GAROTO DA VITRINE • jikook

29 🎬 Veredito final (ou não)

⚠️ Atenção, contém cenas e falas que podem gerar gatilhos, cuidado!

Não façam julgamentos precipitados, leiam os avisos finais!

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Após a audiência ter sido adiada pelo Juiz John, voltar para a casa de veraneio havia se tornado um drama familiar extremamente intenso e carregado de mágoas. As ondas do mar perto daquela casa não eram a única coisa agitada por ali, e o sol veemente não era o que mais queimava entre eles.

Jeon Jungkook fez algo que jamais pensou que faria: contar a sua mãe todo o seu sofrimento, fazê-la ver e entender seus sacrifícios. Quando chegou em casa após a audiência, os olhos marejados da senhora Jeon encontraram os seus, e no colo da mãe, Jungkook chorou feito uma criança, como a muito tempo não fazia.

No dia seguinte, após a terapia e um dia inteiro de muitas revisões do caso, o ator finalmente conseguiu organizar seus pensamentos, e chamou a mãe para um passeio na praia. Sentado ao lado da cadeira de rodas que a senhora estava, Jungkook contou como tudo começou, tudo o que aconteceu, sem nenhum filtro, enquanto encarava a lua iluminar as ondas.

O coração da senhora Jeon se afundou por completo.

Odiaria admitir sentir-se culpada com aquilo, mas, jamais externaria o quanto sua vida e seu tratamento haviam custado para o filho. Tudo, havia custado tudo. E ela se sentia culpada, demais. Desde dar bola para o menino de sorriso amarelo na saída da escola, a casar e não ter coragem de internar o marido alcoólatra, com medo de sofrer agressões de novo, com medo de perder seu bebê.

Com medo de perder seu filho Jeon Jungkook.

Jimin olhava a cena da janela de casa, ansioso e inquieto. Sabia que a partir daquele momento as coisas começariam a ficar sentimentais demais, e talvez a Soojin não achasse mais uma boa ideia aquele "namoro moderno". O herdeiro sabia o quanto a mãe era importante para ele, sabia que estava em segundo lugar na lista de prioridades, e sabia que tudo aquilo poderia ser perdido depois de quase dois anos.

Até que Jungkook correu para a casa, com o rosto visivelmente vermelho, dizendo que a mãe gostaria de conversar consigo. O coração de Jimin quase saiu pela boca, mas ainda sim, seus pés foram de encontro a areia, até Soojin, que secava o rosto banhado em lágrimas. O que quer que fosse, precisava encarar de frente.

— Sabe Jimin, quando te vi pela primeira vez ao lado do meu filho, sabia que você era especial para ele. O modo como vocês se olhavam, sorriam, ficavam bobos com as minhas brincadeiras sobre namoro... — respirou fundo, recompondo-se. — Mas agora, quando olho para você... — parou, sentindo um soluço preso na garganta.

Park não poderia ter ficado mais nervoso naquele momento, e então engoliu em seco. Soojin era esperta em reconhecer sentimentos nas pessoas, e naquele momento, a senhora tentava regular as próprias emoções a flor da pele. O herdeiro podia ouvir o próprio coração palpitar, e Jungkook suava frio.

— Vejo que você realmente é especial. O começo de vocês foi conturbado, e agora neste momento tão importante de justiça, eu os vejo conectados. Não só nesse propósito do processo, mas conectados um com o outro. Eu jamais vou poder retribuir tudo o que vocês fizeram por mim, mas eu espero muito ver o final feliz de vocês dois. Vocês são o meu maior orgulho. — as lágrimas escorriam em cada palavra que a senhora falava, devagar e trêmula.

A emoção também tomou conta do herdeiro, que ali, sentia um enorme aperto no peito, uma onda intensa de sentimentos vindo à tona de uma só vez. Jimin não só estava ouvindo uma aprovação, Jimin estava ouvindo algo de uma mãe que nunca teve. E aquilo foi um alívio.