21 🎬 RIP, Jimin

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Segurem a emoção até o final, vai valer a pena!

Boa leitura! ❤️

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O cheiro de madeira queimada impregnou as narinas de Jimin, fazendo-o acordar lentamente. As mãos amarradas nas costas começavam a formigar, e a posição deixava o corpo dolorido. Piscando lentamente, o herdeiro recuperou a consciência, de modo que começasse a ter dificuldade para respirar devido ao ar denso. Olhou em volta por um instante, percebendo o quão sujo era o lugar onde estava.

Sujo e desconhecido.

Remexendo-se ligeiramente, Jimin ergueu o tronco de modo que ficasse sentado, mas a coluna era obrigada a se manter curvada devido às mãos amarradas. Era incômodo, mas nada se comparava ao silêncio absurdo, acompanhado da escuridão que incitava o medo até nos mais corajosos e destemidos homens.

Aninhando-se a parede mais próxima, Park recostou a cabeça ali ao sentir a dor da coronhada latejar, bagunçando seus sentidos. O ar já estava difícil de respirar, e agora os ouvidos encontravam-se incomodados com o pulsar do sangue, desesperado por uma redenção.

Havia uma pequena fresta de luz retangular que dava a Jimin uma breve dimensão de onde estava. Era um cômodo pequenino, todas as paredes, chão e teto eram de concreto queimado, desgastado e sujo com o tempo. O ar cheirava a madeira queimada, e estava denso por conta da fumaça que neblinava o lugar.

Após tomar um pouco mais de consciência, o herdeiro ergueu o corpo para ficar de pé, e deu dois passos, aproximando-se da porta para esgueirar o que tinha a partir dali. A luz fraca que chegava até ele, vinha da brecha de uma telha quebrada, que permitia ver um pouco mais do espaço.

Apesar de pequeno por dentro, o lado de fora era como um galpão, com vigas que seguravam o teto, e paredes grossas de concreto. Tudo continuava escuro e denso, e conforme a luz ia se enfraquecendo, Jimin percebeu que a noite estava se aproximando, o que significava que estava ali a mais ou menos sete horas.

Tudo corria de acordo com o plano, ainda restavam cinco horas até o xeque mate.

Park rastejou para trás novamente, até bater contra a parede. Deslizou até o chão e respirou fundo, sentindo os pulmões queimarem. A privação da luz e do oxigênio recomendado estavam começando a fazer a cabeça do herdeiro girar, e o estômago borbulhar em nervosismo. Mas Jimin precisava ser forte, por ele e por Jungkook.

Os passos lentos ecoaram pelo lugar, tirando o foco do herdeiro de suas próprias dores, para o ali e agora. Os risos baixinhos acompanhavam os passos que se aproximavam, fazendo-o levantar a cabeça depressa, ansioso pelo o que vinha a seguir. A adrenalina já começava a se espalhar pelo corpo de Park, pois era óbvio que corria perigo.

Os olhos se arregalaram quando os passos cessaram e a porta se abriu depressa, revelando dois homens devidamente engravatados e grandes demais para entrar naquele cubículo. - Vejo que a bela adormecida está acordada. O chefe quer ver você uma última vez. - um deles praguejou, segurando Park pelo braço para puxá-lo para fora.

As mãos eram pesadas, tinham dedos grossos e fortes, apertando-lhe os músculos e arrastando Jimin pelo braço. Tropeçando nos próprios pés, o herdeiro teve um vislumbre melhor de onde estava. Mais afastado da cidade, muitas empresas investiram na construção de galpões para que pudessem maximizar suas produções e consequentemente seus lucros. Não sabia ao certo onde estava, mas sabia que era em algum lugar fora do território de Los Angeles.

Não tinha como fugir dali facilmente.

A fumaça densa os rondava com afinco, mas à medida em que andavam, Jimin podia ver uma iluminação fraca para onde estavam indo, que o permitiria ver melhor o lugar e as pessoas envolvidas ali. Andaram até se aproximarem de um grupo maior de seguranças, que rondavam um único homem sentado em uma cadeira de couro extremamente macia, portando um charuto de vários milhares de dólares entre os lábios, na frente de uma fonte de luz desconhecida.

GAROTO DA VITRINE • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora