Império Do Brasil

capítulo-3

Estou tão cansado de ouvir coisas Desnecessárias como "um projeto de País" "uma ponte para o futuro" "Brasil o país do amanhã" nos últimos anos houve avanços em diversos setores importantes no Brasil? Sim, o fato de diminuir o Estado foi sem dúvidas o fato que mais ajudou no crescimento. Porém, o Brasil ainda é um país com a desigualdade social muito elevada e isso me deixa muito chocada, pois vivo em um Palácio em São Cristóvão e bem perto do Palácio há uma das favelas mais famosas do Brasil, a favela da mangueira. Enquanto todos os dias na mesa de jantar há tudo de mais caro, em muitas casas da Mangueira há pessoas sem ter o que jantar.

Com o avanço da privatização no Brasil, houve um dos maiores absurdos de nossa história,  que foi a privatização do SUS, no Brasil não há um sistema de saúde público e a população pobre sofre para encontrar as alas beneficentes dos hospitais. As alas beneficentes foram usadas para enganar a população, sendo esse o motivo de apoio da população ao projeto.

Não consigo entender, como o meu pai apoiou e promulgou esse projeto.

Meu Pai, que tem uma visão tão diferente da minha e por esse motivo temos diversos conflitos, mas sempre tenho minhas ideias barradas por ser dele a palavra final.

Por me sentir sem voz dentro desse sistema, me afasto o máximo possível de responsabilidades que me envolvam a Coroa.

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Recebo uma mensagem de Ana Beatriz.
Beatriz disse que estava atrasada, mas já estava chegando ao prédio. Decido esperar fora da sala.

Me encosto na parede próxima a nossa sala enquanto vejo algumas coisas no celular.

Pessoas passam por mim, mas não me cumprimentam. Muitos passam correndo, mas outros olham nos meus olhos e começam a rir.

Sinto alguém se chocar contra o meu corpo e eu acabo caindo no chão.

O menino estende a mão e me oferece ajuda.

Pedro, pelo sotaque e pela aparencia acredito que seja argentino.

— Estou muito atrasado, me desculpa mesmo.— Diz o menino

— Tudo bem, vai lá para não se atrasar mais— digo rindo.

Me viro e vejo Ana Beatriz ofegante me olhando com um sorriso.

— Você está me esperando?

— Entramos juntas, lembra?

— Então vamos que estamos bem atrasadas.

Beatriz e eu vamos paramos na frente da sala e ela bate na porta. Alguns segundos depois o professor abre e autoriza nossa entrada.

Sinto os olhares sobre mim e alguns comentários maliciosos.

— Vocês são idiotas ou o que?— ouço uma voz feminina e facilmente reconheço a dona. — A maioria de vocês tem inveja da Princesa Isabelle.

— Só acho engraçado ter toda aquela palhaçada que nos atrasou entrar e ela ser a última a entrar na sala. — Diz um garoto

— Princesa, sente aqui.— disse a menina.

Ana Beatriz e eu vamos em direção a garota e sentamos nas duas cadeira vagas ao seu lado.

— Me chamo Giulia.— Diz a loira

— Meu nome você já sabe— digo rindo— Essa é Ana Beatriz. — aponto para minha minha amiga.

👑👸

É uma experiência nova estudar em uma sala de aula. Aos poucos os alunos vão se acostumando com a minha presença e percebo que nem todos são babacas. Giulia é uma pessoa muito verdadeira e isso me encantou nela.

— O que achou do seu primeiro dia como aluna?— perguntou Ana Beatriz.

— É sua primeira vez fora de casa, né?— perguntou Giulia

— É sim, Giulia. Eu gostei da aula e da experiência de estar em uma sala de aula.

Recolhemos nossos cadernos e nos preparamos para sair da sala de aula.

— O que você acha de quebrar um pouco o protocolo?— pergunta Giulia.

— Como assim?

— Se você driblar seus seguranças que estão lá na porta, você estará livre por um tempinho. — Disse Giulia

— Isso é uma boa ideia— Diz Ana Beatriz.

— Eu topo— prefiro não pensar nas consequências e viver um pouco a minha vida.

— Vou mandar mensagem para o meu amigo e já te passo todo o plano— Diz Giulia animada.

Ela digita alguma coisa em seu celular e Ana Beatriz parece bem confortável com isso tudo.

— Vamos, eles já estão nos esperando lá fora.

— Mas como vamos passar pelos seguranças na portaria?

— Você viu que no primeiro piso tem umas tinta salas?

— Sim— confirmo.

— Então, a sala 107 é do Reitor. Quando eu estive aqui para conversar com ele, eu percebi que ele não usa nenhum sistema de refrigeração e por isso tem uma janela enorme próximo da da mesa. Eu vou trazer o reitor para fora da sala por alguma coisa idiota e vocês vão pular a janela.

— Isso vai dar certo?— pergunto

— Vamos ter que descobrir, Belle— Disse Ana Beatriz

Ana Beatriz e eu nos escondemos atrás de uma pilastra e ouço Giulia gritar na porta do Reitor

— Reitor Henrique, a sala 308 está pegando fogo.

Alguns segundos depois ele abre a porta e vejo Giulia gesticular alguma coisa. O homem sai da sala correndo e não tranca a porta.

— Anda logo— Diz Giulia.

— Vamos— Diz Ana Beatriz.

Corremos para dentro da sala dele e pulamos a janela que estava aberta.

Meu pé prende na janela e eu sinto minhas costas se chocarem no gramado.

— Eu não acredito que isso deu certo— Digo rindo assim que já estou em contato com o jardim.

Vejo um rosto surgir na minha frente.

É o menino de mais mais cedo. Ele estende sua mão e me puxa.

— Estou ficando bom em estender a mão para você— Diz Pedro.