capitulo 31.

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Por Isabelle

Ao abrir os olhos vejo o Pedro na minha frente, seu olhar é calma e transmite tranquilidade.

— Pedro, meu pai?— pergunto

— Ele está vivo, Princesa.

O abraço e ele retribui.

— Você me botou suja na minha cama. — Reclamo

Ele olha fixamente dentro dos meus olhos e sei o que ele irá fazer.

Ele aproxima aproxima boca da minha e deposita um beijo casto.

— Tudo irá ficar bem, princesa— beija minha testa e se levanta.

Ouço uma batida na porta e ele vai na direção da porta.

Um dos empregados do Palácio entregam uma bandeja para Pedro que fecha a porta na sequência.

— Pedi que fosse preparado um lanche bem reforçado para você.

— Pedro, quero ver o meu pai.

— Você irá, mas antes você precisa se alimentar 

Ele põem a bandeja sobre a minha cama e o olho com negação.

— É só você não deixar cair nada— Disse sorrindo e retirou a tampa.

Eu preciso ver o meu pai, abraçá-lo e ter a certeza que está tudo bem, mesmo sabendo que não ficará bem.

Não consigo aceitar que muito provavelmente irei perder o meu pai em pouco tempo.

Tenho muito medo dele descobrir o que que nas eleições passadas e perder sua confiança em mim.

— Pedro, posso te contar uma coisa?

— Tudo que você quiser, princesa.

— Eu manipulei as eleições passadas e se meu Pai descobrir irá ficar muito chateado comigo.

Digo de uma única vez e ele sorri, o que me faz não entender nada.

— Você fez o que era preciso para salvar o Brasil das mãos de um louco. Não fique pensando em algo que já aconteceu. — Ele segura minha mão e deposita um beijo nela— Seu pai confia muito em você, ele também se orgulha muito da mulher que você é! Eu sei, pois eu me orgulho muito da mulher que você se tornou.

👸👑

Do Palácio vamos direto ao hospital. Na porta do hospital está repleto de jornalistas, o que dificulta um pouco a nossa entrada pelas portas da frente, por isso entramos pelos fundos do hospital.

Pedro segura minha mão quando saímos do carro e me guia estacionamento das ambulâncias do hospital até um elevador.

Um funcionário do hospital aperta o botão do elevador e pelo espelho noto que ainda seguro a mão de Pedro.

Puxo delicadamente minha mão, dando um pequeno passo para o lado.

Ele põem suas mãos no bolso de sua calça e se encosta no elevador.

Vejo o elevador parar no décimo segundo andar e as poetas se abrem.

Uma médica está na porta ao meu aguardo.

— Alteza, me acompanhe por favor.

Apenas sigo a a mulher pelos corredores do hospital.

Avisto minha mãe sentada em uma cadeira ao lado do meu Tio Joaquim e da minha tia Paula.

Me aproximo dela e encosto em seu ombro. Minha mãe se levanta e me abraça.

— Minha filha, tudo irá ficar bem! Ele é muito forte.

— Eu quero vê-lo, Mamãe.

Vejo minha avó sair do quarto. Apenas a ignoro e entro no quarto.

Vejo meu pai deitado sobre a cama com diversos aparelhos. Meus olhos ficam repletos de lágrimas e me abaixo segurando sua mão.

— Meu pai, meu grande amor. Eu te proíbo de morrer! Você precisa estar aqui para me guiar na minha jornada, sei que não sou muito Obediente, mas é preciso de você aqui comigo. Eu preciso das suas broncas e da sua chatice de todos os dias.

Beijo seu rosto e sinto sua mão apertar a minha. 

Vejo uma lágrima escorrer nos olhos do meu pai, pela primeira vez já vida o vejo chorar.

Sei que ele está fraco para se comunicar, porém esse pequeno gesto me basta. Sei que ele está aqui e está me ouvindo.

Conto detalhes de como foi a minha viagem, claro que omitindo algumas partes. 

— Nós iremos levar esse país para o patamar que ele merece, meu pai. Quando eu digo nós, me refiro a você e eu. Como eu disse antes, você está proibido de morrer!

Preciso deixá-lo descansar e eu também preciso de um descanso da viagem.

Beijo sua testa

— Até amanhã, paizinho.

Me viro para sair, antes de sair pelas portas dou uma última olhada nele deitado com tantos aparelhos o mantendo vivo.

Penso, que a chance que ele tem de sobreviver, não é a mesma de muitos Brasileiros. Preciso lutar contra essa injustiça e dar ao Brasil o mesmo tratamento para todos os brasileiros.

Saio do quarto e vejo o tio Joaquim conversando com Pedro, mas não vejo minha mãe e minha tia Paula.

— Aonde está minha mãe?

— Ela foi para casa, está muito cansada e minha mãe não estava muito feliz com a presença do Pedro aqui. — da de ombros— ainda não sei o que ele fez para ela.

Me lembro do motivo e acabo rindo um pouco.

— Digamos que é uma velha história— Falo

— Irei passar a noite com ele— Diz meu tio Joaquim— Vá para casa descansar.

Vou até o meu tio e o abraço.

— Obrigada

— Eu sei que vocês transaram— Falo no meu ouvido— Deu para ver na cara de vocês.

— Descansa, meu amor— Disse em voz alta me soltando.

Pedro se despede do meu tio e me acompanha em silêncio.

👑👸

— Muito obrigada pela força— Digo ao Pedro assim que entramos no carro.

— Eu disse que farei tudo que for possível para você.

— Na verdade, você disse que não iria fazer minha agenda— Falo rindo.— Ele apertou minha mão, Pedro.

— Como você está?

— Na medida do possível, bem. Ele me ouviu, eu contei para ele como foi a viagem.

— tudo?— perguntou

— Isso não. Aliás, meu tio descobriu.— Pedro Arregalou os olhos— Relaxa, ele nunca irá contar nada para ninguém.

— Eu gosto do Joaquim. Ele ama muito o seu pai! Ele me contou que veio de correndo recebeu a ligação da sua Mãe.

— Pedro, o que meu pai operou?

— Ele teve uma obstrução, parece que ele não estava conseguindo respirar durante a noite.

Pedro me puxa e deita minha cabeça sobre sua perna alisando os meus cabelos.

— Não vamos falar sobre isso, o importante é que ele está bem.



Gente, Será que o Pedro esqueceu que tem uma namorada?

#ForaVcsSabemQuem

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