#desligueascameras
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Park Jimin estava habitualmente com um humor fúnebre e duvidoso, como se tivesse acabado de participar de algum velório de stand up. Gostaria de aproveitar o auge dos seus vinte e três anos com algo estupidamente revigorante, como se fosse um adolescente que não sabe nada da vida (não que ele soubesse muito também). Mas, ali estava ele, com a fuça enfiada nos livros, se questionando o porquê a vida era tão tediosa e cruel com um estudante do ensino universitário.
Não que a universidade fosse tão ruim assim (era ruim), Jimin tinha uma estrutura universitária impecável, estava em uma das melhores universidades, sempre se destacando com seus trabalhos acadêmicos e recebendo propostas quase irrecusáveis de cargos altamente importantes. Mas quando se tratava de ser o melhor, Jimin já sabia que seria, e, isso não lhe dava aquele fogo da paixão pelas coisas da vida, porque querendo ou não, ele sempre ganhava.
Virou-se na cama, rolando até se distanciar das tediosas palavras impressas em papel pólen, e tratou de ajeitar o fone nos ouvidos. - Ah, o que eu faço Taehyung? Minha vida sexual está mais parada que tartaruga fazendo Moonwalker em câmera lenta. - murmurou, ouvindo Taehyung rir da sua cara sem o menor pudor.
Era um comentário um tanto fútil, mas verdadeiro. Sexo não era o forte de Jimin, por isso o garoto era conhecido como o "gay virjão" da faculdade. Apesar dos hormônios à flor da pele, sempre havia inseguranças que barravam o garoto de conseguir a tão sonhada experiência do contato físico, excitante, e que o faria subir pelas paredes (eu conto ou vocês contam?). A verdade é que o apelido infantil não o incomodava tanto quanto ele demonstrava, e sim a vida sexual e social extremamente ativa de seu ex, Min Yoongi.
Abrindo espaço para o tópico sensível citado anteriormente, que andava sob um par de pernas lentamente irritantes: Este era o responsável por muitas inseguranças e bloqueios que impediam Jimin de viver a vida adoidado, esfregando o corpo em algum homem sarado numa noite qualquer. Alimentaram um relacionamento infantil e abusivo, e, mesmo depois de tudo, Yoongi ainda era conhecido como "fodedor profissional" em qualquer milímetro de construção daquela faculdade. Só se for de psicológicos!
Park olhava essa situação de fora, se sentindo estranho. Não, não era ciúmes (Taehyung o mataria se fosse), era mais, birra, por achar tudo tão injusto. Ele não se sentia o mínimo atraente, bonito, ou merecedor de qualquer afeto (tirando o que vinha de seu pai). Quando o assunto era relacionamentos, Jimin se sentia pequeno demais para qualquer coisa. E era justamente o ponto com o qual tentava discutir uma solução com seu melhor amigo no telefone (que ria da sua cara).
- Olha, eu conheço um amigo... - Taehyung olhava o celular, procurando em sua quase infinita lista de números de telefone, um que fosse agradar Jimin.
- Não, não aceito ménage. Nem vem. - revirou os olhos, se questionando porquê ligou para o maior tarado de Los Angeles.
Taehyung apenas riu no telefone, mas, da própria falta de sorte. Tinha tanta intimidade com Jimin, mas, nunca ousaram ter nenhum tipo de relação sexual (devido ao passado traumático do garoto), afinal Taehyung o acompanha desde o início da jornada do seu primeiro namoradinho no ensino fundamental (que foi um desastre).
Já Jimin vivia tentando trancar seus traumas no fundo do poço. Não queria - de modo algum - revivê-los; era doloroso só de lembrar. Lembrar quanta babaquice e estupidez envolvia seu passado. E, cá entre nós, Jimin nunca foi esquecido, não com a vida que vivia (sendo podre de rico, mas extremamente humilde). Era sempre comentado por entre as meninas e meninos da maioria da faculdade, seja pela sua aparência e físico invejável, ou pelas suas notas nas matérias.
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GAROTO DA VITRINE • jikook
Fanfiction「CONCLUÍDA」🎬 Livro físico em breve! Park Jimin estava no auge de sua faculdade, iniciando uma carreira de sucesso na empresa de seu pai, o Grupo Hwalyeo. Apesar de sempre se manter focado em fazer o negócio da família movimentar gerações, acaba cai...