O Christian caminhou até mim e me abraçou, eu retribui o abraço e ele beijou a minha testa sussurrando palavras como "eu estou aqui" e "vai ficar tudo bem", a Kalaya que estava no topo da escada soltou um longo suspiro e saiu andando.

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HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELLO GUYS

COMO PASSARAM DE NATAL E ANO NOVO? ESPERO QUE BEM HEIN.

Tava com saudades de postar, é que eu decidi dar férias de tudo por um tempinho, espero que não tenham se sentido abandonados, eu sempre ou estar aqui, não vou desistir do livro.

Amo vocês, ta bom?

Eu fiz uma fanfic nova também, ta lá no meu perfil, o nome é "neverland", ela não tem muito a ver com essa aqui mas tenho certeza que vocês vão gostar, eu também ficaria agradecida se vocês dessem uma olhadinha, ela ta significando muito pra mim.

All the love, duda.



Os quatro contos proibidos (segundo conto)Onde histórias criam vida. Descubra agora