07 🎬 Troca de farpas (e beijos)

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Perdoem os erros e votem e comentem, ok?

A saída do hospital continuava sendo dolorosa e de partir o coração, como todas as vezes em que ocorrera. Jungkook mantinha-se de máscara, pois não queria expor suas lágrimas para quaisquer paparazzi naquele momento. Enquanto caminhava pelo estacionamento à procura de seu carro, todas as lembranças rondavam sua cabeça, dando-lhe ainda mais vontade de descarregar as lágrimas presas em um personagem falso. Jungkook não era forte como todos pensavam, Jungkook fazia eles acreditarem nisso, um personagem falso para um mundo falso, apenas.

Entrou no veículo assim que o encontrou, e deitou a cabeça no volante, chorando ainda mais a ponto de soluçar. Não via a hora de tudo isso acabar, não via a hora de ser livre e feliz. Caíra numa armadilha torturante na esperança de um final feliz, mesmo sabendo que finais felizes não existem. Ainda sim, Jungkook iria lutar, não poderia desistir de uma guerra, por mais difícil que ela fosse. Enquanto suas lágrimas molhavam o volante, o alívio lhe tomava lentamente, ao se lembrar de Jimin, lembranças que também o preocupavam.

- Isso não deveria estar acontecendo. - sussurrou, irritado consigo mesmo.

Jeon tinha o pensamento de que se seu personagem fosse um pouco mais forte, talvez conseguisse evitar o que estava por vir. Mas a verdade é que não importa como agisse, pensasse ou se sentisse, seus pensamentos sempre correriam para Jimin, que havia ganhado um espaço muito maior do que pretendia, tornando-se como um porto seguro para o ator, que no momento estava desesperado para saber como isso aconteceu.

Era inegável o fato de estarem apaixonados, e esse era o fato que assustava Jeon. Se fosse em outra circunstância, outro momento, isso seria sua salvação. Mas agora, que estava envolvido nisso dessa forma, saberia que em algum momento seria destrutivo e doloroso, do mesmo modo que está sendo agora, no momento em que chora no volante. Jeon temia quebrar seu coração novamente, temia não sobreviver a isso.

Quando estamos em apuros, não notamos o quanto estamos vulneráveis para deixar que qualquer momento mais íntimo se torne importante para nós. Esses pequenos momentos preenchem temporariamente os buracos que a vida nos deixa pelo caminho, e infelizmente eles não são fortes o bastante para aguentar o tranco da luta diária, e logo desmoronam de novo, deixando o buraco maior. Mesmo de forma inconsciente nós sabemos disso, e por isso sentimos medo de tudo desmoronar, porque sabemos que vai desmoronar, e, quando isso acontecer, não estaremos preparados para nos reerguer, e choraremos de novo na frente do volante, antes de enxugar as lágrimas e colocar uma máscara bonita.

Após alguns longos minutos de choro, Jeon se recompôs lentamente, secou as lágrimas com as costas das mãos e rodou a chave na ignição, sentindo-se pronto para voltar ao escritório e encarar uma reunião decisiva, onde precisava fechar mais alguns vídeos e ganhar algum dinheiro. Deveria desligar os sentimentos e deixá-los no porta malas quando chegasse lá, e passou o caminho congestionado ouvindo uma playlist de rock com músicas aleatórias, tentando sentir a ira das letras preencher seu coração.

Da ira ao desespero, ninguém explica o universitário em época de entrega de atividades. Jimin revisava os slides pela milésima vez, após encontrar um erro de digitação ocasionado pelo seu colega de turma. Atividades em grupo eram uma tortura, e Park tentava fazer com que tudo ocorresse bem para todos, e isso fazia com que fosse o que mais trabalhava e se dedicava. Não estava nem aí se os demais colegas teriam notas boas às suas custas, o importante era que ele tivesse notas boas, pois era isso que constaria em seu histórico, além de um conhecimento muito importante para seu futuro trabalho como vice-presidente do Grupo Hwalyeo.

Após quinze minutos revisando slide por slide de forma frenética, Jimin pôde relaxar um pouco mais, mesmo depois que o professor havia entrado na sala. Todos arrumaram-se na cadeira, e cumprimentaram o mesmo, que sorriu e caminhou até sua mesa, sentando-se em seguida. Após se organizar, o professor começou a fazer uma breve chamada de alunos, e no final, perguntou se todos estavam prontos para a apresentação, rindo novamente das reações assustadas dos alunos. O professor então organizou o telão para que o primeiro grupo começasse. - Quem gostaria de ser o primeiro? - perguntou alegre.

GAROTO DA VITRINE • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora