16 🎬 O plano perfeito

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A virada do ano foi fúnebre, completamente diferente do que Jimin poderia imaginar. Uma infinidade de bolos estava sob a mesa ao gosto de seu pai Seokjin. Namjoon soltou alguns fogos coloridos e Jimin agarrou o gatinho manhoso com todas as suas forças, enquanto o felino fincava suas garrinhas em si de tanto medo que sentia dos barulhos que pareciam sem fim.

Houve um brinde ao lado de Hoseok, Taehyung e Roseanne, abraços e comemorações de mais um ano em plena saúde e muitas conquistas. Mas, Jungkook não estava ali, e Park não conseguia deixar de lado sua carranca emotiva, que sempre demonstrava estar preocupado com alguma coisa. Será que estavam lhe dando de comer? Será que eles estavam deixando o espancamento de lado para comemorar o ano novo?

Pensar no sofrimento que Jeon Jungkook pudesse estar sofrendo, fazia Park Jimin sofrer.

O final de semana seguinte ao ano novo foi sossegado. As papeladas para sua admissão estavam prontas, todo o seu kit de estagiário "novato" e suas peças sociais também, até as perguntas incessantes de Rose estavam quietas. Mas, seu coração estava em processo de preparação constante, um martírio sem fim.

Olhava a comida e não sentia vontade de comer, pensando se Jungkook estaria com fome. Tomava banho pensando se a pele de Jeon poderia estar tão marcada de hematomas quanto a dele estava marcada dos seus beijos. Era difícil imaginar outra situação. Uma na qual o ator estaria do outro lado do mundo curtindo um sol no Brasil com as melhores mulheres bundudas e os melhores homens festeiros e malhados. Não era assim que funcionava ser silenciado.

Jimin gostaria de se sentir menos culpado e mais livre para agir como bem entendesse. Seria impulsivo fazer algo agora, visto que nem sabia onde seu amado estava, mas não poderia abandonar suas obrigações perante a empresa, perante sua família e diversas outras que o trabalho de seu pai estava conseguindo manter comida em casa.

Se levantou na manhã de segunda-feira para trabalhar. Evitava se olhar no espelho e acabar sentindo a culpa invadir-lhe de novo, mas não deixava de cheirar a rosa em cima de sua mesinha, que começava a cair as pétalas. Fazia duas semanas sem Jeon Jungkook, sem aquelas cantadas idiotas e o ar encantador.

Deixou a gravata de lado e decidiu ir sem ela quando finalmente se deu conta de que não conseguia se lembrar como fazia o nó. Era filho do dono, o que poderia acontecer? Uma demissão? Desceu as escadas e foi em direção a mesa, sentando-se cordialmente na presença do pai, que sorriu minimamente com um pedaço de bolo na boca.

- Onde está sua gravata, mocinho? - foi a primeira observação de Seokjin. A segunda foi o longo suspiro do filho, analisando o croissant na sua frente.

- Não me lembro como faz o nó. Não posso ir sem? - franziu a sobrancelha em um pedido.

- Vai ser demitido. - Jin respondeu rápido, dando um gole em seu café.

Parece que nem o filho do dono poderia escapar de um puxão de orelha. Pelo menos não desse dono.

Namjoon riu e se sentou em seguida na mesa, colocando ali algumas frutas. Aninhou-se na cadeira e observou a expressão cabisbaixa de Jimin, apesar de séria. Era tudo uma fachada. - Por que ele não pode ir sem? Os estagiários vão. - argumentou ligeiramente, vendo um sorriso pequeno brotar no rosto de Park.

GAROTO DA VITRINE • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora