Eu te amo

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Ao chegarem ao hotel, Ana ficou maravilhada com a delicadeza do lugar. Parecia retirado de um filme de romance. Subiram para o quarto apenas para deixarem a bagagem e desceram para jantar na orla.

Felizmente, tinham escolhido servir um brunch no casamento e Filomena lhes fizera uma reserva para comerem sossegados no aeroporto. Com o atraso do voo e a demora em chegarem ao hotel, já era noite e estariam ainda mais famintos sem a comida de Filó.

A pedido de André, os funcionários do hotel organizaram uma mesa na beira da praia. Ana se sentiu mimada e acolhida. O cheiro do mar, a brisa que soprava bem leve, tornavam o lugar mágico.

Jantaram pratos típicos da região. André sabia que Ana estava nervosa e ansiosa, por isso insistiu para que ela provasse do vinho branco que acompanhava um dos peixes. Aquilo a deixaria mais leve.

Conversaram, sorriram e deixaram os dedos se tocarem em todos os momentos. Após a refeição, caminharam pela praia.

_ Obrigada por me fazer tão feliz, André! _ falou Ana parando em um determinando ponto.

André não soube lhe responder e a puxou pela cintura, colando os corpos um no outro. Mergulhou no azul esverdeado dos olhos dela e se deixou perder. Os lábios estavam a sua disposição e ele não os deixou esperar, capturando-os em um beijo intenso e profundo.

Ana permitiu que André explorasse cada canto de sua boca e ousou fazer o mesmo com ele. O corpo dele junto ao seu lhe causava um misto de medo e ansiedade. Todo seu corpo respondia ao toque dos dedos de seu marido.

Afastaram-se ofegantes, mas sem se desgrudarem.

_ Vamos voltar para o hotel? _ sussurrou André com a voz rouca.

Ana não se sentiu segura para responder e apenas acenou com a cabeça. André a puxou pela mão e correram pela areia rindo felizes.

Ao chegarem ao hotel o silêncio pesou entre eles. Ana se sentia tímida toda vez que olhava para a imensa cama de casal. André, percebendo seu constrangimento anunciou que iria para o banho. Freou a vontade de convidá-la para ir junto. Aninha não era como as mulheres com quem já tinha saído.

Ana viu a porta do banheiro se fechar e respirou aliviada e ansiosa. Sua mente estava um turbilhão, questionou-se sobre ter se casado tão rápido.

Pegou as roupas que vestiria para dormir e sentou-se na cama esperando Andre terminar. Antes do que podia imaginar a porta se abriu e André saiu do banho.

Naquele instante Ana esqueceu como respirar. André tinha apenas uma toalha amarrada na cintura. O peito nu não deixava mais nada a imaginação. Os músculos se desdobravam em inúmeras camadas. Os ombros largos eram convidativos. Ana soltou a respiração e suspirou com os olhos vidrados na beleza de seu marido

_ Gostou? _ perguntou André com malícia, tocando calmamente o peito nu.

Ana não achou a voz para responder. Seus olhos continuavam fixos naquele corpo que não parecia real. Subiu os olhos e encontrou o sorriso nos lábios de André. Ela estava fazendo papel de boba.

_ Eu... eu... banho _ murmurou muito vermelha e passou quase correndo para o banheiro.

Ana deixou a água escorrer por seu corpo sensível. Ela se sentia febril. Respirou fundo várias vezes para se acalmar. Quando acreditou que já estava mais controlada  encerrou o banho.

Enquanto se enxugava olhou para a camisola pendurada. Agradeceu mentalmente a Filomena que praticamente a obrigara a comprar um roupa para sua noite de núpcias. Se dependesse dela, teria levado o pijama do Darth Vader.

As voltas do coração [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora