Capítulo especial - 19.5

6.9K 659 234
                                    


Notas iniciais:

Esse especial se passa entre os capítulos 19 e 20, e é meu presente a vocês pelos 4000 votos. Foram mais de 2 mil votos em apenas 2 semanas, é sério isso?? <3 <3 Vocês são incríveis.

Espero que gostem :)

P.S.: Este capítulo não avança a história, é uma leitura totalmente opcional.


****


Desde que conversamos na loja do senhor Jones, uma frase do Dylan não me saía da mente.

Tenho dezenove. Fiz aniversário, enquanto estávamos separados.

Eu não precisaria trabalhar no feriado, então convidei Dylan para passar o dia comigo. Pela primeira vez cheguei antes dele nas pedras negras, o que era ótimo. Morreria de timidez se ele me avistasse carregando aquelas coisas.

Talvez fosse uma ideia estúpida, até porque eu nem sabia a data do aniversário, exatamente, mas eu não queria o aniversário do Dylan passando em branco.

Bem, quando ele chegasse eu descobriria se perdi meu tempo ou não.

O sol ardia no alto do céu, me forçando a usar um boné. Aquele camisetão preto escondia a barriga, mas também era como um forno. Eu não queria encontrar o Dylan todo molhado de suor.

Cansado de assar naquele calorão, eu mergulhei na água, de roupa mesmo. Agarrado às pedras deixei que as ondas me refrescassem, tão geladinhas e gostosas que invejei o Dylan, por conseguir passar horas no mar.

Já refrescado, eu forcei os braços na tentativa de voltar ao seco, mas logo escorreguei e caí no fundo das ondas.

Ai, droga. Aquele barrigão pesado atrapalhava meus movimentos. Eu tentei subir de novo, e não demorei a perceber que estava preso.

Eu murchei os lábios, me sentindo uma baleia encalhada, só que ao contrário. Para piorar, algo engatou no meu pé e me puxou para baixo.

Dando gritos, eu debati as pernas, assustado. Que era aquilo? Havia uma coisa grande e verde dentro d'água.

Quando eu já considerava berrar por socorro, a coisa soltou meu pé e emergiu. Era Dylan, que agora ria de se matar.

"Meu querido predestinado. Que raro nos encontrarmos assim." Ele disse, já aproximando os lábios.

Eu bloqueei aquela cara safada com a minha mão, indignado.

"Assim, como? Assim, me matando do coração? Estou grávido, Dylan, não me cause um ataque cardíaco."

Dylan ria, lutando contra as minhas mãos sem desistir de grudar o corpo ao meu.

"Desculpa, desculpa. Foi tão difícil resistir." Ele enfim escapou do meu bloqueio e me prensou contra os rochedos, acariciando meu queixo até que eu erguesse o rosto. "Meu predestinado é tão gostoso quando está nadando."

Nadando? Se Dylan quisesse chamar aquelas escorregadas patéticas de 'nadando', eu não iria reclamar.

Além do mais, eu só resistia ao seu calor de macho até certo ponto, e agora mesmo sob a água fria, meu corpo já esquentava. Meu mastro parecia treinado a reagir na presença do Dylan, embrasado pelos meus hormônios enlouquecidos.

Acho que Dylan percebeu, porque a tenda da minha bermuda espetou contra suas escamas.

Eu enfim soltei-me das pedras e cedi à proximidade, abraçando e beijando os lábios daquele tritão gostoso.

O Amante Do Tritão (AMOSTRA)Onde histórias criam vida. Descubra agora