Acordei com meu despertador do celular fazendo a algazarra de sempre, odiava ter que ir para a escola e ainda mais acordar cedo.
Passei as mãos pelo rosto e ao sentir elas macias me lembrei do ocorrido no dia anterior.
Olhei para mim mesma, não havia machucados ou ataduras em qualquer lugar e não pude evitar rir.
Me joguei na cama de costas. Eu estava livre! Devia ter apenas comido alguma coisa que me fez ter alucinações e pesadelos.
Mas agora não tinha nada de errado!
Pulei da cama de bom humor, coloquei minhas lentes de contado e me arrumei para a escola o mais rápido possível, determinada a correr para a normalidade da minha vida novamente.
Desci a escadas de dois em dois degraus e tudo para a minha esperança morrer na praia.
Na cozinha.
No mesmo lugar.
A mesma porcaria de cena com o mesmo príncipe encantado cozinhando.
— Bom dia — ele me cumprimentou sem se virar — quer que eu ligue para o hospício ou prepare uma corda? — ele me olhou ironicamente por cima dos ombros.
Cai de joelhos, estupefata.
Deus. Porque me abandonaste?
— O que foi? — ele me olhou no chão — não gosta de ovos? Você pareceu gosta ontem.
— O que você ainda está fazendo aqui? — olhei para ele me levantando rapidamente — eu já disse para ir embora — meu bom humor tinha se apagado como se tivessem jogado agua — escute... Se você tiver tentando se aproveitar de mim de algum jeito... Eu vou chamar a polícia! Nós somos só uma família mediana! Não temos dinheiro pra roubar! Ou para empregar alguém! Eu mal recebo uma mesada para sobreviver!
— Eu disse que não podia se livrar de mim — ele disse com ironia.
— E então? Pretende fazer o que? — eu não conseguia fazer mais nada, já estava começando a aceitar a situação.
Porque eu estava aceitando aquela droga de situação?
— Já disse — ele suspirou — mas vou começar tomando conta de você... Se eu não fizer isso, parece que você logo vai se matar sozinha... — olhei para trás dele e na lata de lixo todas as minhas preciosas lasanhas e massas congeladas que eram minha comida do dia a dia tinham descongelado.
— Ah! — quase gritei — o que você fez? — corri para a lixeira, mas todas já tinham estragado — seu monstro! Você matou elas!
Ele revirou os olhos.
— Eu vou cozinhar, então pare de drama — ele me passou o prato com ovos e me enxotou para a mesa — você devia comer algo além dessas porcarias, para a sua sorte eu sei cozinhar.
— Que tipo de demônio mal, cozinha para uma moça? — ironizei e olhei o resto da cozinha, tudo estava limpo e brilhando como novo — que tipo de coisa e você? Um tipo de maníaco por limpeza?
Ele revirou os olhos e me ignorou.
—E? — ser ignorada por ele só me fazia sentir uma bully sem causa — vai pelo menos me falar seu nome? Preciso fazer uma casinha de cachorro?
— Eu não tenho nome — ele disse simplesmente e se sentou em minha frente desajeitadamente e de má vontade— em geral as bruxas dão nome que quiserem aos seus servos.
— Isso quer dizer que eu vou ter que te dar nome? Você não acha que esta grande o suficiente para decidir sozinho? — ele me olhou irritado — que droga. Você por acaso só tem essa cara de irritado com olhar superior?
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Guerras dos Magos Mestiços I - Passado
FantasyElizabeth Bliss era uma garota ordinária... Até ter uma forte febre e descobrir que não era apenas uma garota normal, mas sim uma maga mestiça! Após libertar um lobo meio homem, que agora diz ser seu servo, ela é arrastada para uma guerra centenária...