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Nós saímos a tarde em direção a minha casa.

Sasha abriu um grande túnel por onde eu Eliot e Ciel passamos, aparentemente agora sempre estaríamos juntos e eu não sabia se isso era uma coisa boa ou não.

O túnel aberto não era feito de terra escavada como eu achei que seria, mas na verdade era feito por raízes nodosas que faziam tanto o chão como o teto de forma relativamente plana, mas era como se estivessem em um filme de terror. Era estranho... Pois apesar de não termos iluminação as raízes pareciam nítidas como se delas viesse uma fraca luminescência.

Não sei o quão longo foi o caminho, pareciam que estávamos caminhando a horas quando finalmente deixamos a estrada reta para uma inclinação quase vertical que parecia mais uma escada saindo de um buraco no meio da minha garagem.

Fui puxada para cima e me deparei com a garagem de sempre, a bagunça de sempre e a tranquilidade também. Corri para a porta que ligava a garagem a cozinha e entrei.

Tudo estava exatamente onde deveria estar, como se ninguém ou qualquer coisa tivesse entrado ali. Fui cautelosamente até o hall de entrada, mas nada estava errado.

A casa era de um silencio sepulcral.

Eu estava convencida de que nada estava errado e subi as escadas até meu quarto correndo, no corredor havia um vaso quebrado, mas após alguns segundos encarando-o achei melhor deixar para lá pensando em quantas coisas eu quebrava por pura distração e não lembrava depois. Talvez tivesse sido Ciel que tivesse esbarrado. Minha prioridade ali era pegar minhas coisas e cair fora.

— Tem malas em cima do guarda roupa — instrui Ciel e Eliot — acho melhor vocês pegarem as roupas que meu pai deixou pra vocês até conseguirmos novas — me virei para Ciel e comecei a trabalhar rapidamente pegando minhas coisas freneticamente. Eu estava começando a me adaptar em ser uma fugitiva — Ciel você que conhece a casa melhor mostre para Eliot onde estão as coisas do meu pai — no tempo que tinha ficado ali dentro provavelmente tinha explorado a casa — não sei se tem mais alguma coisa que você quer levar então...

— Vamos berserker — chamou Ciel e saiu rapidamente com Eliot porta afora.

Peguei uma das malas e comecei a escancarar os guarda-roupas para escolher o que ia levar, não sei dizer se era sorte ou azar, mas eu não tinha tantas roupas assim. A maioria eram camisetas de algodão já mais antigas que eu adorava por serem muito confortáveis, Kate sempre me recriminava por não ter tantas camisetas bonitas para sair com ela, minha amiga era do tipo que sempre tinha roupas novas para sair e sempre que saia comprava mais.

As lembranças me fizeram parar e trouxeram lagrimas aos olhos, talvez eu nunca mais visse Kate... Ela tinha sido a minha melhor amiga desde a infância, sempre ao meu lado. Nossos pais eram amigos e assim nos conhecemos e apesar de sermos muito diferentes sempre conseguimos nos dar bem juntas.

Soquei todas as minhas roupas na mala e quando começava a mexer nas gavetas os garotos voltaram com uma mala grande cheia de coisas.

— Já pegaram tudo? — perguntei passando as mãos no rosto para afastar quaisquer vestígios de lagrimas, de certa forma me dava curiosidade tudo aquilo que tinham pego — já estou terminando aqui.

— Minha dama você está... — Eliot começou a falar, mas foi interrompido por Ciel.

— Ah! Hora da inspeção de lingeries? — Ciel disse alto com certa malicia, cortando o que Eliot diria.

Não sabia se ficava irritada com a provocação ou feliz em mudar de assunto, mas simplesmente peguei tudo o que pude de roupas intimas no braço e joguei na mala tentando esconde-las com meu corpo

Guerras dos Magos Mestiços I - PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora