25- Let the game begin PART 2.

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Me levantei rapidamente da cadeira que estava sentada e fiquei parada em pé, olhando diretamente para a mulher que aos poucos ia se aproximando. Regina levou sua destra para tocar minha bochecha e eu impulsivamente fechei os meus olhos ao ser invadida por uma sensação inexplicável de nostalgia. Eu reconheceria Regina em qualquer vida se pudesse sentir o seu toque. O ambiente estava pouco iluminado, apenas o colorido das luzes da festa se faziam presentes no cômodo através das janelas de vidro. Só enxerguei o rosto de Regina com clareza quando ela estava próxima o suficiente ao ponto de eu sentir sua respiração quente contra meus lábios. Embora eu não quisesse admitir, e não faria, estava completamente entregue para ela fazer o que quisesse comigo. Só não entendia o motivo para se comportar daquela maneira.

— Por que você está fazendo isso, Regina? — Uma lágrima intrusa desceu pelo canto dos meus olhos, enquanto seus lábios estavam se arrastando em minha bochecha quente.
— Eu sinto a sua falta.
— Você faz com que eu me sinta uma pessoa sem amor próprio quando me coloca nessa caixa que não me cabe e espera que eu fique quietinha ali.
— Você não precisa ficar. — Ela também chorou.
— Mas eu não quero ir.
Seus olhos marejados encontraram os meus e eu reconheci a mulher que eu amava compartilhando do mesmo luto que eu através daqueles olhos de escuridão.

Regina finalmente me beijou. Era o mesmo gosto do beijo do tempo que partilhávamos do mesmo amor. Era doce e amargo. Era pecaminoso e desejável. Era o que eu precisava para me curar das feridas que ela mesma tinha me causado.

A morena me pegou no colo e sem errar nenhum passo, empurrou todas as cartas no chão e me sentou na mesa, seus lábios continuavam a contornar os meus e depois migraram para meu pescoço, enquanto suas mãos apertavam com força a minha cintura e eu tentava abafar os gemidos por conta disso. Aos poucos foi descendo as alças do vestido que eu tinha no corpo e assim teve acesso aos meus seios despidos, começou a chupar e morder meus mamilos, intercalando-os. Minhas mãos se apoiavam na mesa e minha cabeça involuntariamente se deitou para trás, enquanto ela descia aos poucos, seguindo uma trilha em minha barriga e levando com isso todo tecido que antes cobria meu corpo. Naquele momento minha respiração estava fora do que podemos considerar como normal. Regina agora estava de joelhos em minha frente e ficava linda ali, abriu minhas pernas e desceu minha calcinha lentamente. Suas mãos apertavam minhas coxas, ela depositou uma mordida extremamente forte na parte interna da mesma e me fez escapar um grito, não tive tempo de fazer nenhum protesto, logo ela já estava deslizando sua língua em toda a extensão de minha intimidade e eu por instinto, levei minhas mãos em seus cabelos a incentivando a continuar, levou dois de seus dedos a me penetrar, enquanto seus lábios ainda me chupavam, o que descontrolava o tom dos meus gemidos. Cheguei perto de alcançar o meu ápice quando ela parou o que estava fazendo e voltou a me beijar.

— Pede por mais de mim. — Regina sempre exigia algo nessas horas, adorava me ver desejar ela dentro de mim a qualquer custo. Sempre no controle. A minha intimidade latejava, eu precisava dela e ela sabia. Eu sabia. — Pode fazer isso?
–Por favor, Regina, me tire de órbita.– Sussurrei como um gemido prolongado em seu ouvido e ela sorriu, eu pude sentir e logo ela voltou sua língua para dentro de mim e se deliciou da forma mais gostosa possível. Alcancei meu orgasmo sem que ela se esforçasse tanto e ela finalizou distribuindo pequenos beijos em minha coxas. Então se levantou novamente e me abraçou com força, selando nossos lábios no beijo mais apaixonante que, por baixo de toda aquela bebida e jogo de poder, ainda se amavam de verdade. Mas amar não significava pertencer. Então se aquela era a única noite que poderíamos ficar juntas sem nenhum remorso e sem culpa, eu a queria da mesma forma. Foi quando inverti as posições e a sentei na mesa, tirei sua roupa, peça por peça, deixando-a complemente nua. Deslizei minhas mãos por cada parte do seu corpo descoberto, sentindo o que meus olhos desejava ver com nitidez se não fosse pela escuridão do lugar. Pressiono ambas de minhas mãos em suas costas, apertando nossos corpos nus um contra o outro, nossos lábios se contornavam, caminhei minhas mãos pela lateral de seu corpo até passar para entre suas pernas e sem pressa alguma finalmente pude tocá-la. Usei as pontas dos dedos em sua intimidade e podia sentir sua língua estalar dentre o beijo, seus olhos se fechavam aos poucos, segurei suas costas com uma das mãos e desci meus lábios a depositar fortes chupões em seu pescoço, penetrei três de meus dedos em seu sexo de uma só vez, mantinha os mesmos em movimentos calmos que apenas aumentavam conforme seus gemidos ficavam mais altos. E ficavam. Meus chupões se intercalavam com os ombros e os seios, sem dúvidas deixaria marcas. As estocadas ficavam cada vez mais fortes, até que ela alcançou seu clímax e meu nome foi citado em um gemido alto e longo. Retirei meus dedos da região úmida e quente e os chupei, fazendo o mesmo em sua intimidade. Regina deitou sua cabeça em meu ombro e ficamos ali abraças por um bom tempo até que decidirmos sair antes que alguém notasse nossa ausência.
Pouco antes de deixarmos a sala, Regina me abraçou forte e me beijou pela última vez naquela noite, aproximou seus lábios do meu ouvido e sussurrou.
–Eu amo você, Swan.

Eu não sabia qual rumo minha relação com Regina tomaria depois daquele evento, mas estar com ela me fez perceber que tinha algo muito maior por trás daquele casamento. Eu seria fria o suficiente para respeitar que aquela era só mais uma noite qualquer se ela quisesse tratar de tal maneira, mas definitivamente eu sabia que não era só mais uma.

Quando finalmente colocamos os pés para fora da sala, senti meu corpo se chocar com o de outra pessoa. Era Ruby, em seu maior nível de alegria, nos olhando com aquela cara de quem sabia exatamente o que tinha acabado de acontecer. Ao seu lado estava Pamela, agarrada ao braço da anfitriã.

— Ah, vocês sabem mesmo aproveitar a vida. — Ela deu um leve tapa no ombro de Regina e riu orgulhosa.  — Escuta. Eu já sei como vou fazer isso.
— Fazer o quê?
— Eu já sei como juntar esse casal outra vez.
— Do que ela está falando? — Estreitei as sobrancelhas.
— Presta atenção, Regina. Sabe o que deixaria Cora Mills furiosa? Um homem não pertencente à família que ousasse estragar o casamento que ela se dedicou tanto para organizar, levando a fazer o título da Clean Magazine do mês ser sobre a traição do marido no dia do casamento. — Enfatizou seu plano com empolgação.
— Ruby... Isso é perfeito!
— Não é?
— Mas como vamos fazer Robin se comprometer? Ele gosta de manter a reputação, assim como Cora.
— Agora que entra a minha parte. — Disse Pamela.
— Me fala, o que um homem com a masculinidade frágil que foi recentemente atacado não faria para tentar sair por cima, se por acaso uma mulher bonita demonstrasse interesse? Pior, e se a mulher bonita fosse ninguém mais e ninguém menos do que a namorada da primeira amante da sua esposa?
— Belle?
— Exato!
— Pamela, você está bem? — Perguntei com tom de preocupação e a ruiva gargalhou, me ignorando.
— Você sabe que não existe ninguém no mundo que eu carrego mais raiva do que Robin. Vai ser incrível quando Cora Mills sumir com ele do mapa depois que ele causar esse alvoroço no evento mais importante do ano para ela. — Completou Pamela.
— Você acha que Belle concordaria?
— Ela já concordou.
— Eu juro que não aguento vocês. — Regina se lançou para os braços das amigas e deram um abraço em trio. Depois ela voltou a sua atenção para mim e me olhou com um sorriso imenso de ponta a ponta.
— Regina, eu não estou entendendo nada.
— Em breve você vai entender. Vai dar tudo certo, meu amor. — Ela segurou meu rosto com ambas as mãos e beijou meus lábios sem pressa.

Algo grande estava para acontecer e eu teria que esperar para saber.

M̶Y̶ ̶M̶Y̶̶S̶T̶E̶R̶Y̶̶.Onde histórias criam vida. Descubra agora